Milagre Economico Brasileiro (1968-73)

O milagre econômico (1968/73) 

Aluno: Rubem Rodriguez 

O milagre econômico Brasileiro ocorrido no período de 1968/73 foi advento de um contexto da economia que tinha acabado de passar pelas reformas estruturais e econômicas do PAEG, tinha um cenário de estagflação, e de uma intensa busca ainda de controle da inflação. 

O crescimento econômico no período 62-67 havia sido fraco, isso ajudou o país a não enfrentar o dilema do Trade-OFF entre inflação e desemprego conforme ocorre na curva de Phillips, além disso havia também o controle do Governo sobre preços, a política salarial foi herdada também do PAEG, a mesma que reajustava salários de acordo com as expectativas de inflação que muitas vezes acabava fechando acima das expectativas, com isso acabava gerando arrocho salarial. 

O governo também adotou políticas agrícolas e de subsídios para importação de tratores e fertilizantes, como resultado as maquinas custaram mais baratas e isso também impactou positivamente na economia da época, que ajudou também a não forçar os preços para cima e com isso não gerou inflação.  

O Brasil daquela época também consegue superar os Problemas de Balanço de pagamentos, no contexto do Milagre Econômico o contexto externo ajudou bastante o Brasil pois houve uma melhoria nos termos de troca no mundo proporcionado por uma economia global em alta e uma alta nas commodities que o Brasil exportava, a razão para a melhora do balanço de pagamentos foi também um contexto de alta liquidez internacional, uma facilidade grande para poupança. 

O modelo do crescimento do milagre foi um modelo voltado para a classe média, que ainda excluía uma significativa parcela da população, que representava cerca de 50% da população que tinham uma renda per capita de entre US$ 130-350, e outros 40% que tinham uma renda entre US$ 350-850, o que a ditadura fez foi incluir uma parte dos integrantes do segundo grupo, somados aos outros 10% da população que detiam 41% da renda nacional. 

Durante esse período do milagre o crescimento foi puxado pelo crescimento do consumo de bens intermediários principalmente pela classe média, que aumentava a demanda da indústria por funcionários qualificados que em sua maioria também eram da classe média, que aumentava a demanda por bens industrializados e que reforçava os o modelo de concentração de renda pessoal e também regional. 

O governo militar foi um governo que privilegiou a classe média pois boa parte dos que faziam parte do governo também pertenciam a ela, além disso o modelo de incentivos a compra da casa pelo BNH que foram criados no PAEG continuava existindo para que as pessoas não gastassem muito de sua renda em imóveis e sim em bens duráveis. 

A herança do período foi sem dúvidas um crescimento robusto, o maior da história, cerca de 11% ao ano, uma inflação baixa, equilíbrio no balanço de pagamentos, apesar disso houve um grande aumento da concentração de renda tanto no sentido pessoal como no regional pois a região sudeste continuava sendo absoluta na concentração de renda em relação ao resto do país. 

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