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O Ódio a Democracia de Jacques Rancière

Por:   •  10/8/2022  •  Resenha  •  757 Palavras (4 Páginas)  •  101 Visualizações

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RESUMO

O livro tem como tema “O Ódio a Democracia”, autor Jacques Rancière, abordam o que realmente é a democracia desde os tempos remotos até os dias de hoje.

A presente obra tem como capítulos da democracia vitoriosa à democracia criminosa, a política ou o pastor perdido, democracia-república-representação e as razões de um ódio. O referido livro decorre de pesquisas e discussões que levaram a obter o resultado pretendido de demonstra o que realmente vem ser a democracia.

O autor busca trazer o significado do conceito de democracia diferente dos conceitos que estamos acostumados a ver no dia a dia nos debates, palestras e comentários.

O texto afirma que, para a maioria das pessoas, a democracia não possui um olhar tão aprofundado, ou seja, quando se discute seu conceito, logo se entende como um produto de instituições, em que, o governo é representativo e pertencente ao povo, com sua constituição e divisão dos poderes, ou seja, quando falamos de democracia ideal, estamos diante de eleições livres.

Todavia, como já foi comentado anteriormente, o autor possui um pensamento diferenciado do conceito de democracia, pois o mesmo retrata seu significado de acordo com a Grécia Antiga.  

Dessa forma, o ponto de discursão para descrever seu pensamento tem como embasamento a obra República de Platão, em que, para que seja alcançado uma ordem na sociedade, será necessário que se tenha um bom pastor, ou seja, seria alguém que foi escolhido por um deus para governar os demais, seguindo uma certa hierarquia de cima para baixo.  

Ademais, na época antiga, o critério adotado para estabelecer o significado de democracia e estabelecer uma governança decorria da lei de filiação que poderia se dá de duas formas, ou seja, mediante o nascimento, em que, aqueles que tinha condições privilegiadas na sociedade, teriam o nome garantido por conta de suas tradições e propriedades adquiridas, possuindo direitos deste o momento que vieram ao mundo.

O segundo critério que poderia ser analisado para que fosse possível estabelecer uma governança na sociedade advém da riqueza, pois se determinado indivíduo investe, produz, acumula recursos e possui as propriedades, o mesmo possui poder para governar.

Além do mais, não podemos esquecer que junto a esses dois critérios, caminham a força que decorre da imposição feita muitas vezes mediante violência, e o conhecimento, assim dizendo, o estado tem condições de pensar e refletir sobre determinados assuntos pelo domínio da ciência.

Nesse contexto, diante de um governo que deriva do nascimento ou da riqueza, a democracia tem outra finalidade, a qual entraria nesse espaço público já instalado, para discutir e debater questões para aqueles desfavorecidos, sem competências e títulos, ou seja, sem nenhuma filiação.

Sendo assim, quando as ideias, vontades e expressões das pessoas comuns eram levadas aos debates, se inicia o conceito de democracia, melhor dizendo, é uma forma de tentar romper com a lei de filiação que governam determina sociedade.

Dessa maneira, analisamos que a democracia é uma forma de resistência, um meio pelo qual é possível realizar uma crítica aos cidadãos que tinham o poder de determinar como a sociedade seria de forma política, econômica, social e cultural.

Segundo o autor, a democracia não é uma forma de governo voltado para a sociedade, logo, não a que se falar em estado democrático, pois toda forma de estado estará vinculada a um poder por filiação de nascimento ou riqueza.

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