TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Adam Smith e David Ricardo: Principais teses e organização jurídica da apropriação do excedente

Por:   •  15/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.342 Palavras (14 Páginas)  •  618 Visualizações

Página 1 de 14

ADAM SMITH E DAVID RICARDO

Principais teses e organização jurídica da apropriação do excedente

SÃO PAULO

2015

ARTHUR CAMARGO - CAROLINA TAKAYAMA

MARIANA NASTRI- RICARDO UEHARA

ADAM SMITH E DAVID RICARDO

Principais teses e organização jurídica da apropriação do excedente

A teoria do valor e a divisão do trabalho para Adam Smith e para David Ricardo

Rodrigo Salgado

SÃO PAULO

2015

Adam Smith (1723-1790) nasceu na Escócia, estudou nas universidades de Glasgow e Oxford. Foi um importante economista britânico, com amplo conhecimento em várias áreas, elaborou um detalhado e completo modelo da estrutura e do funcionamento do sistema capitalista.

A Revolução Industrial que teve início na Inglaterra no fim do século XVIII e começo do século XIX, se sobrepôs aos modelos feudalistas e mercantilistas e se estendeu por toda a Europa Ocidental.  A Inglaterra do século XVIII possuía uma economia cada vez mais capitalista, onde a maior quantidade de produtos industrializados significavam sempre lucros cessantes. A incansável procura por lucro somada a crescente procura externa, resultou na explosão de inovações tecnológicas, a mecanização da indústria, que transformaram radicalmente a Inglaterra, tornando-a um país com grandes centros urbanos industriais, onde o sistema fabril era dominante.

A teoria do valor

Adam Smith foi o primeiro economista a fazer uma distinção entre lucros que se destinavam ao capital industrial, alugueis e lucros do capital comercial. E comparou também a relação entre o significado das três principais categorias funcionais de renda – lucro, alugueis e salários - correspondiam a três classes sociais mais importantes do sistema capitalista de sua época, - os capitalistas, os proprietários de terras e os operários livres, respectivamente.

A teoria de valor- trabalho de Smith é que em qualquer sociedade, o ponto de partida da produção é uma série de esforços humanos, Smith diz que “O trabalho era o primeiro preço, o dinheiro da compra inicial que era pago por todas as coisas. Não foi com o ouro nem com a prata, mas com o trabalho que toda a riqueza do mundo foi comprada.”

Antes de mais nada, para que um produto tivesse valor, ele teria que provir de um trabalho humano. O valor de troca de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho contido nela, mais a alocação da mão de obra indireta e direta usado na produção.

A teoria dos preços, baseada no custo de produção, para Smith é um elemento de circularidade, ele explica que os preços dos produtos, quando os capitalistas adquirem o controle dos meios de produção e os proprietários de terras monopolizaram a terra e os recursos naturais, se baseiam no preço de três componentes básicos – salários, lucros e aluguéis, porém este não explica a procedência dos preços desses elementos, então se baseando em preços sobre preços.

Smith também estabelece uma distinção entre o preço de mercado e preço natural, preço de mercado é o preço da mercadoria em um mercado e tempo especifico, e é regulado pela quantidade de mercadoria que  os vendedores queriam vender e a quantidade que o mercado iria comprar, era determinado pela oferta e demanda. Já preço natural era o preço que obtivesse uma receita suficiente para que cobrisse as despesas, os lucros socialmente aceitáveis, dos proprietários de terras, do capitalista e do trabalhador, ou seja, alugueis, lucros e salários.

Porem há uma estreita ligação entre os preço de mercado e natural, se houvesse uma grande procura de determinado produto, mas sua oferta fosse baixa, e o preço de mercado estivesse mais alto que o preço natural, os lucros ultrapassariam os lucros socialmente aceitáveis, atrairia o interesses dos capitalistas que estão a procura de lucro, porém conforme esse produto fosse produzido, seu preço de marcado cairia, pois teria maior oferta, e quando esse preço de mercadoria chegasse ao preço natural e os lucros chegassem aos lucros socialmente aceitos, não haveria mais incentivo produção, assim diminuindo a oferta do produto.

A divisão do trabalho.

A divisão do trabalho resultou no aprimoramento das forças produtivas do trabalho, e a maior parte da habilidade, destreza e bom-senso com os quais o trabalho é executado.

Para entender a divisão do trabalho na economia geral da sociedade, fica mais fácil se considerarmos de que maneira essa divisão do trabalho opera em algumas manufaturas específicas. Manufaturas menores, destinadas a suprir pequenas necessidades de poucas pessoas, o número de trabalhadores é necessariamente menor, e os trabalhadores podem ser reunidos no mesmo local de trabalho e colocados sob a perspectiva do espectador, independente do setor que este atua. Ao contrário nas grandes manufaturas, destinadas a suprir grandes necessidades de todo o povo, cada setor emprega um número elevado de operários que acaba sendo impossível reuni-los todos no mesmo local de trabalho. Portanto, a divisão do trabalho nessas manufaturas maiores, acaba sendo não tão óbvia, de imediato.

Um exemplo, tirado de uma manufatura pequena, mas na qual a divisão do trabalho é notada: a fabricação de alfinetes. Na forma que essa atividade é hoje executada, além do trabalho todo constituir uma indústria específica, ele está dividido em uma série de setores, dos quais  constituem um ofício especial. Um operário desenrola o arame, um outro endireita, um terceiro corta... Para fazer a cabeça de alfinete, seria necessário mais 3 ou 4 operações diferentes. A própria embalagem dos alfinetes também constitui uma atividade independente. Ou seja, a atividade de fabricar um alfinete está dividida em várias operações distintas, as quais, em algumas manufaturas, são executadas por pessoas diferentes, ao passo que, em outras, o mesmo operário pode executar duas ou mais delas.

Com uma adequada divisão do trabalho e combinação de diferentes operações realizadas por trabalhadores, tem-se uma grande quantidade de produção, sendo o oposto de uma montagem onde cada trabalhador é independente um do outro, ou seja, acabaria com uma baixa produção.

Em qualquer outro ofício e manufatura, os efeitos da divisão do trabalho são semelhantes aos que se verificam nessas fábricas.

A divisão do trabalho gera um aumento proporcional das forças produtivas do trabalho. A diferenciação das ocupações e empregos se efetua em decorrência dessa vantagem. Essa diferenciação atinge o máximo nos países desenvolvidos. O que, em uma sociedade em estágio primitivo, é o trabalho de uma única pessoa, é o de várias em uma sociedade mais evoluída.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (21.5 Kb)   pdf (153.7 Kb)   docx (17.8 Kb)  
Continuar por mais 13 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com