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FILOSOFOS HERMENÊUTICA

Por:   •  30/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  835 Palavras (4 Páginas)  •  130 Visualizações

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A palavra “Hermenêutica” possui origem grega, derivada do nome do Deus “Hermes” responsável pela tradução de tudo aquilo que os humanos não compreendessem. A disciplina hermenêutica é um ramo da filosofia que estuda a teoria da interpretação. Mais especificamente, a Hermenêutica Filosófica, estuda a teoria do interpretação, prática e treino. Neste trabalho, foi objetivado ressaltar as maiores contribuições do pensamento de filósofos como: Heidegger, Gadamer, Schleiermacher e Dilthey, quanto à disciplina interpretativa.

Martin Heidegger, nascido em 26 de setembro de 1889, foi estudante de filosofia e professor (e reitor) da Universidade de Friburgo e Marburgo. Foi político filiado ao Partido Nazista, apesar de, ainda como atuar como reitor, nunca pregou preceitos antissemitas na universidsde. Teve suas obras censuradas até o fim da Segunda Guerra Mundial. Heidegger, após o final da guerra, se dissocita do Partido Nazista e tudo que o envolve. Em sua obra principal, “Ser e Tempo” o filósofo pondera à respeito da compreensão do ser, apartir da utilização de uma filosofia existencialista. Postula que ser, ou “Dasein” ,o termo, em alemão, que designa o “ser-aí-no-mundo”, ou “existência” é um “ente destacado”, capaz de questionar à respeito de sua própria realidade e obter, a partir dela, uma compreensão de si mesmo. Diferentemente dos animais, que não possuem distinção entre o fazer ou não (não possuem escolha, devido ao desejo e ao instinto animal de atender às necessidades), o “dasein” tem o livre poder de escolha embasado em seu contexto socio-histórico, transformando sua existência em uma espécie de “plano” onde só terá fim com sua morte. A partir da filosofia existencialista e da reflexão à respeito da natureza humana, Heidgger afirma que o Direito não pode ser explicado a partir de uma relação direta entre sujeito-objeto, mas sim de uma relação mais humanizada do Direito, sendo necessário o entendimento do homem e sua essência, possibilitando o reconhecimento do modo de ser-no-mundo. Em sentindos hermenêuticos, o filósofo afirma que além da leitura e compreensão dos escritos, é necessário interpretar e adaptar a ferramenta do direito, fazendo com que a pessoa seja sempre o que centraliza jurisprudência.

Hans Georg Gadamer, filósofo alemão, nascido em 11 de fevereiro de 1960, considerado um dos maiores nomes da filosofia hermenêutica, foi influenciado pelo pensamento de Heidegger, além de Immanuel Kant, e filósofos clássicos, como Platão e Aristóteles. Postulou entre seus escritos que a vivência interpretativa da hermenêutica não é algo concreto previsível ou metódico. Por tal razão, considera que não deve ser estudado de maneira fixa, objetivando sempre os mesmos resultados. Além disso, não desconsidera a interpretação baseada no contexto social vivido pelo intérprete. Em sua principal obra, denominada Círculo Hermenêutico, o filósofo postula que a interpretação deve ser feita a partir de interações entre interlocutores, formalizando um tipo de “acordo”, objetivando a base interpretativa. A grande contribuição fornecida pelo pensamento filosófico de Gadamer pode ser destacada pela discrepante mudança entre a interpretação anterior (dogmática) e a hermenêutica introduzida pelo filósofo, baseada subjetivetividade do ser humano.

Friedrich Daniel Ernst  Schleiermacher, nascido em 21 de novembro de 1768, foi tradutor de obras filosóficas pertencentes à Platão, Kant, Fitchte, além de professor de teologia, pregador na Igreja da Trindade, em Berlim e um dos nomes mais importantes da hermenêutica moderna. Seu estudo hermenêutico contribui para a interpretação de textos bíblicos, prezando por entendimentos objetivos e claros. Em um de seus postulados, afirma que todo discurso é possuidor de uma dupla relação, havendo compreensão em 2 momentos, sendo o primeiro, a compreensão do que foi extraído da linguagem do discurso e em outro momento, a compreensão do ato enquanto fato. O filósofo pondera que a interpretação de algum fenômeno pode se dar em níveis mínimos, como fatos do dia a dia, por exemplo. Já em níveis hermenêuticos propriamente ditos, é necessário que haja participação da linguagem. Se opõe aos métodos interpretativos anteriores, dado que não encontrava a resposta de seu objetivo, a compreensão geral do texto. Portanto, o filósofo fica conhecido por introduzir uma perspectiva histórica e da linguagem, viabilizando o desenvolvimento das ciências humanas e da consciência histórica.

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