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Ava atividade complementar

Por:   •  7/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.776 Palavras (8 Páginas)  •  421 Visualizações

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AVA

PASSO 1: FENÔMENO DA GLOBALIZAÇÃO

A globalização é um processo definidor do mundo contemporâneo. É a manifestação explícita daquilo que o geógrafo David Harvey classifica como a compressão do espaço-tempo. A partir dela, aliada ao desenvolvimento tecnológico, o mundo e o que nele se passa ficam ao alcance de um clique. Com ela, porém, emergem problemas de outra ordem, como a precarização do trabalho, o consumo de bens culturais que se tornam “febres” globais, o surgimento das megacorporações e também do capitalismo financeirizado. Compreender minimamente esses fenômenos é abrir passo para dialogar de forma clara com os diversos desafios de nosso tempo.

Globalização é um conjunto de transformações na ordem política e econômica mundial visíveis desde o final do século XX. Trata-se de um fenômeno que criou pontos em comum na vertente econômica, social, cultural e política, e que consequentemente tornou o mundo interligado, uma rede global. O complexo fenômeno da globalização teve início na Era dos Descobrimentos e o período em que a globalização econômica mais se intensificou foi em meados do século XX, com a III Revolução Industrial. Foi resultado da consolidação do capitalismo, dos grandes avanços tecnológicos e da necessidade de expansão do fluxo comercial mundial.

A transformação da sociedade capitalista industrial para a sociedade global do conhecimento é mais do que um processo ligado ao fenômeno da globalização e ao progresso tecnológico. É o próprio movimento da desintegração de toda a civilização moderna, tanto no Ocidente como no Oriente, com todos os problemas, dificuldades e oportunidades que pode oferecer.  A globalização estabelece uma redução marcante das economias nacionais frente à liberalização comercial e os processos de integração regional, possibilitando o surgimento de uma esfera financeira globalizada. Em outras palavras: O surgimento dos blocos econômicos (países que se juntam para fomentar relações comerciais, por exemplo, Mercosul ou União Europeia e etc.).

O desenvolvimento de novas tecnologias tem funcionado como condição permissiva e como fator de intensificação da globalização econômica, a partir do momento que leva desde desenvolvimento do comércio de produtos de alta tecnologia ao estabelecimento de alianças e projetos de cooperação entre empresas. O processo da globalização não é apenas econômico, financeiro e tecnológico, suas consequências se estendem também aos campos econômicos, social e cultural. Este processo levou a um intenso processo de exclusão e degradação social, situação que é encarada como passageira e auto solucionável. O atual padrão mundial de acumulação do capital e desenvolvimento social, com base nas novas tecnologias, no domínio das informações e no saber, reforça a exclusão social e reduz a oferta de empregos produtivos, desvalorizando o trabalhado e o trabalhador, embora aumente a oferta de serviços, que supervaloriza a competitividade, estimulando os conflitos sociais, étnicos, nacionais e religiosos.

PASSO 2: FENOMENO DE OUTSOURCING.

Fenômeno de outsourcing é uma expressão em inglês que traduzida para português nada mais é do que a terceirização. No mundo dos negócios, o outsourcing é um processo usado por uma empresa no qual outra organização é contratada para desenvolver uma certa área da empresa. Esta técnica é muito utilizada pelas grandes marcas globais para ampliar sua produção e mercado de consumo. Em inglês, a palavra "out" significa "fora", e "source" significa "fonte", ou seja, a expressão remete para uma fonte que está no exterior. Assim, uma empresa procura uma fonte no exterior que possa trabalhar uma área do negócio de forma mais eficiente, obtendo desta forma mais tempo para se concentrar nos aspectos fulcrais da gestão empresarial.

O outsourcing está intimamente relacionado com a subcontratação de serviços e na grande maioria dos casos, é capaz de tornar uma empresa mais rentável, porque a contratação de empresas externas especializadas pode representar uma grande vantagem para a empresa contratadora colocando as em vantagens e afetando a saúde das empresas locais. Apesar dos termos outsourcing e terceirização serem muitas vezes usados como sinônimos, em muitos casos o outsourcing revela a atribuição de um trabalho para uma empresa fora do país de origem da empresa contratadora, enquanto a terceirização revela contatos e transações dentro do próprio país.

Apesar das suas muitas vantagens, este processo também pode apresentar alguns riscos, tais como a corrupção que pode ser usado como uma forma de desviar fundos de algumas organizações. Outro ponto crítico utilizado por várias empresas de marcas conhecidas no mundo seria que esta terceirização pode contribuir para a exploração e desumanização do trabalhador, como acontece em alguns países onde há trabalhos escravos ou sob baixas qualidade de vida. As empresas visando lucros paga valores bem abaixo de mercado a mão de obra desses trabalhadores. Exemplo da índia, china e outros países subdesenvolvidos. Quando acontece o offshore outsourcing (terceirização de serviços para uma empresa em outro país, de modo a encontrar mão-de-obra mais barata), há um aumento da probabilidade de demissões de trabalhadores, ocasionando um problema socioeconômico no pais.

PASSO 3: ESTUDO DE CASO

O Apple e a Globalização

A Apple é uma empresa considerada uma marca global, como outras multinacionais, cria os produtos, contrata e organiza os fornecedores de componentes e serviços, os canais de venda e distribuição, enquanto concentra na matriz a divulgação da marca, alimentando o desejo do consumidor. Um pequeno aparelho em sua mão, como um iPod, pode parecer algo simples, mas é um milagre do mundo moderno, a globalização foi a maior aliada em seu crescimento industrial, pois para fabricá-lo, é preciso o trabalho de milhares de seres humanos em todos os continentes, numa cadeia global. Naturalmente, essa forma de produção é semelhante à de milhares de itens e produção de marcas mundiais.

As multinacionais espalham a cadeia produtiva por vários países, barganhando com empresas e governos "vantagens competitivas": componentes mais baratos, salários e impostos menores, menos obrigações trabalhistas e ambientais. Na divisão final do bolo, os países exportadores de matérias-primas acabam ficando com pouco, enquanto as fatias mais gordas vão para os países ricos, que controlam o comércio mundial dos manufaturados.

A produção globalizada pode ir para qualquer lugar, mas os melhores empregos têm endereço fixo: perto da matriz. Muito antes de surgir o iPod, fabricantes de produtos eletrônicos, roupas, tênis e carros já podavam suas raízes e partiam para maquiladoras no México, oficinas no Vietnã ou para outro lugar no qual os custos de produção fossem menores do que nos Estados Unidos, mantendo a sede da empresa no lugar de sempre. A possibilidade de mudar as fábricas de região, de pais e até de continente, em busca de mão de obra barata, foi facilitada pela expansão da internet e a globalização nos últimos anos e se tornou um argumento importante para os empresários pressionarem os trabalhadores nos países desenvolvidos a aceitar uma redução em seus ganhos e direitos. O processo atinge, sobretudo, os assalariados fabris e o pessoal menos qualificado em geral. O alto escalão das firmas globais teve o nível de emprego pouco afetado e mantém salários altos.

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