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UM PASSEIO PELA ANTIGUIDADE

Por:   •  17/4/2019  •  Monografia  •  1.924 Palavras (8 Páginas)  •  434 Visualizações

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PONTIFICÍA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

DIREITO

João Victor de Godoi Silva

UM PASSEIO PELA ANTIGUIDADE

Roger-Pol Droit

Belo Horizonte

2019


Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Direito

UM PASSEIO PELA ANTIGUIDADE

Roger-Pol Droit

Trabalho da matéria Filosofia lecionada pelo Prof. Henrique Porta Lopes Puigcerver que tem como objetivo a inserção do discente no universo da filosofia. Para isso será feita, por meio deste, uma análise do livro: Um Passeio Pela Antiguidade, de Roger-Pol Droit.  

Belo Horizonte

2019

  1. Objetivos Principais do Livro

Permitir que os leitores tenham seus primeiros encontros, ou novas perspectivas, sobre os antigos, possibilitando, dessa forma, a criação de uma familiaridade entre estes e aqueles. Para isso Droit se propõem a “indicar pistas, traçar itinerários de caça ao tesouro e estabelecer possíveis encontros” de maneira mais “romântica”, buscando, dessa forma, fazer com que o ledor crie sua própria trajetória. No fim, o propósito do livro é traçar um passeio pela antiguidade procurando, por entre tema e figuras da herança grega e romana, regras de vida e pensamento que nos faltam. Um guia informativo, porém, subjetivo!  

  1. Pensar

  1. O que se propõem o autor em relação ao tema?

Droit, procura mostrar que o pensamento não está separado da existência, muito pelo contrário, a reflexão encontra seu material de pesquisa nas experiências com o intuído de mudar a realidade! Os antigos sabiam bem disso e tentavam transformar o mundo, e a si mesmo, através de suas teorias e deduções.

  1. Afirmações mais significativas:

  1. Heráclito:

Tudo que existe se encontra inseparável de seu oposto: Não há noite sem dia, não há paz sem guerra. Não a vida sem morte nem morte sem vida.

Tudo é Huno

Tudo estar em devir, tudo é movente, sempre em transformação. “Tudo Fluí”

Você nunca se banhará duas vezes no mesmo rio

  1. Demócrito:

Não há no mundo senão vazios átomos, isto é, grãos de realidade impossíveis de serem quebrados, rompidos, segundo o próprio sentido do termo átomos: “que é impossível cortar, indivisível”

A realidade é rigorosamente desprovida de sentidos. Ainda que o homem deva necessariamente atribuir-lhe um significado, a natureza não possui nenhum por si mesma.

  1. Platão:

Não será permitido ao filosofo contemplar eternamente a verdade, ele deverá se juntar aos seus antigos companheiros, voltar a encontrar os prisioneiros na escuridão, voltar a realidade da sociedade para pôr ordem nela.

Rumo ao exterior da caverna, mas também, mais tarde, às trevas, quando for preciso voltar a descer.

  1. Aristóteles:

Ao definir a filosofia como a totalidade do saber na medida do possível, ele sabe que essa totalidade será sempre aberta. A totalidade do saber nunca será detida.

  1. Sexto Empírico

Os seres humanos não têm nenhuma certeza que se sustente

  1. Conclusão: Pensar

O pensamento não pode ser dissociado da realidade, pois o conhecimento é um exercício continuo de contrastes entre o pensar e o sentir. Heráclito ao dizer que “você nunca se banhará duas vezes no mesmo rio” nos levando a reflexão de que nada é eterno. Em suas reflexões, tenta dar sentido aos movimentos da natureza, mas logo é contrastado por Demócrito, quando este afirma: “A realidade é rigorosamente desprovida de sentidos. Ainda que o homem deva necessariamente atribuir-lhe um significado, a natureza não possui nenhum por si mesma”.  Um pensa o outro descontrói.

Já Platão ao dizer que. “Não será permitido ao filosofo contemplar eternamente a verdade, ele deverá se juntar aos seus antigos companheiros, voltar a encontrar os prisioneiros na escuridão, voltar a realidade da sociedade para pôr ordem nela”. Dando valor a passagem e não só aos fatos imutáveis. Veja, os saberes nunca estão acabados e por isso o pesquisador não deve se contentar com as definições já adquiridas, a final, como diz Sexto Empírico: “Os seres humanos não têm nenhuma certeza que se sustente”. Nunca devemos nos esquecer dessas lições.

 

  1. EMORCIONAR-SE

  1. O que se propõem o autor em relação ao tema?

O Autor propõe a reflexão crítica por intermédio dos sentimentos. Ou seja, ter nossa existência, ideias e convicções confrontadas devido a emoções causadas pelas artes. Droit as chama de “Emoções Pensantes”.

  1. Afirmações mais significativas:

  1. Ésquilo

A dificuldade de descobrir que o inimigo também é humano, que o adversário vencido é fraco e digno de pena. Parecido conosco, mesmo que não seja de um modo fraterno. É algo perturbador. E que faz pensar.

  1. Sófocles

É seu corpo que lhe é devolvido, o espaço que ele habita, a capacidade de experimentar a si mesmo ao falar-pensar quando se dirige ao outro.

Ele foi feito a imagem de todos nós, expostos à alegria transbordante do encontro, assim como às angustias do abandono

  1. Aristófanes

Sempre capaz de reforçar os defeitos que denuncia, utilizando, para isso, os defeitos que pretende combater.

•O cômico também se mantem na fronteira com o mal-estar

  1. Luciano

Fustigar o ridículo daqueles que parecem sérios

Os homens tendem a crer em qualquer coisa desde que a esperança de uma satisfação qualquer os anime

  1. Conclusão: Emociona-se

As tragédias e comedias, para os antigos, tinha como finalidade subintendida a reflexão. Ésquilo e Sófocles, quando, em suas peças, colocam lições como: “A dificuldade de descobrir que o inimigo também é humano, que o adversário vencido é fraco e digno de pena. Parecido conosco, mesmo que não seja de um modo fraterno. É algo perturbador. E que faz pensar” e “Ele foi feito a imagem de todos nós, expostos à alegria transbordante do encontro, assim como às angustias do abandono”. Através do misto de emoções, fazem os Gregos reavaliarem suas percepções e valores. O mesmo acontece com as comedia: Aristófanes e Luciano, ao reforçar os defeitos que denuncia, utilizando, para isso, os defeitos que pretende combater e fustigar o ridículo daqueles que parecem sérios mostram a vulnerabilidade da sociedade, se valendo da ridicularizarão; ironia e exageros. Atualmente, falta em nossa sociedade essa capacidade de uma reflexão crítica. As artes, hoje em dia, são tanto mais aceitas quanto mais cômodas e superficiais forem.      

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