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Resenha do Livro O 18 de Brumário de Luis Bonaparte

Por:   •  17/8/2020  •  Abstract  •  1.967 Palavras (8 Páginas)  •  151 Visualizações

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O 18 de Brumário de Luis Bonaparte- Resenha

Cap I

1848 – Primavera dos Povos, rei Luís Felipe desperta a população mais pobre contra a monarquia constitucional, com participação do proletariado e de socialistas.

24 de fevereiro de 1848: Queda da monarquia constitucional de Luís Felipe devido a insurreição popular.

No dia seguinte a queda de Luis Felipe, é instaurada a 2º República, onde foi instituído o voto universal e convocadas eleições para eleger os constituintes, que elaborariam uma nova constituição para a França.

Foi criado um governo provisório com membros da Assembleia Nacional Francesa e de pessoas que lideraram a multidão nas ruas.

24 de abril de 1848: É criada uma comissão executiva para governar provisoriamente a França e é declarado o fim do governo provisório.

4 de maio de 1848: Instauração da Assembleia Nacional Constituinte. Os trabalhadores foram a Paris em apoio aos socialistas. A ANC, porém, se via reacionária aos projetos dos socialistas.

15 de maio de 1848: proletários e republicanos fizeram uma manifestação nas ruas de Paris, que acabou em conflito com a polícia.

Junho de 1848: Proletários revoltados vão às ruas e são massacrados, na chamada Insurreição de junho.

O proletariado responde com a Insurreição de junho. A república burguesa triunfa. Ao seu lado alinhavam-se a aristocracia financeira, a burguesia industrial, a classe média, a pequena burguesia, o exército, o lúmpen proletariado organizado em Guarda Móvel, os intelectuais de prestígio, o clero e a população rural. Do lado do proletariado de Paris não havia senão ele próprio. Mais de três mil insurretos foram massacrados depois da vitória e quinze mil foram deportados sem julgamento. Com essa derrota o proletariado passa para o fundo da cena revolucionária.

Todas as classes e todos os partidos se uniram no Partido da Ordem contra a classe proletária, considerada o partido da anarquia, do socialismo, do comunismo.

Eles "salvaram" a sociedade dos "inimigos da sociedade", todos sob o lema "Propriedade, família, religião, ordem".

Toda e qualquer reivindicação da mais elementar reforma social, econômica, democrática é simultaneamente punida como "atentado contra a sociedade" e estigmatizada como "socialismo".

A derrota preparara e aplainara o terreno sobre a qual a república burguesa podia ser fundada e edificada, e demonstrava ao mesmo tempo, que na Europa as questões em foco não eram apenas de "república ou monarquia", mas revelava a luta pelo domínio de uma classe sobre outra.

Cap II

Tirando a ameaça proletária do poder, os burgueses republicanos se voltam agora para os pequenos burgueses, os mesmos que lutaram juntamente contra os proletários. Cavaignac, general do partido burguês republicano assume o lugar na Comissão Executiva, assumindo um poder ditatorial e instituindo estado de sítio no país.

Os burgueses assumiram o poder total até o dia 10 de dezembro de 1848, quando foi formulada a nova Constituição.

A constituição de 1848 garantiu o poder da burguesia, pois além de poder depor o presidente, o Primeiro-ministro detinha o poder da Guarda Nacional (força militar formada por cidadãos durante a Revolução de 1789).

10 de dezembro de 1848: É marcada as eleições para a presidência, onde Luis Bonaparte vence e Cavaignac deixa o poder.

Luis Bonaparte era visto pela alta burguesia como uma ponte para a volta da monarquia e pelo proletariado como uma punição a Cavaignac.

Com os proletários fora do poder, a disputa passa a ser interna, entre a própria burguesia. Depois de ter tirado o proletariado do poder, ter criado a constituição para a burguesia e calado a pequena burguesia, os burgueses republicanos experimentaram do seu próprio veneno, sendo postos de lado pela massa da burguesia.

A disputa a partir desse momento passa a ser entre burgueses republicanos, chamados de A Montanha e a burguesia monarquista, unidos pelo Partido da Ordem.

O partido da ordem se dividia em Legitimistas (grandes proprietários de terra) e Órleanistas (aristocratas financeiros e grandes industriais).

O Partido da Ordem se sentiu a vontade para eliminar os republicanos (A Montanha), passando a aprovar medidas antidemocráticas e que contrariavam o pressuposto dos “Direitos do Homem e do Cidadão”, tão caros aos republicanos.

Na mesma proporção em que haviam sido brutais no abuso da violência física contra o povo, esses republicanos foram covardes, subservientes, pusilânimes, abatidos, incapazes de lutar no seu recuo quando era hora de afirmar o seu republicanismo e a sua autoridade legislativa frente ao Poder Executivo e aos monarquistas.

Luis Bonaparte se alia ao Partido da Ordem contra os burgueses republicanos.

Cap III

O Partido da Ordem se apossou do poder do governo, das Forças Armadas e do corpo legislativo, em suma, de todo o poder do Estado, moralmente fortalecido pelas eleições gerais, que faziam com que o seu governo aparecesse como vontade do povo, e pela vitória  da contrarrevolução em todo o continente.

Fevereiro de 1849: A Montanha faz aliança com os trabalhadores, pequenos burgueses e líderes socialistas, surgindo assim a Socialdemocracia, a Nova Montanha, reconquistando seu prestígio.

Trava-se então da luta entre republicanos (a Nova Montanha) contra o Partido da Ordem, aliado a Bonaparte.

O Partido da Ordem queria acabar com a pequena burguesia, assim como quis acabar com o proletariado revolucionário. A força da Montanha estava na Assembleia Nacional.

Neste mesmo período acontece o bombardeio de Roma pelas tropas francesas, que viola a constituição do país.

11 de junho de 1849: Ledru-Rollin, líder dos republicanos, entra com uma ação de impeachment contra o presidente Luis Bonaparte, alegando desrespeito a Constituição, ao fazer guerra sem a autorização da Assembleia Nacional.

12 de junho de 1849: A própria Assembleia Nacional rejeita a ação de impeachment e os republicanos são expulsos do parlamento.

13 de junho de1849: Sem o apoio do Partido da Ordem, os republicanos saem às ruas protestar, acompanhados da Guarda Nacional, embora desarmados e de forma pacífica. Confrontados pelo exército, muitos são presos e exilados. A Guarda Nacional é parcialmente dissolvida e Paris entra novamente em estado de sítio. A Assembleia Constituinte é dissolvida.

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