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CONFLITOS SABADELL

Por:   •  10/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.242 Palavras (9 Páginas)  •  168 Visualizações

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I – INTRODUÇÃO

     1. DIREITO: tem como objetivo principal estabelecer regras explícitas e coerentes que visam a regular o comportamento social, regras susceptíveis de mudança.

     2. SOCIOLOGIA: estuda o comportamento humano no âmbito social, a partir de modelos que são o resultado de um processo de construção social da realidade e acabam padronizando as relações que se estabelecem entre os indivíduos por meio de regras sociais.O estudo das relações sociais requer a analise das regras da organização social dos conflitos e das mudanças.

           Os grupos de poder ao impor uma ordem social criam conflitos que podem levar a uma mudança social

    3. SOCIOLOGIA JURÍDICA: ANALISA OS FENÔMENOS DO CONFLITO, DA INTEGRAÇÃO SOCIAL DAS MUDANÇAS SOCIAIS QUE SE EXPRESSAM ATRAVÉS DO SISTEMA JURÍDICO.

II -TEORIAS FUNCIONALISTAS E TEORIAS DO CONFLITO

  1. Macro-sociologia: examina a sociedade como um todo, ou seja, como um complexo sistema social.

Micro-sociologia: examina a interação entre os indivíduos e entre os pequenos grupos.

   As principais teorias de sociologia moderna são do tipo macro-sociológico: as teorias funcionalistas e as teorias do conflito social.

  1. Teorias Funcionalistas
  1. São teorias de integração social. Partem de uma visão única: a sociedade funciona como uma máquina.
  2. Características:
  • A sociedade distribui papeis e recursos (dinheiro, poder, prestigio, educação) aos seus membros que são peças da máquina.
  •  A sua finalidade é a sua reprodução através do funcionamento perfeito de seus vários componentes.
  • Os seus membros estão integrados num sistema de valores, compartilham os mesmos objetivos, aceitam as regras vigentes e se comportam de forma adequada às mesmas.
  • Há mecanismos de reajustes, e redistribuição de recursos e funções, pequenas mudanças dentro de limites estabelecidos pela própria sociedade, sem afetar o equilíbrio social.
  • Em situação de crise e de conflito existe uma disfunção: ou os elementos de contestação são controlados e neutralizados (repressão) ou a maquina social será destruída.
  • As disfunções se opõem ao funcionamento do sistema social. São falhas do sistema, não possibilitando a integração das finalidades e valores sociais.
  1. Suas falhas
  • Consideram a sociedade como um sistema harmônico: qualquer conflito é manifestação de patologia social
  • Adotam um modelo de equilíbrio social com pouco espaço aos processos de ruptura, conflito e mudança radical.
  • São teorias estáticas, limitando-se a descrições superficiais da sociedade.

3.  Teorias do Conflito Social

  1. São teorias que consideram a sociedade como constituída de grupos com interesses estruturalmente opostos que se encontram em luta pelo poder.
  2. Características
  • Afirmam que a coação e o condicionamento ideológico são pontos fundamentais que os grupos de poder exercem sobre os demais.
  • As crises e as mudanças são consideradas fenômenos normais na sociedade: luta de interesses e poder.
  •  A estabilidade é considerada como uma situação de exceção
  • Fundamentam-se na tese marxista : “ A história de todas as sociedades até hoje é a história da luta de classes”
  • Explicam o funcionamento da sociedade pela estratificação social: a sociedade é constituída de vários estratus, resultado de uma desigualdade social no acesso ao poder e aos meios econômicos.
  • Os marxistas afirmam a existência só de duas classes; os liberais analisam a atuação de vários estratos e elites sociais.
  • Para todos, o conflito e a ruptura constituem a lei principal da historia da sociedade.

   III -ANOMIA E REGRAS SOCIAIS

  1. Significados
  • Situação de transgressão das normas. Ex. delinqüência. É uma ilegalidade.
  • Situação de conflitos de normas. Ex. serviço militar x consciência religiosa.
  • Situação de falta de normas num contexto social. Exemplos: o movimento da contracultura dos anos 60, a mudança de papeis da mulher na sociedade moderna, o iluminismo jurídico, uma situação de guerra. Em todas estas situações, anomia significa ausência dereferências sociais. É uma crise social de caráter amplo: “não se sabe o que fazer”

Este terceiro significado é o mais indicativo. Significa uma mudança social, crise de valores (contestação de regras de comportamento) e crise de legitimidade do poder político e do sistema jurídico.

  1. Anomia em Durkheim

  • Aparece na análise que Durkheim faz do suicídio: as causas do suicídio seriam sociais, dependendo do maior ou menor grau de coesão social.
  • Três tipos de suicídio: egoísta, altruísta e anômico:

Egoísta: falta de integração

Altruísta: excesso de integração

Anômico: falta de limites e regras

  • Anomia significa “estado de desregramento”, situação na qual a sociedade não desempenha o seu papel moderador, não consegue orientar e limitar a atividade do indivíduo.
  • Quando se criam na sociedade “espaços anômicos”
  • (Perda de referências normativas) enfraquece a solidariedade social, destruindo o equilíbrio entre as necessidades e os meios para a sua satisfação. O indivíduo sente-se “livre” de vínculos sociais, levando-o a auto-destruição.
  1. A anomia em Merton
  1. Em todo contexto sócio-cultural desenvolve-se metas culturais que expressam valores e para atingi-las a sociedade estabelece determinados meios.

3.2.      Estes meios são recursos institucionalizados ou legítimos

           que são socialmente prescritos. A utilização de outros

           meios, rejeitados pela sociedade, é considerada como

           violação das regras sociais em vigor.

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