O Congresso de Pesquisa e Extensão

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VI Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG IV Salão de Extensão http://ojs.fsg.br/index.php/pesquisaextensao ISSN 2318-8014
MATERNIDADE E CARREIRA: DESAFIOS FRENTE A SOCIEDADE Juliani da Silva Pereiraª, Vanessa Reginatto Varellaª a) Estudantes do Curso de Direito do Centro Universitário da Serra Gaúcha
Professor Avaliador Mestre Professor Marcos Paulo dos Reis Quadros.		Resumo Conciliar a maternidade e a carreira da mulher trabalhadora atual muito tem se discutido na sociedade do século XXI. O período é de mudanças de valores e crenças, que até então a mulher era vista como procriadora, assim surgem conflitos pelas novas demandas que são apresentadas a mulher pelas Consolidações das Leis Trabalhistas. A importância de analisarmos sobre o assunto é devido a redução da natalidade perante os desafios que a mulher tem enfrentando frente a sua escolha pela carreira, seu crescimento profissional e a ambição pelo conhecimento e poder. O artigo explora estudos sobre o perfil da mulher no século passado e o perfil atual das profissionais que optam pela escolha de se tornar mãe após conquistar sua carreira, porém muitas mulheres se tornam inférteis devido a essa escolha.
Palavras-chave: Maternidade. Carreira. Sociedade.

1 INTRODUÇÃO

As principais ideias dos artigos em análise são o que a entrada da mulher no mercado de trabalho trouxe de implicações à maternidade, apresentando sentimentos, dificuldades e estratégias das mulheres que optam por trabalhar e ser mãe; e a percepção das mulheres executivas que chegaram ao topo da posição empresarial das grandes organizações sobre os desafios à sua carreira.

O artigo de Greyce R. Beltrame e Tagma M. S. Donelli explora a literatura e diferentes estudos sobre a conciliação de ambos os papéis da mulher perante a sociedade frente aos desafios da atualidade. Já o artigo de Antônio R.C. Neto, Betania Tanure e Juliana Andrade investiga a relação de quatro pilares da mulher executiva que chegam ao topo da hierarquia de empresa brasileiras, sendo estes a carreira, maternidade, dedicação à família e ao parceiro amoroso.

Entre os aspectos analisados em ambos os artigos, Antônio cita que de acordo com Bruscini (2000), há uma mudança no perfil etário da população economicamente ativa feminina, no Brasil, onde mostra aumento do trabalho das esposas, sugerindo que as despesas financeiras familiares estão sendo mais divididas, sendo ainda que iniciou como uma necessidade de complementar a renda da família, além o aumento pela elevação da qualificação profissional, redução de número de filhos, mudança do perfil feminino e nas relações familiares, as mulheres, casadas ou não, procuram disputar mais oportunidades de emprego.

Neste sentido, Greyce e Tagma, citam Molina (2006), atenta para o fato de que, hoje, a maternidade não tem uma visão tão atrativa como em outra época, como características da sociedade pós-moderna, há um aumento de exigências em torno da mulher e de sentimentos de insuficiência frente às responsabilidades.

Muitas mulheres entrevistadas vivenciam o trabalho como uma posição importante em suas vidas. Além de todos os desafios que a mulher enfrenta para alcançar a carreira de executiva, ainda há outras questões como a relação com o seu parceiro. Pesquisas nos EUA, realizado com o objetivo de explorar a vida profissional e pessoal de mulheres bem-sucedidas bem remuneradas e com elevado nível de instrução, sugere que, quanto mais bem-sucedido o homem, maior é a probabilidade de que ele se case e tenha filhos. Com as mulheres bem-sucedidas ocorre o inverso.

Ainda sobre o artigo, Greyce e Tagma pode-se fazer uma análise sobre como mulheres conciliam trabalho fora do ambiente doméstico e maternidade, ao longo de suas vidas e carreiras, como também os desafios observados ao longo do tempo.

O papel da mulher e as expectativas delas próprias somados as expectativas do mundo sobre elas causou vários questionamentos inclusive sobre sua sexualidade e de questões como o momento exato de casar e ter filhos ou absorver a profissão e conquistar seu espaço e independência financeira. Dentre tantas mudanças, o uso das tecnologias, seja com métodos contraceptivos ou sejam eles os avanços da medicina reprodutiva também são fatores que contribuem para a maternidade perante escolhas da carreira. Ou seja, hoje as mulheres estão deixando para segundo plano a maternidade e formar uma família.

 O artigo estudado demonstra diversos estudos e pesquisas em vários campos desde as novas configurações familiares, passando pelo estudo da maternidade tardia ser mais frequentes em mulheres em ascensão no mercado de trabalho, indicando que muitas mulheres altamente qualificadas na medida que postergam esse projeto até se tornarem inférteis.

“Greyce e Tagma, apontam como uma base de pesquisa o censo do IBGE de 2011, nele retrata dados das mulheres brasileiras que desde os anos 2000 para cá caiu, tanto a taxa de nascimentos quanto a fecundidade de mulheres até os 30 anos de idade. Esse estudo demonstra claramente as mudanças por faixa etária e a falta de sincronia com o tempo orgânico da fertilidade”.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Relações de Trabalho

Após as considerações iniciais, os conceitos da Condição Humana podem ser analisados de uma forma mais objetiva demonstrando que os desafios das mulheres vão além das escolhas da carreira, são as relações de trabalho que impactam de forma significativa na vida das mulheres.

Para o Estado Democrático de Direito é de suma importância esclarecer os riscos e perigos quando não se pratica os direitos fundamentais à proteção ao trabalho da mulher. Se faz necessário realizar uma análise da relação entre a condição humana, a dignidade da pessoa e a proteção ao trabalho da mulher.