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A Crise Financeira de 2008

Por:   •  7/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.353 Palavras (14 Páginas)  •  540 Visualizações

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UNIVERSIDADE PEDAGOGIA – MAXIXE

Faculdade de Ciências Sociais e Filosóficas

Departamento de Historia

Ernesto Firmino Matsinhe1

Resumo

A crise financeira mundial eclodiu nos EUA, afectou toda a economia mundial pelo facto de esta ser o

centro financeiro e político. Esta tem como causa de origem o colapso da bolha do imobiliário nos EUA. A

esta seguem outras causas tais como: a titularização do Sub-prime que facilitou o contagio no sistema

financeiro; o clima de desconfiança mutua que congela o intercambio interbancário; a falência do banco

Lehman Brothers; o desequilíbrio macroeconómico e a desregulamentação do sistema financeiro norteamericano.

Esta crise assolou mais as economias mais desenvolvidas. No que diz respeito aos países

africanos, estes não foram tão assolados pela crise comparando com a situação das economias mais

desenvolvidas perante a crise. A crise económica propagou-se através de vários canais. A contracção da

oferta de crédito foi sem dúvida o principal canal de contágio: a crise do crédito afectou em especial as

PME, que dependem mais do financiamento através de empréstimos bancários do que as grandes

empresas. De um modo mais geral, o declínio da procura e a contracção do comércio internacional

contribuíram para o alastramento da crise: as exportações mundiais diminuíram 12% em 2009.

Consequentemente, os países mais orientados para as exportações sofreram as maiores reduções do PIB.

Foram tomadas várias medidas com vista a recuperar aos efeitos da crise tais como a criação do G20, o

semestre europeu, entre outras.

Palavras-chave: crise financeira, economia, sub-prime

1 Licenciando em Ensino de Historia com Habilitações em Geografia pela UP-Maxixe, 2015

Introdução

O crescimento da economia mundial, impulsionado por países emergentes, tem gerado mudanças

relevantes no mercado de imobiliários desde 2002. A principal mudança pode ser observada nos

preços destes bens, que mostraram elevação expressiva, reflectindo as condições apertadas entre

oferta e demanda, resultado não só do forte ritmo de crescimento da demanda como também a

existência de problemas climáticos que afectaram negativamente a oferta. A crise financeira

global de 2008 fez com que os preços interrompessem sua trajectória de alta, mas apenas para ser

retomada alguns meses depois.

O presente trabalho visa apresentar os principais encadeamentos da crise financeira. Partindo dos

mecanismos imediatos que a desencadearam, analisa em seguida a deterioração dos mecanismos

e das instituições de regulação, e o papel chave que os Estados Unidos desempenham. Na linha

da avaliação dos impactos, busca delinear quem deverá em última instância pagar pela

bancarrota, analisando também como a África se posicionou em relação a este opúsculo. Na parte

final, o trabalho debruçará sobre os impactos da crise para o caso específico de Moçambique.

Ao trabalhar com um tema como este, o grupo espera atingir como objectivos: Conhecer a

considerada segunda grande crise da história do capitalismo: a crise de 2008.

Metodologias

Para a concretização do presente trabalho, teve de se contar com o auxílio da pesquisa

bibliográfica que consistiu na recolha de informações baseadas em algumas obras de autores que

já abordaram temáticas relacionadas ao tema em estudo, sem se isolar de alguns artigos extraídos

na internet, em que de seguida fez-se a análise minuciosa das informações colhidas, e finalmente

a síntese que culminou com o enquadramento das ideias básicas para o trabalho.

1. A crise financeira de 2008

Tal qual aquela famigerada crise, a de 2008 também eclodiu no centro financeiro e político do

mundo, ou seja, os Estados Unidos da América. É uma profunda crise de confiança decorrente de

uma cadeia de empréstimos originalmente imobiliários baseado, em devedores insolventes que,

ao levar os agentes económicos a preferirem a liquidez e assim liquidar seus créditos, está

levando bancos e outras empresas financeiras à situação de quebra mesmo que elas próprias

estejam solvents (Pereira, 2009: 1).

Diferentemente da crise ocorrida no século XX, que se deu essencialmente ao excesso de

produção agrícola e industrial, que somando aos baixos salários, levou á queda vertiginosa no

consumo, e á especulação com acções na bolsa, a crise de 2008 ocorreu devido á desestruturação

do sistema imobiliário norte-americano, o que afectou toda economia (REBELO, s/d: 2).

1.1 Como é que isso aconteceu?

Para melhor perceber isto, tudo nos leva a analisar algumas praticas corriqueiros nos EUA

(estados Unidos da América).

Pode se notar uma pratica singular nos EUA: as famílias recorrem á hipoteca de seus imóveis, a

fim de obter financiamentos

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