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RESUMO: CULTURA, UMA CONCEPÇÃO ANTROPOLÓGICA - ROQUE LARAIA

Por:   •  7/6/2020  •  Resenha  •  1.329 Palavras (6 Páginas)  •  262 Visualizações

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Homem e Sociedade

Aluna: Gabriela Oliveira Villela de Lima – 10º “B”

Resumo sobre o livro: “Cultura: Um Conceito Antropolóogico” – Roque Laraia.

        Inicialmente o autor faz uma breve retrospectiva através dos conceitos de cultura pela história. Cita Heródoto, que renegou sua postura etnocêntrica, entretanto, tomava como referência a sociedade em que estava inserido e seus costumes.

        Ainda, citou Montaigne que sustentava um posicionamento bastante interessante, onde dizia que só se considera bárbaro aquilo que não se tem o hábito de praticar, portanto, o que para uns pode ser considerado errado para outros pode ser considerado normal.

Importante pontuar também um breve comentário sobre a cultura dos Tupinambás também feito por Montaigne: “Não me parece excessivo julgar bárbaros tais atos de crueldade, mas que o fato de condenar tais defeitos não nos leve à cegueira acerca dos nossos.”

No início da obra, no capítulo chamado “Da natureza da cultura ou da natureza à cultura” o autor parte da análise do determinismo biológico.

Aduz o autor que antigamente os cientistas acreditavam que a capacidade do ser humano era anteriormente definida pela herança genética, ou seja, por raças e grupos pré-definidos. Entretanto, atualmente essa idéia não mais persiste, tendo em vista que após a realização de estudos mais avançados e a observação das pessoas é possível verificar que essas heranças genéticas não são relevantes para a definição cultural.

A fim de corroborar tal alegação o autor cita um estudo realizado pela UNESCO, junto a cientistas, geneticistas e outros especialistas, que concluiu que o fator determinante para a evolução do ser humano é sua capacidade de aprender coisas novas e ainda sua “plasticidade”, ou seja, sua capacidade de se adequar às situações em que são expostos. Ainda, através desse estudo, concluiu-se que independente da raça ou grupo, as capacidades cognitivas do homem de aprendizagem são basicamente as mesmas.

Ainda, para Roque Laraia, são dois os principais pontos que diferenciam os seres humanos. O primeiro deles seria o Dimorfismo Sexual, que sustenta que a única diferença entre os seres humanos se daria por seu aparelho reprodutor. O segundo ponto seria a Endoculturação, que trata-se da diferença educacional transmitida a meninos e meninas, passando valores culturais diferentes para cada um partindo dessa perspectiva.

Após a análise do determinismo biológico, o autor passa ao determinismo de um ponto geográfico, onde considera que a determinação cultural advém das diferenças impostas ao ser humano no ambiente físico em que está inserido.

No decorrer deste tópico o autor exemplifica através das conclusões de vários outros autores da década do século XX como Boas e Wisslere Kroeber, que são contra as idéias defendidas por este tipo de determinismo, aduzindo através de suas obras que a influência geográfica nos seres humanos é limitada em relação aos fatores culturais, visto que é possível identificar em um mesmo local uma diversidade enorme de culturas.

Ato contínuo, o autor passa a analisar os antecedentes históricos do conceito de cultura, fazendo uma retrospectiva entre dois principais conceitos sobre cultura.

O primeiro foi trazido por Edward Tylor, que aduz que o termo em inglês “culture” traz um amplo sentido etnográfico, e compreendem todas as possibilidades de criação humana, através dos conhecimentos, crenças, arte, moral, leis e costumes que são passados aos seres humanos, ou ainda, a capacidade ou hábito adquirido por um indivíduo inserido em uma determinada sociedade.

O segundo, trazido por Kroeber em 1917, onde esse rescindiu qualquer ligação entre o cultural e o determinismo biológico, aduzindo que este primeiro sempre será superior ao segundo, sustentando sua idéia através do artigo “O Superorgânico”.

Após uma análise dos conceitos anteriores sobre cultura na história, o autor passa a análise do desenvolvimento deste com o passar dos anos.

A partir desta perspectiva, Roque Laraia cita as idéias de Tyler, novamente, agora em seu livro “Primitive Culture”, do ano de 1871, onde este sustenta que a cultura poder ser o objeto de um estudo sistemático, partindo da idéia de que a cultura trata-se de um fenômeno natural, que possui uma causa e também uma regularidade.

Após, o autor menciona ainda Franz Boas (1858-1949), o qual desenvolve o conceito de cultura a partir do Particularismo Histórico, onde utiliza o método comparativo puro e simples, onde sustenta que através da análise das invenções históricas podemos identificar a origem dos traços culturais e ainda o motivo pela qual tal traço teve origem em tal local, individualizando assim o respectivo conjunto sociocultural.

Ademais, o autor volta às idéias de Alfred Kroeber (1876-1960) expostas em seu artigo “O Superorgânico”, onde demonstra através da exposição de suas idéias que a cultura afastou o ser humano do mundo animal. Ainda, sustenta que a cultura, superior a qualquer herança genética, estabelece o comportamento do homem e justifica suas atitudes, visto que o homem porta-se em consonância com seus padrões culturais, que irão se delimitar através de sua adaptação aos diferentes ambientes em que se encontrar inserido.

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