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A Riqueza das Nações: investigações sobre a natureza e suas causas

Por:   •  26/10/2017  •  Resenha  •  1.578 Palavras (7 Páginas)  •  345 Visualizações

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UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina[pic 1]

Curso: Ciências Econômicas

Disciplina: Introdução a economia

Docente: Lauro Mattei

SMITH, Adam. A Riqueza das Nações: investigações sobre a natureza e suas causas. São

Paulo: Nova Cultural, volume I, 1996.

Resenha

A riqueza das nações é um livro escrito pelo escocês Adam Smith, que fora publicado no ano de 1776, e tornou-se sua obra máxima donde expressa suas teorias e normativas de uma visão analítica, tornando-se uma obra fundamental para os estudos que vieram a posteriori.

Smith trata nesta obra sobre os aspectos fundamentas para o enriquecimento das nações, tendo como partida a necessidade de se ter um excedente produtivo e uma boa proporção de indivíduos trabalhando.

Este resumo trata do plano da obra e dos capítulos de I ao III, onde Smith lança seus primeiros pontos chaves para o completo entendimento do livro e da economia. Neste, fala sobre a divisão do trabalho, suas origens e suas limitações; exemplificando as inter-relações dos indivíduos de seu tempo.

Dois foram os fatores que proporcionaram a esta obra ter adquirido tal magnificência, primeiro a qualidade indiscutível de seu autor, a segunda fora as condições propicias que Smith pode analisar a seu redor. A Europa no século XVIII, em pleno processo de mudança, deixando para trás todo um sistema para a iniciação de uma nova era, foi analisada de tal forma pelo autor que este discorreu em sua obra máxima tudo aquilo que vira e na sua concepção para onde o mundo caminhava.

A Obra

Smith traz aos leitores um aspecto que vai se mostrar fundamental para ele, a divisão do trabalho, esta forma de organização da produção serve como base para entender as relações de trabalho e a partir disso poder aperfeiçoar, se possível, a produtividade.

Smith cita a habilidade, destreza e o bom senso como chaves para o aprimoramento da produção. E para nos demonstrar, sugere pensarmos na produção de alfinetes. Se déssemos a um operário, este sabendo como se dá a produção, a função de produzir alfinetes, muito provavelmente, mesmo que colocasse todo seu empenho, não conseguiria em um dia produzir 20 desses, entretanto se ao invés de termos um único trabalhador executando todas as etapas da produção, colocássemos um funcionário para cada diferente função, desta forma conseguiríamos um aumento significante na produtividade.

Quando temos um indivíduo maximamente aplicado na produção de uma pequena etapa, este irá fazer tal função de forma mais rápida, além de não ter a necessidade de uma mudança prejudicial no tempo ao mudar de função, e da menor produtividade que se tem quando do início de cada nova atribuição, devido ao corpo e a mente ainda estarem concentrados na função anterior.

Desta forma, se tivermos em uma manufatura cerca de 10 funcionários, cada um com poucas funções, conseguir-se-ia produzir em um dia de serviço 48.000 alfinetes, dando uma média de 4.800 alfinetes por pessoa, o que é consideravelmente maior do que os 20 produzidos quando de um único indivíduo. Esse aumento exponencial se dá com a divisão do trabalho.

Smith ainda esclarece as disparidades que acontecem entre um local e outro, seja entre dois países diferentes, seja a comparação em um centro mais populoso e um pequena vila afastada num mesmo país. As diferenças observadas, na segunda metade do século XVIII, mostravam que se observados algumas manufaturas bem pequenas, era aceitável acreditar que esta já havia chego em seu grau máximo de divisão do trabalho. Isso pode ser ainda melhor analisado pegando uma sociedade em grau primitivo, onde o trabalho de um único indivíduo é feito por vários outros em uma sociedade mais evoluída, chegando a conclusão de que as divisões ocorrem em seu grau máximo nos países mais evoluídos.

Devido a seu grau de ainda maior importância na época que o livro fora escrito, a agricultura não tinha como não tomar papel de destaque nas observações e analises de Smith, que teve o cuidado de esclarecer que as divisões de trabalhos podem, e quase sempre ocorrem, de forma diferente entre o campo e a cidade. Ele ressalta que neste caso, as divisões de trabalho devem levar em conta as estações do ano, já que estas influenciam na produção dos produtos. Portanto, fala Smith: “...o arador, o gradador, o semeador e o que faz a colheita do trigo são muitas vezes a mesma pessoa. ”

Além disto, há uma marcada diferença entre os avanços produtivos do trabalho agrário em relação as manufaturas, no campo, as diferenças são aplainadas e a produtividade e qualidade de um país rico não necessariamente é maior do que de um país pobre, ou pelo menos esta diferença não se dá no grau de disparidade que ocorre quando comparadas as manufaturas. Com esta maior igualdade, não é de se espantar que três séculos atrás, a Inglaterra, que tinha terras muito bem cultivadas, produzisse trigo com praticamente a mesma qualidade que a França ou a Escócia – Smith comumente usa estes três países para fazer suas comparações.

Além da destreza e do poupar de tempo resultados da divisão do trabalho, Smith ainda elenca mais um ponto como fundamental para o aumento da produtividade, a criação de maquinas que facilitam e abreviam o trabalho. Como resultado da divisão do trabalho, cada indivíduo fica focado um uma pequena etapa da produção, com isso sua atenção máxima gira ao entorno deste afazer, possibilitando o surgimento de ideias que poupem seu labor, criando formas e ferramentas para que seu objetivo seja alcançado. E é muitas vezes assim, com o próprio individuo querendo reduzir seu dispêndio de força que muitas vezes são criadas as maquinas; mas é claro que não é esta a única forma de criação, muitas maquinas foram criadas por filósofos e pesquisadores que vieram a constituir um novo seguimento de trabalho, especializado em invenções e aprimoramentos.

Esclarecido os benefícios ocasionados quando da divisão do trabalho, Adam Smith propõem que os fatos e circunstancias que fazem da sociedade chegar a este ponto, não são frutos de um vislumbre humano que nos guiou a esta vantajosa forma de trabalho, mas sim é fruto de uma consequência necessária, natural ao homem.

O homem como ser dependente e incluso em uma sociedade civilizada carece da ajuda e cooperação dos demais indivíduos, tendo esta relação um caráter como cita o próprio autor de “consequência necessária das faculdades de raciocinar e falar. ”

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