TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Resenha Kelsen Cap. II

Por:   •  16/6/2019  •  Resenha  •  419 Palavras (2 Páginas)  •  233 Visualizações

Página 1 de 2

RESENHA CRÍTICA

FILOSOFIA DO DIREITO

Disciplina: Filosofia do Direito

Docente: Letícia Garcia Ribeiro

Discente: Ana Luiza Abreu Silva

Obra: Teoria Pura do Direito – Hans Kelsen – Capítulo II

No segundo capítulo de sua obra, Kelsen dispõe sobre o Direito e a Moral, no que tange às suas diferenciações, pontos convergentes e aspectos conflitantes. Inicialmente, o autor começa destacando que Direito e Moral não podem ser tomados como um sistema uno e idêntico, mas sim distintos, que objetivam aspectos diversos e que conversam em alguns aspectos, mas que circundam esferas díspares.

Tanto a Moral quanto o Direito estão inseridos em um contexto social. Ou seja, não existem sem que as pessoas dentro de uma cidade se comportem de determinada maneira para que o universo de cada um desses conceitos possa entrar a ação.

A Moral advém geralmente daquilo que é transportado no interior de cada ser humano, como ente social, que se relaciona com outros da mesma espécie. Ou seja, é aquilo proveniente da conduta intrínseca humana, daquilo que é formado pelo conjunto psicológico, físico e social de alguém.

O Direito, por sua vez, visa regulamentar as condutas externas, ou seja, os atos efetivamente praticados pelos seres que colocam no plano empírico seus desejos interiores. Kelsen afirma ainda que o Direito realiza sanções de ordem prática, trata-se de um instituto coercitivo real, enquanto a Moral, é sancionável apenas no plano abstrato, em uma conduta de aceitação dentro na sociedade na qual o ente está inserido.

O Direito e a Moral possuem seus pontos em comum, mas jamais se confundem um com o outro. Isso ocorre, pois, a Moral não é única e perpétua. Trata-se de algo que sofre constantes mutações que podem variar entre extremos sobre algum determinado assunto. A Moral abarca milhares de microssistemas, que variam de acordo com o contexto social, etário, financeiro, psíquico e social de determinado conjunto de pessoas. Nesse sentido, o que é considerado bom ou mau é algo extremamente indeterminado e flexível. O que era considerado bom e justo em determinado contexto, pode ser considerado mau e injusto em outro.

Nesse sentido, o Direito nem sempre irá tutelar o que é bom ou o que é moral. Ele simplesmente irá regulamentar, normatizar aquilo que é perpetrado pela sociedade que necessita de tal regulamentação. Normas injusta podem ter sido consideradas justas em outros tempos ou vice-versa. O Direito, portanto, pode dizer ou não dizer a Moral, refletir ou não refletir. São ramos distintos que dialogam e se complementam, em alguns momentos mais do que em outros. Porém, jamais se fundirão ad eternum.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (2.6 Kb)   pdf (28.4 Kb)   docx (7.8 Kb)  
Continuar por mais 1 página »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com