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A Antropologia

Por:   •  6/5/2016  •  Resenha  •  533 Palavras (3 Páginas)  •  609 Visualizações

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Universidade Federal de Sergipe – UFS

Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CCSA

Disciplina: Antropologia

Prof.: Corival Alves do Carmo

Discente: Marina Santos Maia

Roque Barros Laraia traz na primeira parte do seu livro um debate antropológico para elaboração de um conceito de cultura. O autor faz uma análise histórica a fim de ilustrar como a busca pela explicação do comportamento humano é antiga e nos remete a Antiguidade Clássica. O esforço é para clarear a noção de que os determinismos geográfico e biológico são ferramentas analíticas falhas quando utilizadas isoladamente parta compreender o homem. Superado isso, temos então que o comportamento humano é parte de um processo de aprendizagem. Laraia passa a primeira parte do seu livro em um debate antropológico a fim de definir cultura e sua origem

Em relação a origem da cultura, dois nomes são tratados em especial por Laraia: Levi Strauss e Leslie White. O primeiro, francês, sugere que a cultura nasce com a primeira regra que permite a convivência. De fato, sem regras a interação humana é limitada e pode gerar extinção da espécie. São precisamente as regras que permitem a interação criativa de um ser com o outro a fim de criar padrões de comportamento que protegem os indivíduos e legitimam-nos frente ao outro. O segundo, antropólogo estadunidense, Leslie White aponta para o surgimento da  cultura para o momento no qual o homem foi capaz de gerar símbolos. Para ele, o símbolo é o que nos liberta da condição animalesca inferior e nos torna homens de fato. Antes de rituais simbólicos de passagem, inserção e transferência, ainda não somos capazes de superar nossa condição anterior.

Dentro destes níveis de análise, é razoavelmente difícil não concordar com Laraia quando ele propõe que para definir cultura devemos nos debruçar a entender a natureza humana, essa fonte inesgotável de contradições e beleza. Também, o autor nos remete a frase de Murdock (1932): "Os antropólogos sabem de fato o que é cultura, mas divergem na maneira de exteriorizar este conhecimento”. Sendo assim, podemos pensar cultura como as formas criativas –inovadoras recentes ou tradicionais- e também geneticamente herdadas pelas quais um povo, uma região, uma nação encontra pra vir a ser reconhecido pelo outro, uma forma de se tornar legítimo enquanto grupo.

Tomada essas notas acerca da origem da cultura e seu conceito, faz-se mister pontuar as formas como a cultura age em nossas vidas cotidianas. Laraia nos lembra, que vemos o mundo através das lentes da cultura na qual fomos criados e/ou adotamos. Diante disso, podemos tanto assumir nossa cultura como única legítima e fonte de toda a verdade – e a partir disso nos fecharmos a interpretações de mundo diferentes e sermos fontes de conflito-, ou partir a relativizar tudo e perder padrões referenciais de comportamento e convivência – outra fonte de conflito. O autor elucida como a cultura é capaz de influenciar não só escolhas, mas também acerca da vida e da morte e, além disso, a capacidade de desenvolver doenças psicossomáticas.

Por fim, fica a compreensão que mais do que fechar um conceito rígido sobre algo tão dinâmico quanto a cultura, é entender a forma como ela opera a fim de que rompam-se as barreiras do preconceito e da violência para com o ser humano.

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