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A Inglaterra e as contribuições da violência para a evolução

Por:   •  4/6/2018  •  Resenha  •  1.146 Palavras (5 Páginas)  •  189 Visualizações

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A Inglaterra e as contribuições da violência para a evolução

1.Forças aristocráticas na base da transição para o Capitalismo na região rural

 A Inglaterra, primeiro país a romper o feudalismo e iniciar o processo industrial, devido ao aspecto liberal na sociedade inglesa. Durante os séculos XIV e XV, a terra não era o principal meio de manter o elo de ligação entre o senhor e seus dependentes, ainda que outros aspectos do feudalismo mantivessem firmes e atuantes.  

Em outra análise, as guerras das rosas (1455-1485) provocaram uma catástrofe social para os proprietários de terras, porém permitiram a ascensão da dinastia Tudor ao trono inglês, o que possibilitou, segundo o autor, “um poderoso estímulo para o desenvolvimento de uma visão mais comercial e mesmo capitalista na sociedade rural.” Nesse ponto de vista, uma das consequências dessa política de desenvolvimento das atividades comerciais no campo, foi que a terra não era mais vista apenas como forma de obter insumos para alimentação, porém tornou um meio de exploração e arrecadar dinheiro.  

Durante o século XVI, os senhores em busca de lucros com a venda de lã e aluguéis da terra executaram estratégias legais e semilegais. Portanto, o cercamento do campo foi uma medida, ora de modo legal, ora de modo ilegal, a qual consistia a expulsão dos agricultores do campo. Infelizmente, o processo de transição das características feudais para o industrial provocou transformações positivas aos senhores feudais e negativas aos camponeses, tendo em vista que o pequeno proprietário de terra, pertencente da nova classe denominada de Yeomens, assemelhava-se como um homem de negócios, porém os camponeses continuaram a serem explorados pelos novos suseranos.

2.Aspectos agrários da guerra civil

Durante o período de expansão comercial agrícola, os yeomens foram as principais forças em contraste aos métodos de controle do rei e aos esforços reais para manter a ordem antiga, o que constituiu, portanto, uma das causas importantes para a guerra civil. Além disso, os aristocratas, a classe ligada à corte, não estavam propensos as mudanças. A gentry, como o principal corpo rural, pois os membros são os mais empreendedores.

 “Durante a tirania dos Onze Anos, quando Carlos I governava através de Strafford e Laud, sem Parlamento, a tentativa de seguir a via da benevolência pode ter sido mais vigorosa. Os tribunais reais, como a Star Chamber e o Tribunal das Petições, deram ao camponês toda a proteção que podia obter contra as expulsões ligadas aos enclosures. Ao mesmo tempo, a coroa não se esquivava a encher os seus próprios bolsos com multas, no sentido de fazer aplicar esta política.” Na Inglaterra, é possível afirmar que a ordem de decapitação do rei Carlos I procedeu do exército, o que constituiu um ato simbólico, pois nenhum rei inglês tentou restaurar o antigo regime novamente.  O medo das camadas inferiores uniu os modernizadores e tradicionalistas na mesma classe social. Logo, esses alinhamentos ficam evidentes ao analisar algumas questões abordadas pelo autor Barrington Júnior a seguir. “Carlos I fez todo o possível para agradar à gentry. Há provas de que o conseguiu numa escala muito vasta. Apesar da oposição dos Stuarts ao enclosure, o apoio de muitos nobres ricos à causa real não é de surpreender. Dificilmente se poderia esperar que homens ricos afastassem, de ânimo leve, duas das principais colunas, o rei e a igreja, que sustenta a ordem social.”

 Em suma, ao romper o poder do rei, a guerra civil aboliu a câmara Star, a qual protegia os camponeses contra o avanço dos enclosures e, conjuntamente, preparou a Inglaterra para ser governada pelos senhores rurais. Assim, é evidente que a ligação entre o senhor rural e a burguesia era forte, visto que não era possível distinguir uma classe da outra.  

3.Enclosures e a destruição da classe camponesa

A Inglaterra obteve uma transformação mais pacífica, mas nem toda medida violenta assume o caráter da revolução, pois o enclosure surgiu como uma estrutura legal, porém destruiu o campesinado antes da guerra civil, a qual ocasionou a decapitação do rei que era o protetor dos camponeses contra a tal medida.

A estrutura política da Inglaterra era composta pelo Parlamento, o qual os senhores rurais controlavam o sistema dos enclosures, em última análise, e o governo local, o qual os camponeses mantiam contato direto.

Apesar dos Camponeses perderem seus direitos às terras comuns e os grandes senhores ganharem, os enclosures foram importantes para o melhoramento das técnicas da agricultura, com o aumento do uso de adubos, novas culturas e formas de rotação.

Outra questão essencial abordada pelo autor Barrington Júnior, é a atuação do grande proprietário rural e o rendeiro. O proprietário de terra, geralmente, preparava os enclosures e alugava propriedade para os rendeiros, os quais empregavam trabalhadores assalariados.

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