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Resenha do Livro Mentes Perigosas - O Psicopata Mora ao Lado

Por:   •  3/11/2018  •  Resenha  •  1.948 Palavras (8 Páginas)  •  728 Visualizações

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REFERÊNCIAS

  • Silva, Ana Beatriz Barbosa. Mentes Perigosas: O Psicopata mora ao lado. 2 Ed. São Paulo: Globo 2014.

INTRODUÇÃO

          No livro Mentes Perigosas, a autora Ana Beatriz Barbosa da Silva relata basicamente, tudo o que as pessoas necessitam saber, a respeito dos chamados psicopatas. Notório que de forma simples e abrangente, procura retratar características comportamentais, o que são capazes de fazer, como o fazem, que lugares frequentam e inclusive quais medidas podemos tomar contra eles. Tudo isso está dividido em 13 capítulos.

          Já na introdução, Ana Beatriz da inicio citando a fábula do escorpião e do sapo, onde começa a descrever quem são, os tipos e as ações psicopatas, de forma objetiva e acessível. A autora expõe também, alguns exemplos de casos reais, os quais ela trabalhou. Deveras, um livro o qual faz com que o leitor sinta desejo de folheá-lo constantemente.

DESENVOLVIMENTO

          No primeiro capítulo, a autora fala sobre consciência, afinal, esta é certamente a palavra chave obra de Ana Beatriz, pois partindo da consciência que podemos notar a principal diferença entre os “psicopatas” e as “pessoas”. É citada a diferença entre ESTAR consciente e SER consciente. Onde estar, é definido como “...fazer uso da razão ou da capacidade de raciocinar e de processar os fatos que vivenciamos. Estar consciente é ser capaz de pensar e ter ciência das nossas ações físicas e mentais.”

          Mas quando se trata do “ser consciente, refere-se à nossa maneira de existir no mundo. Está relacionado à forma como conduzimos nossas vidas e, especialmente, as ligações emocionais...”

         Segundo Ana Beatriz, ao seu entender, a consciência seria um senso de responsabilidade e generosidade baseado em vínculos emocionais, de extrema nobreza.

         Ao falar sobre os psicopatas e a consciência, descreve as principais características desses indivíduos, e cita exemplos de verídicos acontecimentos. Alguns até conhecidos nacionalmente. Aproveita também, para fazer alertar os

 leitores, para que fiquem atentos as manipulações e armadilhas desses “predadores” que “...vivem entre nós, parecem conosco, mas são desprovidos deste sentimento tão especial: a consciência.”

         A autora afirma ser “importante ressaltar que o termo psicopata, pode dar a falsa impressão de que se trata de indivíduos loucos ou doentes mentais. A palavra psicopata literalmente significa doença da mente. No entanto, em termos médico psiquiátricos, a psicopatia não se encaixa na visão tradicional das doenças mentais. Esses indivíduos não são considerados loucos, nem apresentam qualquer tipo de desorientação.”

        Adentrando o terceiro capítulo, a autora descreve pontos bastante importantes, que são as chamadas “presas fáceis”. Ela relata um fato, para explicar como pessoas sensíveis e generosas acabam se envolvendo, e consequentemente confiando na “lábia” desses indivíduos inescrupulosos. A “arma” mais comum utilizada por essas criaturas, é o “jogo da pena”, onde eles abusam da piedade das pessoas, para manipulá-las e “dar o bote”.

        O capitulo subsequente, é direcionado a área clínica da psicologia, onde explica alguns estudos realizados sobre psicopatas, dispõe de “teste” para identificar esses indivíduos, que geralmente são superficiais, egocêntricos, manipuladores, tem ausência de sentimento de culpa, ausência de empatia entre outros.

         Detalhamento sobre características de estilo de vida e comportamento transgressor dos psicopatas, é citado no capítulo cinco. Exposto então, sobre a impulsividade usada de forma objetiva para satisfação de desejos de psicopatas. Costumam responder de forma agressiva à frustrações e críticas, perdendo o controle com ataques de fúrias.

         A autora finaliza o capítulo apresentando que tais características citadas, não são exclusivas dos psicopatas, e por isso há uma certa definição para diagnosticá-los. Diagnósticos esses que só podem ser dado por um profissional.

          Psicopatas infiltrados nas empresas é o próximo assunto. Fala-se portanto, bastante e de forma detalhada sobre “empresas psicopáticas”, ambientes que contribuem para a infiltração e ação dessas criaturas, chamadas de psicopatas “de colarinho branco”. É mencionado também sobre pedofilia, pois há psicopatas que aproveitam de suas profissões, para facilitar suas ações contra menores.

          É no sétimo capitulo que se encontra os mais diversos exemplos de ações criminosas e fatais de psicopatas. São acontecimentos divulgados em mídias, e que chocaram o país, como por exemplo o caso de Silvia Calabrese Lima, de 42 anos que adotou uma menina informalmente, para cometer atrocidades; o caso de Suzane Von Richthofen, uma jovem de 19 anos que com a auxilio do namorado, matou os próprios pais; e a morte de Daniella Perez (atriz, filha de Gloria Perez), que teve a vida interrompida por Guilherme de Pádua Thomaz, sem motivo “admissível”.

         A intenção da autora neste capítulo é mostrar situações que lembram a ação de psicopatas, mas em momento algum é afirmado por ela que os criminosos, de fato, o são.

          Ana Beatriz fala no capítulo oito, dos “psicopatas perigosos demais”, que de fato, são de uma parcela menor em termos de proporção, que apresentam um elevado grau de insensibilidade e fazem coisas inimagináveis.

          A autora cita o caso do motoboy Francisco de Assis Pereira, também conhecido como “o maníaco do parque”, que estuprou, torturou e matou mais de 11 mulheres no Parque do Estado, região sul de São Paulo.

         Robert Hare, que realizava estudos com homens que agrediam sua esposas, classificando as chamadas violência doméstica. Bem como, estudos sobre taxa de reincidência criminal dos psicopatas, que revela ser duas vezes maior que a dos demais criminosos. Alem de quando se trata de crimes associados à violência, onde a reincidência cresce para três vezes mais.

        No nono capítulo de sua obra, Ana Beatriz diz a respeito de psicopatas quando crianças. Difícil associar tal anormalidade a seres tidos como inocentes e inofensivos, mas há muitas questões polêmicas que merecem ser questionadas. Especulações como a maioridade penal aqui no Brasil, por exemplo. A autora alerta também que, o uso do termo psicopata não é adequado aos menores de 18 anos, sendo assim, jovens que tem uma personalidade problemática devem receber o diagnóstico de Transtorno da Conduta.

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