O Trabalho Teoria Geral do Direito

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Trabalho para A2 – Teoria Geral do Direito

Esse trabalho vale presença para o feriado do dia 15-11 e também nota complementar para o A2

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 “A entrada dos prisioneiros foi comovedora. [...] O arraial, in extremis, punha-lhes adiante, naquele armistício transitório, uma legião desarmada, mutilada, faminta e claudicante, num assalto mais duro que o das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres bombardeados durante três meses. [...] Repugnava aquele triunfo. Envergonhava. [...] Mulheres, sem número de mulheres, velhas espectrais, moças envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma fealdade, escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris desnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos aos peitos murchos, filhos afastados pelos braços, passando; crianças, sem número de crianças; velhos, sem número de velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas e mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante. [Uma velha senhora] tinha nos braços finos uma menina, neta, bisneta, tataraneta talvez. E essa criança horrorizava. A sua face esquerda fora arrancada, havia tempos, por um estilhaço de granada; de sorte que os ossos dos maxilares se destacavam alvíssimos, entre os bordos vermelhos da ferida já cicatrizada... A face direita sorria.” CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. Ilustrações de Alfredo Aquino. São Paulo: Abril Cultural, 1982. p.429 -431.

Esse trecho de “Os Sertões” retrata a prisão de vários dos últimos sobreviventes de Canudos, vilarejo de cerca de 20.000 habitantes de todos os gêneros e idades. Foi preciso cerca de 15.000 soldados treinados, armados inclusive com canhões, em cinco expedições de guerra, para que se “encerrasse aquela questão” que tanto incomodava o Estado brasileiro. Para isso, como afirmou Euclides da Cunha, foi preciso se fazer a “aniquilação completa” de Canudos.

No entanto, ele permanece símbolo do Brasil carente, esquecido, incompreendido, detestado e, talvez principalmente, silenciosamente temido pelo poder político e econômico. E mesmo a maioria de brasileiros bem intencionados sente-se impotente, envergonhada e revoltada com esses “brasis” escondidos, apartados do progresso e das suas conquistas científicas, econômicas e sociais, não raro optando por fechar os olhos para a sua existência.

Como você pensa que chegam ao povo o Estado e o Direito (a) e como devem ambos chegar (b) às parcelas do Brasil que ainda fazem lembrar Canudos, seja nos subúrbios das cidades ou em regiões remotas?

Responda cada questão em no mínimo 5 e no máximo 10 linhas:

a)

Vejo que pouco chega o Estado e muito menos o Direito em locais afastados dos grandes centros, cito não somente nosso sertão, mas também áreas rurais e favelas, onde poucos sabem ou tem noção do que lhes é garantido por Direito, desconhecem nossa constituição ( Isso não somente nos lugares afastados citados acima, mas também nos grandes centros ), mas vejo que nos últimos anos com a chegada da internet, muitos conseguiram ter um pouco de noção de seus direitos e deveres do Estado, podendo cobrar de seus representantes escolhidos através do voto, mesmo achando que essa cobrança não é feita com tanta ênfase que deveria ser feita, mas que certamente após a facilidade de informação que hoje temos na internet, canais de televisão e rádio, aumentou bastante essas cobranças.