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Síntese do Capítulo 23

Por:   •  19/5/2015  •  Resenha  •  943 Palavras (4 Páginas)  •  379 Visualizações

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Livro: Condomínio do Diabo

SÍNTESE DO CAPÍTULO 23 – Mulher de bandido: crônica de uma cidade menos musical

        As relações com a criminalidade estão em alta também fora do Brasil. Na Inglaterra, por exemplo, há uma problemática quando o tema é prisão entre homens e mulheres. Numericamente, os homens são mais participativos dentro do cenário da criminalidade que as mulheres, mas isso não quer dizer que elas também não tenham uma significativa participação nesse quadro. Além de elas ajudarem em certas atividades que envolvem furtos ou roubos, elas são como um “objeto” de disputa entre os homens. Além disso, há certos usos da linguagem que podem ser consideradas como viris, mas ao mesmo tempo, sexuais por eles.

        Pode-se usar esse argumento para salientar que a maior parte das mulheres têm um papel secundário em atividades delinquentes: elas se especializam em roubar lojas e supermercados. É de lá que trazem roupas, alimentos e o que julgarem importante para dividir entre elas, ou até mesmo, dar aos seus homens. Os papéis são divididos entre as mulheres mais velhas e as mais jovens. As mais velhas são chamadas de “minas do pisa”, pois ficam “responsáveis” por carregar mercadorias variadas entre as suas pernas e andar pelo supermercado como se nada tivesse acontecido, sem gerar suspeitas. As mais jovens são chamadas de “bolseiras”, pelo fato de encherem as bolsas de mercadorias e saírem com elas na cara das caixas e dos seguranças, arriscando a sorte. Elas não são consideradas “bandidas”, porque não usam armas e nem entra na guerra do tráfico.

        Ao que se diz respeito à criminalidade e a divisão do trabalho no crime, existem mulheres que ficaram famosas no bairro por causa da participação em atividades criminosas: uma era dona de uma boca-de-fumo desde os anos 60, outra era uma ladra valentona que disputava seus homens e outra era mãe de um preso, que tomava conta da boca-de-fumo para o filho. Muitas mulheres eram confundidas com a massa de jovens que são julgados delinquentes, porque praticam pequenos furtos ou roubos em supermercados, lojas, passageiros, etc. O salário baixo também é uma causa (há índices de roubos, mesmo que haja trabalho). Além disso, pode-se colocar também o fato de não ter mais a intenção de trabalhar. Há exemplos de mulheres que não tinham negócios com homem permanente: furtava e roubava para manter sua independência econômica e sempre que o homem com quem estava precisasse.

        Até hoje há uma “tradição” que se relaciona com o fato de o “homem de frente” manter todos os seus comandados na linha, evitando concorrência e percebendo se os concorrentes estão crescendo exponencialmente. Observava se eles estavam vendendo mais ou melhor e tendo mais gente armado na quadrilha.

        Afirma-se que o envolvimento das mulheres começa pelo amor por um bandido ou pelo vício. Elas começam a furtar ou roubar para ajudar o namorado/marido ou para pagar a droga. Elas não só fazem isso, mas também, ajudam a esconder a droga e as armas em casa. Além disso, passam a roubar lojas para dar roupa bonita e dinheiro aos namorados. Tudo está ligado. A “ostentação” é de fundamental importância quando o assunto são os bailes. A roupa “de marca” é importante. Não só isso, mas tudo o que prove que há uma riqueza: cordão de ouro, carro, gastos em motel, etc. Tem que haver demonstração de dinheiro porque “mulher não gosta de sufoco”. Isso tudo faz com que ele seja respeitado e cumprimentado por todos com olhar de admiração ou inveja. Nesse tipo de convívio há a existência de uma disputa: mulher, armas, e mercadorias. Há uma finalidade em querer impressionar as mulheres com o poder. Os jovens bandidos afirmam que as “minas” gostam de homem que as protegem pelo fato de usarem armas. Chefe é o que ganha na violência. Para se fazer chefe, é preciso matá-lo, ou seu substituto quando ele está preso.

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