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O Mito Selvagem de Jean Russet

Por:   •  17/12/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.278 Palavras (10 Páginas)  •  36 Visualizações

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FACMED – FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E JURÍDICAS

CURSO DE BACHAREL EM DIREITO

1° PERÍODO

MARIA EDUARDA DINIZ FERREIRA

ROMANTIMO, O MITO DO BOM SELVAGEM DE JEAN JACQUES-ROUSSEAU E AS IDEOLOGIAS DE DARWIN.

CORRELAÇÃO ENTRE AMBOS OS TÓPICOS.

Docente: Larissa Aguilar

RESUMO

O presente artigo visa trazer uma breve síntese sobre o surgimento do Romantismo, a influência de Jean Jacques-Rousseau, um filósofo franco-suíço meramente enfeitiçado pela natureza e adaptação humana, para o desenvolvimento deste feito, juntamente trazer a ideologia de Jean Jacques-Rousseau sobre a adaptação do ser humano em sociedade, consistindo em visar o mito do bom selvagem, fazendo jus as suas obras “O Discurso” de 1775, “Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens” de 1754. Contribuindo e distorcendo um pouco, sobre as leis de Charles Darwin um naturalista britânico que alterou a maneira de analisarmos a vida na terra, não sendo relativamente coligado com os temas anteriores, mas trazendo tal semelhança dessas obras meramente diferentes, partindo por meios de pesquisas bibliográficas, e livros.

 

Palavras-chaves: Rousseau, Darwin e o Discurso

ABSTRACT

The present article aims to bring a brief synthesis about the emergence of Romanticism, the influence of Jean Jacques-Rousseau, a Franco-Swiss philosopher merely bewitched by nature and human adaptation, for the development of this feat, together with Jean Jacques-Rousseau's ideology about the adaptation of the human being in society, consisting of aiming at the myth of the good savage,  his works "The Discourse" of 1775, "Discourse on the Origin and Foundations of Inequality Among the Men" of 1754. Contributing and distorting a little, on the laws of Charles Darwin, a British naturalist who changed the way we analyze life on earth, not being related to the earlier themes, but bringing such similarity to these merely different works, starting through bibliographical research, and books.

Keywords: Rousseau, Darwin, and the Discourse


  1. O Romantismo:

O romantismo como visão de mundo, cuja essência é o protesto cultural contra a civilização capitalista ocidental em nome de certos valores do passado (WELTANSCHAUUNG), se fundou até a segunda metade do século XVIII, nos principais países europeus. Uma data marcante para este fato cultural, seria 1775, data da publicação do “Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens” de Jean Jacques-Rousseau.

 De acordo com A. Lovejoy: “Por mais que os dicionários e as enciclopédias apresentassem o romantismo como um movimento literário e artístico no século XIX, pensava que pelo contrário, se trata de um fenômeno muito mias extenso e profundo que atravessa todos os âmbitos da cultura: literatura, poesia, artes, filosofia, política, religião, direito, antropologia, historiografia. Estou convencido de que a história do romantismo não termina em 1830 ou 1848, mas continua na atualidade.”

Claramente, tal cultura romântica não é homogênea, existindo uma dualidade de correntes: desde o movimento do romantismo conservador ou reacionário, almejando a volta do Antigo Regime, até ao romantismo revolucionário, integrando as conquistas de 1789, não sendo um regresso, mas, um desvio pelo passado em direção ao futuro utópico.

Jean Jacques-Rousseau, foi um dos primeiros a representar esta sensibilidade romântica revolucionária, sendo o “Discurso” de 1755, uma referência à origem do mal, em um passado longo:

“O primeiro homem que, ao aproximar-se de um terreno, lhe ocorreu dizer 'Isto é meu!' e encontrou gente bastante simples para acreditar nele foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras, assassinatos; quantas misérias e horrores teria evitado ao género humano aquele que, arrancando as estacas da cerca ou cobrindo o fosso tivesse gritado aos seus semelhantes: 'Cuidai de escutar este impostor; estais perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e a terra de ninguém!” (ROUSSEAU, O DISCURSO, P. 47 1755)

Considerando que o mal da propriedade privada e a desigualdade, são antigos, não haviam alcançado grande patamar antes da civilização moderna. Contudo, Rousseau se refere a “origem” de sua própria época, em qual o capitalismo fez grandiosa desigualdade entre ricos e pobres, sendo o eixo principal da hierarquia social, renunciando a raiva ao pensamento de que não perdeu nada de sua atualidade dois séculos e meio mais tarde:

“Tal foi ou deve ter sido a origem da sociedade e das leis, que puseram novos grilhões ao fraco e novas forças ao rico, aniquilaram para sempre a liberdade natural, fixaram para todo o tempo a lei da propriedade e da desigualdade, fizeram de uma astuta usurpação um direito irrevogável, e, para proveito de uns quantos ambiciosos, sujeitaram todo o género humano ao trabalho, à servidão e à miséria”. (ROUSSEAU, O DISCURSO, P. 60 1755)

Considerando tais fatores abrangentes de sua obra, notamos os traços de amor e devoção à natureza, sendo o tema central de sua obra. Tal sentimento está inteiramente voltado ao olhar-se para si mesmo, se inspirando em sua própria personalidade, coliga o universo primitivo livre e igualitário, “o homem selvagem só desfruta do repouso e da liberdade.” P. 74; “O homem civilizado agita-se...trabalha até a morte” P. 74.

  1. O mito do bom selvagem:

A teoria do bom selvagem surge com a obra de um filósofo franco-suíço, Jean Jacques-Rousseau, abordando a tese de que o ser humano era puro e inocente em seu estado natural de sobrevivência, e a sociedade sendo a causa principal de impor valores e hábitos que o conduziam ao conflito em massa e aos problemas marcantes na sociedade.

Considerando tal posicionamento de Rousseau, crimes, furtos e assassinatos, não se considerava uma índole pessoal e individual de seus autores, sendo tal produto de uma sociedade distinta e inoportuna, subtendo o indivíduo em uma existência degradante o encaminhando para um caminho socialmente indesejável.

Todavia, esse mito do bom selvagem criado pelo filósofo, deve ser considerado a partir do homem em seu estado natural, não contaminado por opressão social, devendo ser compreendido como uma ideologia teórica.

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