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O ARTIGO BLACK MIRROR NOSEDIVE

Por:   •  5/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  559 Palavras (3 Páginas)  •  472 Visualizações

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Uma análise do episódio Nosedive, sob os estudos de Foucault e Bethan

Hannanza da Motta Gómez Bréa¹

RESUMO:

INTRODUÇÃO

Black Mirror é uma série britânica e foi lançada em 2011 por Charlie Booker. O nome significa espelho negro, nas palavras de Booker em sua coluna publicada no jornal The Guardian nesse mesmo ano é: “aquilo que você encontrará em cada parede, mesa, na palma da mão: a tela fria e brilhante de uma TV, monitor ou smartphone”. A primeira impressão sob a série como boa parte dos telespectadores e dos críticos analisam é que se trata apenas de uma crítica em relação ao uso desenfreado da tecnologia e das suas consequências. Mas na verdade, é mais do que isso, é uma série que busca abordar sobre nós, seres humanos e as relações humanas. Em especial é feito uma crítica – às vezes sutil e outras vezes nem tanto – à sociedade do espetáculo, do consumo e da superficialidade.  

O seriado possui episódios independentes, porém todos seguem a mesma proximidade temática. A ideia é apresentar um futuro distópico, mas este muitas vezes se confunde com a nossa atualidade, e apesar de não ter sido inspirada em 1984, de George Orwell, nem em Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley há muitas semelhanças que remetem a essas obras literárias clássicas e consagradas. Black Mirror traz uma possibilidade de diálogo da arte e do direito por meio das reflexões do artista e do público. E essa ligação apesar de parecer incomunicável, pode vir a trazer diversos pontos positivos para o estudo de certos temas relacionados ao Direito e que são trabalhados em alguns episódios do respectivo seriado. Como por exemplo, os estudos de Focault e Bethan que são ilustrados no episódio Nosedive (queda livre), da terceira temporada que será trabalhado neste respectivo artigo.

A crise estrutural que se vive em todo o mundo por conta do sistema econômico do capitalismo é perfeitamente captado por Black Mirror, e talvez, isso explica o sucesso desenfreado da série. O aprofundamento da crise social, a alienação, a desumanização do cotidiano e as relações sociais voláteis, instáveis e artificiais são retratados nessa distopia feita sob medida para nós, seres humanos das redes sociais e tecnologia. E o propósito da série é mostrar que o presente altamente tecnológico e o futuro não tão distante podem ser ao mesmo tempo fascinantes e extremamente nocivos para a sanidade mental e por conta disso é aberto debates acercas das questões morais e da possibilidade de se impor limites a esse uso.

O EPISÓDIO, NOSEDIVE

Intitulado Nosedive, em português, “queda livre” é o primeiro episódio da terceira temporada da séria britânica. É apresentado uma sociedade distópica, onde o que importa não é o ser humano, mas sim a sua nota, ou seja, a reputação nas redes sociais. Esta reputação ela advém de um aplicativo no smartphone, no qual as pessoas lhe atribuem de 0 a 5 estrelas, logo, é feita uma média geral da quantidade de estrelas e a pessoa é enquadrada em um estereótipo de acordo a sua respectiva média. De 4,5 a 5 estrelas são consideradas as melhores pessoas dessa sociedade e aquelas que estão entre 0 a 2 são pessoas problemáticas, antissociais.

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