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RESENHA CRÍTICA DO LIVRO PONTO DE MUTAÇÃO (CAPRA, FRITJOF)

Por:   •  18/3/2017  •  Resenha  •  1.143 Palavras (5 Páginas)  •  2.082 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE ECONOMIA

GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS

 

 

 

 

 

 

VINICIUS OLIVEIRA LEITE

 

 

 

 

 

 

 

RESENHA CRÍTICA DO LIVRO PONTO DE MUTAÇÃO  (CAPRA, FRITJOF)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

UBERLANDIA  

2016

         

O livro Ponto de Mutação, escrito na década de 1980, tem como autor Fritjof Capra, que físico e teórico, desenvolvendo trabalhos na área de educação Ecológica. O objetivo principal do livro é esclarecer a dinâmica da crise atual e apontar para direções que mudem esta situação. Este inicia seu primeiro capítulo, “A inversão da situação” apresentando uma crítica a monodisciplinalidade com que se analisa a crise que vivemos hoje na sociedade. É estabelecida uma correlação entre diversos fatores que são gerados por ela, ou seja, as múltiplas facetas com que ela se apresenta, desde a saúde, a criminalidade, as relações sociais etc, colocando esta crise não apenas como uma crise social ou uma crise econômica, mas como uma crise intelectual, moral e espiritual.  

Um dos exemplos em como essa crise se apresenta esta nos grossos investimentos que são feitos no bruto armamento nuclear, sendo que mais de 425 bilhões de dólares são investidos nessa loucura armamentista, no qual o estoque criado é capaz de destruir a terra diversas vezes. E ao mesmo tempo no qual estes abruptos investimentos são feitos em armamentos morrem anualmente de fome mais de 15 milhões de pessoas, sem contar que 40% da população mundial não tem acesso à saúde.  

A ameaça de guerra nuclear passou a ser um dos maiores perigos com que a humanidade já se defrontou. Ao mesmo tempo em que o mundo militar se encarrega de aumentar o estoque deste perigo pró-iminente, o mundo industrial se encarrega de utilizar da dada energia limpa, confiável e barata do futuro: “A energia nuclear”. Cabe se questionar aqui se a energia nuclear é realmente limpa, ou se é confiável, ou mesmo barata?  

Em um dos trechos do livro o autor deixa clara a correlação entre diversos avanços tecnológicos, se é que podemos caracterizar como avanços, terem relação com a degradação ambiental que vivemos hoje: “A superpopulação e a tecnologia industrial tem contribuído de várias maneiras para uma grave deterioração do meio ambiente natural do qual dependemos completamente.” 

Logo depois desta crítica ele constrói outra faceta na qual esta sustentado o pensamento dele: A crise ideológica. Diversos estudiosos dados como especialistas em suas áreas atualmente estão sendo taxados como incapazes de esclarecer problemas fundamentais como, por exemplo, a inflação para os economistas ou o dilema místico da esquizofrenia aos psiquiatras.   Além disso, diversas anomalias como a Inflação galopante, desemprego maciço e distribuição de renda exorbitantemente desigual passaram a serem problemas estruturais da sociedade atual. Estes problemas estão intimamente conexos e são interdependentes. Ou seja:

“... Não podem ser entendidos no âmbito da metodologia fragmentada que é característica de nossas disciplinas acadêmicas e de nossos organismos governamentais.”

O autor estabelece de forma efetiva que uma resolução só poderá ser implementada se a estrutura da própria teia de relações for transformada de forma profunda, o que inclui mudanças em nossas instituições sociais, valores e ideias. Desta forma para entender nossa crise atual é necessário entender a profunda conexão entre “crise” e “mudança”.

Ao construir a crítica este estabelece sempre uma correlação de forças, estabelecendo o equilíbrio entre as forças que regem nossa sociedade como o bem que devemos buscar. Desta forma este aponta que um dos principais problemas da analise atual é esta ser linear enquanto nossos sistemas são dinâmicos muitas vezes baseados em ciclos e flutuações, que são processos não-lineares.

O autor constrói de forma sólida a ideia de que nosso progresso, se é que pode  chamar-se assim, foi unilateral, ou seja uma evolução predominantemente racional e intelectual, enquanto, não houve o mesmo progresso na conduta de questões sociais e na espiritualidade e padrões morais, como os de Lao-tsé e Buda.

A tecnologia advinda da evolução do pensamento racional e intelectual está sujeita, a maior parte do tempo, a ilusão de um crescimento ilimitado, advindo muitas vezes do pensamento mecanicista.  

A promoção do comportamento competitivo em detrimento da cooperação é uma das principais manifestações da tendência auto afirmativa em nossa sociedade. Desta forma o autor pondera que para transcender os modelos clássicos, os cientistas terão de ir muito além da abordagem mecanicista e reducionista, tal como se fez na física, e adotar enfoques holísticos e ecológicos.

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