Antropologia Resumo da Obra

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

 CARLOS EDUARDO ALMEIDA COELHO

RESUMO DA OBRA

Cultura: um conceito antropológico

Betim

2018

SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 – A cultura condiciona a visão de mundo do homem ....................      3

CAPÍTULO 2 – A cultura interfere no plano biológico ..........................................        3

CAPÍTULO 3 – Os indivíduos participam diferentemente de sua cultura ...........   4

CAPÍTULO 4 – A cultura tem uma lógica própria ..................................................   4

CAPÍTULO 5 – A cultura é dinâmica .......................................................................   5

BIBLIOGRAFIA ..........................................................................................................5

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CAPÍTULO 1 – A CULTURA CONDICIONA A VISÃO DE MUNDO DO HOMEM

Ruth Benedict escreveu em seu livro O crisântemo e a espada que cultura é como uma lente usada pelo homem para ver o mundo. Logo, esta não é igual para todos, afinal, cada um tem seu modo de vivenciar e entender a humanidade. A priori, essa lente possibilita o ser humano, a partir de suas gerações anteriores, desenvolver uma herança cultural na qual forma-se os padrões sociais. Estes, faz com que julgue aqueles não neles inseridos de maneira inferior, o chamado preconceito. A posteriori, indivíduos de diferentes culturas são facilmente identificados a partir de suas características externas pois cada sociedade segue seus próprios paradigmas socioculturais.

Em suma, a lente usada pelos povos torna cada um crente em seu modo de viver como o mais correto existente. Tal ação é denominada etnocentrismo e é responsável pelos conflitos sociais existentes e a discriminação sofrida por alguns grupos, resultando em apreciações negativas por outras sociedades, catalogando-as como imorais. É um fenômeno universal e acarreta na crença de sua cultura como única. A herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre condiciona o povo a reagir depreciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comunidade, como exemplo, a xenofobia.

CAPÍTULO 2 – A CULTURA INTERFERE NO PLANO BIOLÓGICO

Em reação oposta do etnocentrismo, existe a apatia, determinada como falta de interesse por algo, no caso em questão, sua própria cultura. Um exemplo para a aplicação deste conceito na prática foram os africanos escravizados por outros povos. Estes foram retirados de maneira brutal de suas terras na África e inseridos em uma terra estranha habitada por pessoas de fenotipia, costumes e línguas diferentes, perdiam toda motivação de continuar vivos. Muitos foram os suicídios praticados, e outros acabavam sendo mortos pelo mal que foi denominado de banzo. Traduzido como saudade, o banzo é de fato uma forma de morte decorrente da apatia.

A cultura atua sobre o biológico humano a partir das chamadas doenças psicossomáticas, fortemente influenciadas pelos padrões culturais. Além disso, a mesma cura doenças raras ou imaginárias ou até mesmo provocar mal-estar a partir da fé das pessoas. Um exemplo, é o xamã de nossas sociedades tribais Tupi conhecidos pela denominação pajé que após uma sessão de cantos, danças e defumação do paciente com a fumaça de seus grandes charutos e a posterior retirada de um objeto estranho do interior do corpo do doente por meio de sucção acredita curar.

CAPÍTULO 3 – OS INDIVÍDUOS PARTICIPAM DIFERENTEMENTE DE SUA CULTURA

Ninguém consegue participar de todos os elementos presentes em uma cultura pois, segundo Marion Levy Jr. “nenhum sistema de socialização é idealmente perfeito, em nenhuma sociedade são todos igualmente civilizados, e ninguém é perfeitamente socializado”. Entretanto, faz-se necessário um mínimo de conhecimento de cada membro acerca de seus costumes sociais a fim de permitir sua boa convivência com os demais como, por exemplo, as normas de etiqueta. Assim, constrói-se um possível controle de ações, mas estas são imprevisíveis e incontroláveis.