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Estudo de Viabilidade Econômica

Por:   •  13/7/2018  •  Relatório de pesquisa  •  2.781 Palavras (12 Páginas)  •  233 Visualizações

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COOFECS

Cooperativa de confecções

Paola Guadarismo, Sergio Henrique| Cooperativismo | Junho, 2018


  1. INTRODUÇÃO

        O cooperativismo prega primícias que apontam ao caminho da solidariedade, da autogestão e sobre tudo, da oportunidade de melhorar as condições de vida através de um trabalho digno. Isto pode ser observado mediante as transformações geradas no âmbito social e econômico através dos empreendimentos solidários. Exemplo destas ações é a Cooperativa de Empreendimentos Solidários de Boa Vista (COOFECS), um grupo de mulheres trabalhadoras que decidiram unir seu esforço e conhecimento para dar inicio a primeira cooperativa de costura do Município de Boa vista.

             Foi através de um projeto de iniciativa do Governo do Estado de Roraima, que em 1995 criaram, na cidade de Boa Vista, o Centro de Produção Comunitário – CPC no bairro Santa Tereza, com o intuito de agrupar mulheres para desenvolverem atividades de costuras e artesanato, como forma de contribuir com a geração de emprego e renda. Em 2009 a Cooperativa de Confecções formalizou suas atividades com o apoio da Universidade Federal de Roraima.  

  1. IDENTIFICAÇÃO DA COOPERATIVA.

Na sede da COOFECS as atividades dos empreendimentos estão sob os cuidados de 07 (sete) Trabalhadoras da Cooperativa que dividem os trabalhos Administrativos, Operacionais e de Controle. A Gestão dos Empreendimentos está sob a responsabilidade de duas trabalhadoras: Maria dos Santos Sousa – Presidente e Francisca Lopes Silva – Tesoureira, que realizam todos os atos administrativos da Cooperativa.

  • Mulheres do CPC Santa Tereza

O grupo solidário, CPC Costureiras do bairro Santa Tereza iniciou suas atividades no ano de 1995, através de um projeto do governo do Estado de Roraima, visando formar grupos de produção comunitária (GRADE e PEREIRA, 2010, p.27).

Segundo Grade e Pereira (2010), o grupo contava inicialmente com a participação de dez mulheres que receberam um treinamento de corte e costura fornecida pelo Governo do Estado em parceria com o SENAI. Foi também ofertado um curso de administração para pequenas empresas para que essas mulheres pudessem administrar seus grupos de trabalho solidários. Para iniciar o grupo social, o governo do Estado de Roraima financiou treze máquinas de costura industrial, um ferro a vapor e uma máquina de corte, no ano de 1995. Hoje o grupo conta com a participação de sete mulheres. As que saíram o fizeram por problemas de saúde.

A produção do grupo CPC Santa Tereza, ainda consiste na confecção, tais como uniformes escolares, uniformes para times de futebol, uniformes profissionais e confecção de roupas diversas como blusas, calções, blazers, saias e vestidos. O grupo também realiza trabalho por encomenda, e ainda consertos de roupas.

Inicialmente este grupo começou a trabalhar na Associação de Moradores em um bairro próximo que disponibilizava o espaço físico, depois passou seis meses em um espaço alugado, até o período em que o governo do Estado de Roraima reformou o espaço cultural do bairro Santa Tereza, que os vem abrigando até o momento.

O espaço em que atuam possui dimensão física reduzida, impondo dificuldades no posicionamento das pessoas e das máquinas. A ventilação é feita por um ventilador de teto. As máquinas têm vários anos de uso, necessitam ser renovadas. Há cerca de 10 máquinas industriais ao todo. A mesa de corte é de lamina fina e com acabamento rudimentar, os tecidos ali trabalhados podem ficar enroscados em sua ponta. (GRADE e PEREIRA, p.28).

Segundo Grade e Pereira (2010), o Grupo possui junto à produção um ponto de comercialização dos produtos na própria comunidade. Trata-se de um balcão e uma estante colada junto à parede. Aprenderam também a fazer trabalhos e tela para compor desenhos em blusas como nomes de times de futebol, nomes de escolas, paisagens de Boa Vista, entre outros.

O grupo de mulheres do bairro Cauamé iniciou suas atividades em agosto de 2005 através da organização comunitária da Igreja Católica Nossa Senhora Auxiliadora, com o apoio da Pastoral Indigenista de Boa Vista - APIC, que forneceu cursos de capacitação em corte e costura. Era dezoito mulheres inicialmente, a principal motivação, encontrar uma forma de geração de trabalho e renda para si e suas famílias (GRADE e PEREIRA, 2010).

No entanto, ao transcorrer o tempo e dadas às características do trabalho, este não possibilitou o retorno financeiro da forma esperada e na rapidez desejada, e sendo essa uma das necessidades mais relevantes da maioria das participantes, grande parte do grupo foi se desestimulando e desistindo do trabalho.

O grupo Mulheres Aliança surgiu a partir de duas mulheres que perceberam que no bairro não havia nenhuma atividade que lhes possibilitasse trabalho e renda, resolveram mobilizar pessoas que tinham a mesma percepção e vontade de se organizar em grupo para esse fim. Conforme foram se organizando a preocupação do grupo avançou para os aspectos sociais de toda a comunidade e do próprio município uma vez que a pobreza e o desemprego são sentidos diariamente sobre as pessoas

O objetivo para além do trabalho e renda é poder intervir no bairro e no município contribuindo e possibilitando espaços para outras organizações e grupos coletivos, promovendo ampliação do conhecimento, o aumento da autoestima e da apreensão de cidadania, lutando pela comunidade, buscando a qualidade de vida para todos (PEREIRA e GRADE, 2010, p.34).

De acordo com PEREIRA e GRADE (2010) no segundo semestre do ano de 2001, vinte mulheres se reuniram e começaram um processo de conhecimento e de aproximação entre si, interagindo com ajuda de outros grupos voluntários realizaram um curso de crochê e ponto cruz. No ano de 2002, o grupo realizou outros tipos de cursos em parcerias com entidades sociais locais, como o CDDH da igreja católica e a SETRABES. As mulheres que participam desse processo se colocam como desempregadas e com dificuldade para conseguir um trabalho formal, para além do trabalho como empregadas domésticas.

Após varias reuniões e debates entre as participantes se decide que a atividade do grupo seria na área de costura, especificamente na confecção de roupas infantis. Essa decisão esteve norteada pelas especificidades do grupo, principalmente nas habilidades de algumas mulheres em operar máquina de costura e outras no domínio do processo de corte. Para começar com a produção, o grupo organizou bingos no bairro como uma forma de financiar a primeira produção, conseguindo disponibilizar um mínimo de capital inicial para começo do processo de produção.

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