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Dogville – Suécia, 2003

Por:   •  16/5/2018  •  Resenha  •  1.716 Palavras (7 Páginas)  •  191 Visualizações

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Dogville – Suécia, 2003

Ewerton Ribeiro Castro

Dogville foi lançado em janeiro de 2004. Dirigido pelo celebre dinamarquês Lars Von Trier, estrelado Nicole Kidman e Paul Bettany entre outro de um elenco excepcional. Dogville é primeiro de uma trilogia chamada “EUA Terra de Oportunidades” tendo como sequência os filmes Manderlay e Whashington. E nessa trilogia tenta relatada a verdadeira natureza humana. O filme trata-se de uma coprodução dos países Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, Reino Unido, França, Alemanha e Países Baixos, e apesar de ser uma trama que fala diretamente de nacionais Estadadunidense, Dogville, foi filmado em um estúdio na Suécia.

Todo o filme foi feito dentro de um galpão com o mínimo de artefatos, há alguns objetos, como mesas, louças, etc, mas não existem janelas, portas, paredes; normalmente há apenas linhas pintadas no chão indicando as edificações, que ali é a casa de tal pessoa, ou há um arbusto, o que é conhecido como cenário conceitual. Apesar de os personagens fazerem constantes referências à paisagem, ou ao céu, o fundo é infinito, tendo constantes alterações de luz e cor que indicam mudanças de dia e noite, clima e momentos importantes do filme. Tem uma arte visual penumbrosa, no intuito de dar ênfase aos personagens e maior ênfase a cena que está “in loco”. Ao abdicar dos cenários e dos adereços, o diretor procurou valorizar o âmago de cada personagem e ressaltar a dramaticidade através da encenação, assim o trabalho dos atores foi muito valorizado. Há ainda um narrador onisciente.

Toda a trama do filme se passa na pequena comunidade chamada Dogville, com pouco mais de uma dezena de residentes, situada em algum lugar entre as montanhas rochosas do meio-oeste estadunidense, durante a Grande Recessão Americana na década de 1930. Nessa pequena comunidade se passa toda a trama do filme. Como já dito, o cenário do filme é puramente fictício, e a rua central de Dogville é Elm Street.

Nesse cenário de uma pequena e cômoda ruazinha é onde todos conhecem Grace, interpretado pela atriz Nicole Kidman, uma bela, inteligente e desconhecida mulher que aparece fugida na comunidade de Dogville após um som de “tiro”, mas não se sabe ao certo do quê? E muito menos de quem? Grace é uma fugitiva em todo momento do filme. Tomas Edison (Paul Bettany), um jovem da cidade autodesignado porta-voz, escritor/filósofo ou como ele mesmo se define minerador da alma humana da pequena comunidade, encontra Grace e ajuda a moça a se esconder, pois logo atrás dela apareceram gangsteres a sua procura e eventualmente, a isso, policiais.

Iniciam-se os dias de Grace em Dogville após uma assembleia pela sua permanência, e após o aceito mediante ratificação de duas semanas, a cidade se obriga a presença de uma forasteira que com muita disposição se coloca a auxiliar nas tarefas, desse pequeno e peculiar vilarejo. Grace luta pela aprovação daquele lugar, mas para isso ela utiliza sua pro atividade e faz as tarefas que seriam responsabilidades dos membros de Dogville. Mas os dias, naquele vilarejo, vão se tornando cada dia mais tortuoso, conforme o tempo vai passando. No entanto, Grace carrega um segredo, que pode ser muito perigoso para a cidade, mas, mesmo assim, por medo, nossa fugitiva permite-se ser chantageada por todos os moradores da pequena Dogville. Grace segue na pequena comunidade sendo extorquida, e cada membro, desse pequeno vilarejo, retirava um pedacinho da jovem para si. Eles seguiam taxativos à moça no que concerne às tarefas simples de seus dia-dia, e assim, seguiram se os dias em Dogville.

Em uma das tardes, em um almoço coletivo, reaparecem policias, que a procuravam, mas dessa vez, o policial refere-se à Grace como um ser perigoso, que deveria ser entregue, caso fosse vista, obedecendo assim, as leis daquele país. Nesse momento, os membros se reúnem e fazem uma assembleia como de costume, na igreja de Dogville, e como conclusão dessa reunião, eles decidiram, que deveria ser aumentado o valor do silêncio de Dogville. Grace, agora, deve receber menos e trabalhar mais (…). No fim de cada dia as tarefas simples dos membros do vilarejo se tornaram obrigações pesadas, e os habitantes da Elm Street começaram as pedir coisas contra vontade de Grace e do senso comum. Os homens a estupravam, as mulheres e crianças retiravam sua alegria com trabalhos banais do dia-dia, que poderiam os mesmos fazer. Grace vê-se sufocada por Dogville e tenta fugir. Para tal façanha ela suborna Ben, o transportador das maças produzidas por Dogville, com dez dólares. Esses dez dólares é oriundo do furto de Tom às economias de seu velho pai, coisa que Grace só saberá no futuro.

Grace foge da vila sabendo que teria feito a melhor das opções, entretanto seu comparsa na fuga a engana e novamente Grace é chantageada. Desta vez, além da chantagem comum, Bem, estupra e a leva de volta ao vilarejo de Dogville. Nesse momento a cidade começa a considerar Grace um peso para a pequena Dogville, e nesta feira acusam Tom Edison, que nesse momento torna-se seu par romântico no filme, dos problemas que tem com a fugitiva. Tom por influência dos moradores da trama liga para os gangsteres e entregam o local, o qual Grace encontra-se escondida. Entretanto o fim do filme mostra como é essencial cada minuto do filme, pois o chefe dos gangsteres é pai de Grace. A Grace foge de seu pai devido a condutas terríveis, que ele teria. Através de uma longa conversa eles se reconciliam e decidem voltar juntos para casa. Mas antes de ir embora, a moça acha justo castigar toda a cidade. Seu dá a ideia de matar o cão e pendurá-lo para servir de exemplo, mas a moça acha por bem, por fim, em todos os moradores da cidade de Dogville.

O filme mostra a história de uma sociedade eivada pelo mostro do Capital. Por mais que seja retratada como uma cidadezinha pobre e humilde, Dogville a representação da burguesinha Americana. O que podemos ver claramente é luta da classe burguesa representada por Dogville e o proletariado, nesta, representado por Grace. E como toda sociedade tem seus intelectuais, segundo Grammsch, assim, Tomas Edison é o intelectual, que visa moralizar, essa pequena burguesia. Grace sendo a representação

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