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O Direito e Terrorismo

Por:   •  26/6/2023  •  Seminário  •  818 Palavras (4 Páginas)  •  49 Visualizações

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Recentemente a Coreia do Norte está em alta na mídia, haja vista os constantes testes nucleares e lançamento de mísseis que vêm sendo realizados no país, além, claro, do conflito caloroso entre a potência norte-americana e este país comunista.

A Coreia do Norte ameaça continuamente os EUA com seus testes com mísseis, realizados periodicamente no Mar do Japão. Somente até maio de 2017 o país concluiu nove testes. Em resposta às preocupações diante do avanço do programa de armas nucleares norte-coreano, os americanos testaram, com sucesso, também em maio, um sistema para interceptar mísseis balísticos intercontinentais.

“Os EUA estão preocupados em mostrar que estão preparados para responder a ameaça norte-coreana e proteger seu aliados na região, principalmente o Japão e a Coreia do Sul. A ideia é mostrar que os Estados Unidos estão atentos”, diz a professora de Relações Internacionais da Unifesp, Cristina Pecequilo. “Já a Coreia do Norte tem como objetivo, principalmente após a posse do americano Donald Trump, conseguir colocar uma postura de força e sinalizar que existe sim, no país, uma disposição para manter a soberania e essa disposição é baseada em fatos concretos e não apenas no discurso”.

A exibição de força para a manutenção no poder é estratégia antiga dos norte-coreanos. Essa é uma das explicações para justificar e espetáculo midiático que Kim-Jong-Un faz a cada novo teste nuclear. Os testes visam reforçar o status quo, que é de equilíbrio e estabilidade, apesar da aparência, e garantem a narrativa de um Estado rebelde e beligerante, o que é bom para China e Rússia, que se beneficiam ao ficarem protegidos em uma espécie de “tampão”.

Além disso, preservam a Coreia do Sul e o Japão como parte de um esforço de contenção, o que justifica a presença militar americana nos dois locais — Coreia do Sul e na ilha japonesa de Okinawa. “Há uma questão de coesão interna nesse processo. O governo utiliza esse permanente estado de mobilização nacional como uma necessidade de defesa por que os norte-coreanos eventualmente assistem TV e ouvem rádio com informações sobre o sul e é preciso algo que justifique essa situação dramaticamente distinta, especialmente porque o capitalismo do sul é de um tipo particularmente igualitário, sem grande concentração de renda, nem miséria”, diz. “O inimigo externo é algo que ajuda a justificar as privações pelas quais passa o povo do norte”.

Os sucessivos conflitos entre os EUA e a Coreia do Norte não são apenas históricos, mas também ideológicos. Conforme professor de Negociação e Resolução de Conflitos da FGV Yann Duzert, explica, Kim Jong-un precisa dos Estados Unidos para justificar seu regime.

De acordo com o pós-doutorando pela universidade de Harvard, Duzert, aduzque "O ditador precisa mostrar que existe um país inimigo externo para valorizar o patriotismo e a política totalitária. É uma maneira de guardar o poder e fazer que o líder tenha adesão do povo contra o inimigo comum".

Na análise do professor da PUC Carlos Poggio, Trump acaba alimentando o jogo da Coreia do Norte quando faz declarações de ameaças e até ao menosprezar o país. "Ele estimula a Coreia do Norte a continuar perseguindo este tipo de saída [guerra]. Ele mesmo foi um candidato que não valorizou a diplomacia."

Para Poggio, as tensões aumentaram desde que Trump assumiu a

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