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O Estado em Platão e Aristóteles

Por:   •  6/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  835 Palavras (4 Páginas)  •  312 Visualizações

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1) Qual é o ponto de partida do Estado platônico?

O ponto de partida para o Estado de Platão seria a educação, pois somente ela poderia criar homens dirigentes compromissados com o bem comum. Os governantes coincidiam com os exercícios necessários para o aprendizado da filosofia, que deveriam durar até os cinquenta anos, com a finalidade de leva-lo ao conhecimento e à contemplação do “conhecimento máximo” para que ele pudesse inserir o Bem na realidade histórica. Além disso, os filhos imediatamente seriam retirados do convívio com os pais, seriam alimentados e educados em lugares apropriados, sem conhecer os próprios genitores, de forma que poderia assim, eliminar as razões que alimentam o egoísmo e criar uma espécie de grande família, onde o bem particular deveria ser o bem comum. Para Platão, pouco importa se exista ou possa existir a Cidade, basta apenas que cada um viva segundo as leis do Bem e da Justiça, de modo que antes mesmo de realizar-se na Cidade, deve realizar-se no interior do homem.

2) Para pensarmos na ideia de Estado, segundo Platão, seremos obrigados, em primeiro lugar explicar o conceito de Cidade. Mostre como é originada a Cidade, de quantas classes é composta, e por último, relacione o conceito de Cidade com o de Justiça.

Segundo Platão, construir a Cidade significa conhecer o homem e seu lugar no universo. Ele explica que cada um de nós não é “autárquico”, ou seja, não se basta a si mesmo e tem necessidade dos serviços de muitos outros homens, devido a isso, a Cidade necessita de três classes sociais: 1) a dos lavradores, artesãos e comerciantes; 2) a dos guardas; 3) a dos governantes. Para Platão, a Cidade perfeita é aquela em que predomina a temperança na primeira classe social, a fortaleza ou coragem na segunda e a sabedoria na terceira, visto que isso resultaria na justiça, que nada mais é a harmonia que se estabelece entre essas três virtudes. Quando cada cidadão e cada classe social desempenham as funções que lhes são próprias da melhor forma e fazem o que por natureza e por lei são convocados a fazer, então realiza-se a justiça perfeita.

3) Reale usa no texto a seguinte expressão: “princípio da correspondência platônica”. Em verdade, trata-se da relação dos termos: psyché/Estado. Desenvolva essa relação.

Assim como são três as classes do Estado, são também três as partes da alma: a apetitiva ou concupiscível, a irascível e a racional. A alma concupiscível está relacionada com a primeira classe social do Estado, em que nela predomina a virtude da temperança, que consiste em uma espécie de ordem, domínio e disciplina dos prazeres e desejos, supondo também a capacidade de se submeter às classes superiores de modo conveniente. A alma irascível está relacionada com a segunda classe social do Estado, em que nela predomina a virtude da fortaleza ou da coragem, sendo composta por homens que se assemelham aos cães de raça, ou seja, dotados ao mesmo tempo de mansidão e ferocidade. A alma racional está relacionada com a terceira classe social do Estado, em que nela predomina a virtude da sabedoria, onde os governantes deverão ser aqueles que tenham amado a Cidade mais do que os outros, tenham cumprido com zelo sua própria missão e, tenham aprendido a conhecer e contemplar o bem. Como o fim do Estado é moral, é evidente que aquilo a que ele deve visar é o incremento dos bens

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