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Sistema carcerário brasileiro

Por:   •  17/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  453 Palavras (2 Páginas)  •  195 Visualizações

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A realidade do sistema carcerário brasileiro, o maior problema é a superlotação. Por mais que os estados invistam na construção de mais unidades, elas nunca são suficientes para acompanhar o aumento do numero de pessoas reclusas. E isso se deve a crescente reincidência criminal. Sendo assim, se faz necessário elencar e analisar os fatores que influenciam e contribuem para que isso ocorra.

Diante disso baseado no estudo do texto “Crime-prisão-liberdade-crime” destaca-se os principais fatores:

1. A dificuldade de se inserirem no mercado de trabalho devido à folha de antecedentes; uma vez que a sociedade apresenta resistência para absorver aqueles que já praticaram algum delito. Então, sem chances para conseguirem emprego acabam encontrando no crime um meio de sobrevivência.

2. Desumanização provocada pela violência institucionalizada no sistema prisional: “a improdutividade do sistema penitenciário é produtiva! Produz sujeitos objetiva e subjetivamente sequelados e por isso de alguma forma produz a reincidência criminal e assim amplia os índices de violência urbana”. De maneira que a prisão transforma os reclusos em pessoas piores, pela falta de humanização, pela ociosidade de que dispõe, pela total desassistência do estado na saúde, educação, social, jurídica, psicológica, dentre outras. Desassistidos, ao saírem do sistema prisional estão mais embrutecidos e incapazes do convívio social.

3. A sucumbência às tentações do crime: “a sociedade descarta, e o crime abraça”. Os reclusos ao obterem a liberdade e sem condições dignas de sobrevivência, e para recuperar o tempo perdido — querer “levantar‑se”, e satisfazer as necessidades materiais e sociais próprias da sociedade capitalista, voltam a prática de delitos cada vez mais ousada. Acabam sendo pegos e retornam a prisão.

4. Em nome da “justiça”, a prática de “injustiças”: Como geralmente os julgados são recrutados da população mais empobrecida, não podem contar com a defesa de bons advogados, acabam por ser condenados, o que não acontece com os grandes distribuidores de drogas e armas, bem como com aqueles praticantes do chamado “crime do colarinho‑branco”. Segundo os reclusos, muitas vezes os policiais que fazem o fragrante os incriminam por vingança pessoal, e a “justiça” entre acreditar no policial que efetuou o fragrante e no “criminoso”, dá credibilidade ao agente do Estado.

5. O uso de drogas: Vê-se a droga como vilã, uma vez que a dependência da mesma, leva o individuo tanto a incidir quanto reincidir no crime.

Diante do exposto, e imprescindível ressaltar que para reduzir o crescente número de reincidência criminal no país, precisa-se humanizar o sistema carcerário, investir efetivamente na real melhoria da qualidade de vida da população. É necessário que se criem politicas públicas que atendam integralmente as famílias vulneráveis antes que se envolvam em atividades consideradas ilícitas. Oferecendo a elas alternativas econômica, educacional, cultural, entre outras. Possibilitando também aqueles que já foram privados da liberdade, deem fim ao círculo vicioso da “prisão-crime-liberdade-prisão”.

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