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ANOTAÇÕES DE ''DA NATUREZA DA CULTURA OU DA NATUREZA À CULTURA''

Por:   •  24/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.399 Palavras (6 Páginas)  •  123 Visualizações

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ANOTAÇÕES DE ''DA NATUREZA DA CULTURA OU DA NATUREZA À CULTURA''

1ª Dilema: unidade biológica x diversidade cultural.

2ª Confúcio diz, 4 anos antes de cristo, que todos têm mesma natureza, mas os hábitos de cada pessoa diferenciam-na das demais pessoas.

3ª Heródoto descreve os Lícios com cultura bem diferenciada, observando a mulher como tendo certo poder que o homem não tinha, como no exemplo dado em que o filho levava o nome da mãe no sobrenome e, além disso, caso uma mulher casasse com um escravo, os filhos seriam cidadãos integrais.

4ª Tácito descreveu as tribos germânicas com admiração, por considerar bom a cultura mais rígida em relação aos casamentos, cada homem tinha uma única mulher.

5ª Marco Polo descreveu que os Tártaros tinham casas de madeira circular que levavam em carroças para onde fossem; as mulheres faziam todo necessário para o marido, e ele tinha o papel da caça e falcoaria. Além disso os homens não tocavam na mulher do próximo, e não viam problema em comer cavalos e cães.

6ª Padre José de Anchieta se surpreendeu com os índios Tupinambás e seus costumes patrilineares. Tinham para si que o parentesco verdadeiro vinha da parte paterna.

7ª Montaigne tentou não se espantar tanto com a cultura dos índios mencionados na 6ª anotação, pois entendia que cada um entende como bárbaro o que não ocorre em sua terra. Mas, de maneira interessante, diz após sua descrição dos índios ‘’tudo isso é interessante, mas, que diabo, essa gente não usa calças’’.

8ª Marcus V. Pollio, arquiteto romano, julgava os povos do Sul como inteligentes e os do Norte como sem inteligência, devido a questões naturais da terra, como o clima.

Infere-se do texto, até então:

Embora muitos estudiosos/personalidades tenham visto diversas formas de cultura em diferentes ângulos e aspectos, nenhum foi capaz de resolver o dilema ‘’unidade biológica x diversidade cultural’’.

DETERMINISMO BIOLÓGICO

O determinismo biológico é um conceito que afirma que as características físicas e psicológicas do ser humano são determinadas por sua raça, nacionalidade ou por qualquer outro grupo específico a qual ele pertença.

Fazer uso do determinismo biológico é afirmar, por exemplo, que todos os chineses, sem exceção, possuem inteligência acima da média, assim como afirmar que todos os africanos são negros, ou que todos os europeus são brancos. (Pesquisa não baseada no livro)

9ª os antropólogos já se convenceram de que isso não é verdade (o determinismo biológico), ou seja, as características genéticas de uma pessoa não definem, necessariamente, sua cultura. Se tirarmos uma criança de seu local de nascimento e colocarmos sob cuidados de pessoas de outra localidade, ela seguirá, muito provavelmente, a cultura da nova localidade. Então, não podemos nos convencer do determinismo biológico.

  • Aqui pode surgir determinada dúvida: mas se determinados costumes não podem ser explicados pelo determinismo biológico, por que homens e mulheres têm certos costumes diferentes? O autor responde da seguinte forma ‘’a antropologia tem demonstrado que muitas atividades atribuídas às mulheres em uma cultura podem ser atribuídas aos homens em outras’’. Isso mostra que precisamos considerar o contexto maior da situação, as atribuições padrões de ambos os sexos são determinadas socialmente, não biologicamente.

DETERMINISMO GEOGRÁFICO

O homem seria produto do meio, ou seja, as condições naturais é que determinam a vida em sociedade. O homem seria escravo do seu próprio espaço. (Pesquisa não baseada no livro)

10ª também foi incapaz de ser sustentada, pois em um mesmo território podem ter diversas culturas.

ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO CONCEITO DE CULTURA

11ª Edward Tylor define, primeiramente, cultura como todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade. (Daqui infere-se que a cultura é aprendida, e não inata).

Endoculturação é o processo permanente de aprendizagem de uma cultura que se inicia com assimilação de valores e experiências a partir do nascimento de um indivíduo e que se completa com a morte. Este processo de aprendizagem é permanente, desde a infância até à idade adulta de um indivíduo. (Pesquisa feita sobre significado da palavra citada no livro).

12ª há tantas definições de cultura, que, bem depois de Tylor, Geertz escreveu, em 1973, que o tema mais importante da moderna antropologia era o de ‘’diminuir a amplitude do conceito e transformá-lo num instrumento mais especializado e mais poderoso teoricamente.

13ª posteriormente à primeira conceituação, Tylor dá novo conceito, em 1871, à cultura: é todo comportamento aprendido, tudo aquilo que independe de uma transmissão genética. (Mais próximo do que se entende hoje).

14ª o homem (no sentido amplo) é o único ser possuidor de cultura.

O DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO DE CULTURA

15ª Tylor considera que a cultura tem diversos estágios, e, por isso, nem todos estão em um mesmo estágio, fazendo com que, em alguns momentos, apareçam diferentes culturas. Ele dá mais ênfase na parte comum dos estágios (igualdade de hábitos existentes na humanidade) considerando que nossos hábitos são moldados por uma causa natural, gerando consequências e formando a cultura.

O autor parece não concordar com essa posição de Tylor, quando diz:

[pic 1]

16ª Para Franz Boas, cada cultura segue seus próprios caminhos em função dos diferentes eventos históricos que enfrentou.

Evolução unilinear (também denominada evolucionismo social clássico) é uma teoria social da segunda metade do século XIX sobre a evolução das sociedades e culturas.

Era composta de muitas teorias concorrentes de vários sociólogos e principalmente pelos fundadores da antropologia, dentre os quais Lewis Henry Morgan, Edward Burnett Tylor, Herbert Spencer e James George Frazer, que acreditavam que a cultura ocidental representava o ápice da evolução social.

Segundo o pensamento evolucionista, predominante sobretudo entre os antropólogos da época, a espécie humana é uma só e, portanto, cada sociedade seguiria uma única trajetória - a partir do estado "primitivo," até alcançar o modelo clássico de civilização ocidental.

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