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O livro Um Passeio Pela Antiguidade

Por:   •  1/11/2018  •  Seminário  •  1.834 Palavras (8 Páginas)  •  537 Visualizações

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Introdução geral (objetivo do livro): O livro Um Passeio Pela Antiguidade, apresenta como finalidade a aproximação e um olhar sob outra perspectiva de como as heranças gregas e romanas se fazem presente na modernidade. Ajuda a habituar-se com os Antigos que ainda hoje nos influenciam através de linhas de pensamentos_ costumes, hábitos, valores, etc. Direciona o leitor para captar as interferências dos Antigos, mostrando como entender a trajetória dessas mediações. Este livro funciona como um caminho para captar e informar, mas de forma subjetiva e intrínseca, passando pelos temas como um passeio, apontando características, temas e figuras das heranças gregas e romanas. Ele nos faz entender que o legado deixado pelos Antigos (hoje colocado um pouco de lado) ainda é essencial. O distanciamento dessa herança afasta a todos do aperfeiçoamento interno e nos torna cada vez mais técnicos reduzindo, assim a nossa intimidade com a humanidade. É preciso também, desconstruir a imagem petrificada que temos dos Antigos, humanizá-los e reconhecer que eles viviam, tinham conflitos e dramas e aproximá-los de uma realidade. Para se entender o percurso e a perspectiva que serão apresentados no livro é preciso tentar se “transportar” para o lugar, época e circunstância de cada personagem. Sem deixar de lado o Anacronismo, pois este se torna uma ferramenta de comparação e constatação de “fatos”. Uma vez ultrapassada a imagem cristalizada e mítica dos Antigos, podemos nos desvencilhar dos “grandes feitos” e passar para a absorção das lições humanas, valores e desenvolver o intelecto, um ‘lógos’, baseando-se nessas informações. Tema I - Viver Iniciarei a apresentação do capítulo com a frase “Pensa-se como se vive”, de Demostenes. Esta frase é muito explicativa, pois os Antigos possuíam uma definição de “viver” distinta da nossa, eles não diferenciavam o empirismo, do mundo das ideias, além de sempre buscarem reconstruir e aperfeiçoar a vida e suas singularidades. Eles transitavam de uma ideia para outra com uma relativa “facilidade”, devido a sua concepção de que o conhecimento está em eterna construção. Aperfeiçoando de modo a socializar e educar para produzir pessoas civilizadas e uma cultura em comum, construindo também o “interno” para se tornar apto a superar conflitos consigo mesmo e consequentemente com os outros visando atingir a plenitude. (Descobrir gestos cotidianos) Homero • Dos poemas de Homero são tirados muitos ensinamentos: valores, formas de conduta cotidiana, códigos de civilidade, como expressar as emoções, relações entre deuses e homens sem esquecer das rivalidades internas de cada um (era a matriz de como se educar e viver como humano); • Ele é influenciador e construtor da cultura grega; • Suas obras de prestígio são: Odisseia e Ilíada; • Seus poemas tratam dos conflitos internos e externos que surgem com o amadurecimento do homem ao longo do tempo;

• Os gregos se constroem segundo a virtude dos heróis (modelos a serem seguidos) de Homero. (como um deus entre os homens) Sob uma nova perspectiva esse capítulo investe na ideia de atingir a serenidade de um sábio e desviar-se dos conflitos dos heróis homéricos, buscando transformar-se intelectualmente para eliminar angústias, flutuações e erros. Procura-se “acalmar a tempestade da alma”, dominando a si próprio, escapando da luxúria, desejos e emoções, além da preparação para a inevitabilidade das coisas ruins para passar de forma “plena” pelas tribulações. Quando essa plenitude for alcançada, pode se considerar um “deus entre os homens”_ deus aqui, tem a ideia de ser inabalável entre a sensibilidade dos mortais. Epicuro • Pensador materialista e hedonista (caracterizam o prazer como um bem supremo e a busca por ele é o único propósito da vida); • Doutrina terapêutica visando a cura da alma “perturbada”, a receita dessa cura consiste em quatro objetivos: não temer os deuses, não temer a morte, buscar prazeres simples, evitar a dor; • A ideia dissipada por ele é que viver consiste muito mais em evitar a dor do que desfrutar da vida; • Acreditava que é preciso gozar da vida em repouso e esse repouso se baseia na ausência de perturbações, a fuga para dentro de si. • Afastamento dos assuntos que compõem a pólis. Depois de compreendida a ideia de viver entre os antigos e baseando-se na visão materialista de Epicuro, podemos relacionar a tendência de se preocupar em demasia com coisas que não controlamos, gerando na maior parte das pessoas uma ansiedade negativa e causadora de muitos problemas psicológicos na atualidade. Se a sociedade contemporânea absorvesse algum ensinamento de Epicuro, pudéssemos viver em maior plenitude, na busca por um prazer maior e se desviando de complicações fúteis. Tema II - Pensar (Ouvir a verdade) Diferentemente dos antigos, nós separamos de maneira errônea a experiência empírica da construção do pensamento _lógos. Para eles não adianta pensar sem efetivar. Não existe nenhuma ruptura entre viver e pensar. Os gregos e romanos pensam e modificam o campo existencial e principal objetivo da filosofia antiga consistia, antes de qualquer coisa, modificar o modo de ser, pensar e agir do mundo. Dessa herança fica a ideia da “experiência de pensar como mutação da existência”. Por não haver separação entre o modo de viver e o de pensar eles interligam a matéria e o espírito, emoção e a razão, a poesia e o saber, a arte e o conhecimento, pois é isso que compõem o ser. Demócrito • Pensador materialista; • Sustenta a ideia de que o mundo é apenas um vazio composto de átomos indivisíveis;

• Priva o mundo de qualquer significação; • Tenta desconstruir a ideia de que estamos no mundo por alguma razão; • Possui conhecimento sobre todas as esferas da realidade física e humana; • Era contra a religião, transcendência ou qualquer forma de crença (Manter a mente aberta) Aristóteles • Acreditava na ideia de um pensamento fluído e aberto; • Destacou e fundamentou os princípios do raciocínio lógico, como princípio de não contradição; • Contribuiu com a metafísica; • Um dos fundadores das ciências e dos métodos de pesquisa científica; • Acreditava que o conhecimento sempre estava sendo desfeito, construído e complementado. Vivemos sempre em uma busca incessante por conhecimento, entretanto, nas gerações contemporâneas nota-se uma certa prepotência em acreditar que todo conhecimento já atingiu o seu limite e que somos detentores de todo ele. Mas, percebe-se através de Aristóteles que precisamos desconstruir essa perspectiva de que o conhecimento é finito. Percebe-se que quanto mais se sabe, menos se sabe, mas com essa visão atual de que somos detentores de todo o saber, nota-se uma geração completamente arrogante que afirma sobre tudo sem saber

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