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Fichamento formação do estado, propriedade privada e do estado: Estágios pré históricos de cultura

Por:   •  2/3/2016  •  Resenha  •  3.102 Palavras (13 Páginas)  •  551 Visualizações

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Formacao do estado, da propriedade privada e do estado

I – Estágios pré históricos de cultura

Inicialmente o autor começa citando as três épocas do homem: Estado Selvagem, barbárie e civilização. Ainda como forma de etapas, subdivide cada um desses em períodos inferior, médio e superior. Definem-se essas três épocas da seguinte forma:

  1. Estado selvagem

Estagio em que o homem inicialmente vive nas florestas e bosques, se alimentando de frutos e raízes. Posteriormente no estágio médio passa a utilizar o fogo e a pesca (um acompanha o outro). Ao final desse estado, começam a ser criadas as armas, e conciliando o fogo com as novas armas, passam a ser construídas as moradias.

  1. Barbárie

Segundo a obra, sua característica principal é a domesticação dos animais e o início do uso da agricultura. Além disso, é o período em que o homem passa a trabalhar com a cerâmica. No período médio, já utilizando dessa agricultura e dos animais, o homem passa a extrair a carne para sua alimentação, situação que vem junto com o desenvolvimento cerebral. Traço marcante da Barbárie, também é a fundição do minério de ferro e o início da alfabetização (criação da escrita), ligada diretamente à literatura.

A civilização podemos afirmar como um período atual, período onde cada vez mais desenvolve-se a indústria, junto à arte.

       II- A família

No inicio desse capitulo, Engels busca em Morgan, um melhor conhecimento sobre a origem familiar, analisa a base de uma família “iroquesa”, onde segundo ele “entrava em contradição com seus reais vínculos de família”(pagina 28). Segundo essa análise de Engels, as famílias tinham traços diferentes das atuais, onde homens e mulheres praticam relações sexuais com diversas outras pessoas (poligamia e poliandria). Sendo assim, filhos gerados por relações como esta, os filhos tem de ser comuns, ou seja, terão mais de um pai. Fator esse, que tem traços de causa para a monogamia, traços talvez gerados pelo ideal de incesto e ciúme.

Posterior a esse pensamento, foram formados alguns tipos de famílias, como a consanguínea, Punaluana(não havia mais relação entre os irmãos), Sindiasmática  que perdurou até a queda do império romano,(um aumento na relação  casamento do homem com a mulher) com um ar mais parecido com o atual, onde com a separação os filhos ficam com a mãe, e propriedades e tudo que lhe era ligado ficava pertencendo ao homem. Posteriormente vem a família monogâmica, originada a partir da Sindiasmática, onde a procriação do homem o torna herdeiro deste. Homem pode ter mais de uma mulher, e o casamento era cada vez mais baseado no interesse da proteção da herança e expansão da propriedade privada (fato que vemos até o período atual). Engels ainda coloca a Monogamia como a primeira divisão do trabalho, e define a questão do amor sexual como resultado de uma interação entre povos. Engels levanta também um conceito, podemos dizer, que prevalece até hoje, o do “amante”, que dormia com a mulher casada, e tinha forma de adultério, colocando um guarda para o avisar ao chegar madrugada, na hora de fugir sem ninguém avistá-lo.

Relembrando de fatores de produção, a mulher tinha posição providencial no antigo lar comunista, porém com essa monogamia como nova forma de relação, ela perde esta posição, passando a tomar conta do lar e dos filhos, filhos estes que receberiam a herança antes concentrada nas mãos do pai.

A posteriori, com o início da indústria, as relações entre homens e mulheres passam a ter caráter diferente, não APENAS pelos interesses econômicos, mas sim pela atração entre estes homens e mulheres.

III- A gens Iroquesa

O capitulo inicia-se com outra descoberta de Morgan, que nada mais são do que a identificação de características de reflexão sobre Grécia e Roma antigas. Segundo pensamento de Morgan, oito gens formam uma tribo, cada uma com o nome de um animal, cada uma com um líder pacifico denominado Sachem, e outro de guerra, o Caudilho, sendo esses cargos não hereditários. Os membros desses gens, tem o direito de voto e podem se casar tanto do mesmo gen, quanto com outros dos outros gens. A herança é direcionada aos parentes gentílicos, e não são os filhos herdeiros. Todos protegem os membros dos mesmo gens, podendo acontecer de alguma violência acontecer com membros de um gen contra outro de outro gen, estes podendo se vingar (raramente acontecia), podendo ser resolvido também com a entrega de algo valioso, podendo não haver aceite, e por finalidade a vingança. Pode também criar laços entre gens, para de tal forma, ocorrer ajuda mútua para sobrevivência tanto de um  lado quanto de outro. Agem realmente como uma família, podendo adotar pessoas, por meio de rituais e nesses próprios gens existem o seu cemitério e há também seus próprios meios políticos democráticos de se organizar. Sendo todos tratados de forma igual  e livres.

Engels busca de tal forma definir essas tribos, enumerando suas características:

  1. Um território próprio e um nome particular
  2. Um dialeto próprio só desta tribo
  3. O direito de dar posse solene aos sachens e chefes militares eleitos pelas gens
  4. O direito de depô-los, ainda que contra a vontade das suas respectivas gens
  5. Ideias religiosas e ritos comuns
  6. Um conselho tribal para assuntos comuns
  7. Em algumas tribos, um chefe supremo, cujas atribuições  são sempre muitos restritas

Vale ressaltar que a tribo mais desenvolvida e com esses fatores seguidos à risca, são os já citados Iroqueses. Engels cita as principais características dos iroqueses:

  1. Alianças perpetua das tribos consanguíneas
  2. Orgão de conselho federal formado por 50 sachens, todos com igual importância
  3. Poder da confederação não era concentrada em apenas um líder no poder executivo
  4. Decisões unanimes        
  5. As assembleias eram realizadas com o povo iroquês reunido, cada um podia tomar a palavra, porém quem dava o resultado final era o conselho

, entre outros.

Essas algumas características são sob as quais viveram e vivem até hoje essa tribo indígena, sendo definida por Engels como “uma sociedade que não conhecia ainda o estado” (pagina 105). Podemos assim analisar como uma tribo passa a se difundir pouco a pouco por um grande continente, onde lentamente passam a transformar-se, na sua língua por exemplo. De acordo com Engels, pode-se afirmar a gens, já como, uma “unidade social”, onde a ordem Gens – Fratrias – Tribo, mesmo com características distintas, podem completar-se entre si, trazendo à tona uma maneira de buscar o entendimento que faltava entre gregos e romanos.

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