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O Polo Industrial de Manaus

Por:   •  30/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.071 Palavras (5 Páginas)  •  724 Visualizações

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O Polo Industrial de Manaus

600 indústrias, mais de 120 mil empregos diretos e quase 1 milhão de empregos indiretos. CDs, celulares, TVs, motocicletas, computadores, a maioria das maravilhas tecnológicas que o Brasil consume sai de uma das fábricas do Polo Industrial de Manaus, que concebido para ser apenas uma saída para a economia Amazônia, vem ajudando na preservação da floresta “na medida do economicamente possível”.

Apesar de ter contribuído para que o estado do Amazonas possua hoje uma taxa de desflorestamento relativamente baixa, o PIM também deixou todo o estado dependente de Manaus ao concentrar a renda na capital, que se tornou para muitos a única opção de empregos e desenvolvimento pessoal. Mas acontece que a Zona Franca não tinha capacidade para “sustentar” tantas pessoas, o que gerou consequentemente, recursos mal distribuídos e o inchaço da capital, com todos os problemas que o crescimento não planejado e acelerado pode trazer.

Com a instalação da Zona Franca de Manaus, houve um grande processo de enxugamento de mão de obra, até como consequência de processos de inovações tecnológicas, inovações organizacionais, nível de automação extremamente elevado, que deslocou essa mão de obra e a tornou inútil para a fábrica. O resultado é que esse trabalhador, nos dias de hoje ou ele se encontra em uma situação de desemprego ou ele encontra-se no mercado informal. Daí surge o grande número de “camelôs” em regiões como o Centro da cidade de Manaus. Ali, é encontrada uma população oriunda tanto do distrito Industrial, que faz da rua o seu próprio local de trabalho, como aqueles migrantes, oriundos de outros estados, ou mesmo de municípios próximos a Manaus, que vem em busca justamente daquilo que a Zona Franca sempre prometeu: Muitos Empregos. A rua passa também a ser lugar de abrigo para esses migrantes e dessa situação, é possível concluir que mesmo esse grande número de empregos que a Zona Franca prometeu e ainda promete, deve ser relativizado em face da qualidade do emprego.

De qualquer ângulo que você observe os indicadores sociais de Manaus, você verá fragilidades. Os dados de 2010 mostram que o PIM faturou cerca de 36 bilhões de dólares, uma quantidade absurda de recursos que deveriam estar na cidade. E o que vemos em Manaus é uma falta de planejamento urbano, um processo de expansão desordenada, um processo de ocupação pela população carente de moradias, ruas e estradas sem o cuidado de manutenção necessária, enfim, uma série de calamidades que não são compatíveis com os 36 bilhões de dólares. Então, para onde vai esse dinheiro? Simples. O dinheiro, ou pelo menos boa parte dele, vai na direção oposta do Brasil: De volta às matrizes das indústrias aqui instaladas. Esse é o retorno do investimento bastante alto de implantar um polo industrial de ponta no meio da Amazônia, com todos os problemas de logística que o modelo acarreta.

Para inverter essa situação e garantir que mais recursos sejam gerados e permaneçam na região, gestores e pesquisadores amazonenses buscam redefinir hoje como será o Polo Industrial de amanhã. A conclusão é simples: Não basta apenas investir, é preciso criar, desenvolver, inovar e transformar todo esse conhecimento em produtos cobiçados pelo mercado.

Na era da informação, conhecimento é, sem dúvidas, a mercadoria mais valiosa. E o Brasil tem dado passos ainda tímidos no que diz respeito à geração de conhecimento. Segundo muitos economistas, deve-se continuar a investir em pesquisas, em desenvolvimento, em inovação, para que possamos aproveitar os recursos naturais que temos no estado do Amazonas de forma sustentável.

Basicamente 100% das empresas do Distrito Industrial de Manaus, investem em pesquisa e desenvolvimento, mas não na cidade de Manaus.  Então seria de extrema importância que essas empresas também investissem fortemente no Amazonas em pesquisa e desenvolvimento, porque isso exigiria a formação de capital intelectual e a partir daí entraríamos em um efeito dominó muito positivo para o estado e também para o país.

O primeiro passo já foi dado com a criação do CT-PIM (Centro de Ciência e Inovação do Polo Industrial de Manaus), que tem como principais objetivos o domínio de tecnologias avançadas; a disponibilização de infraestrutura que permita o melhor aproveitamento das potencialidades regionais e a geração de práticas e conhecimentos com foco na inovação.

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