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Resenha: O Capital - Capítulo

Por:   •  19/5/2019  •  Resenha  •  1.742 Palavras (7 Páginas)  •  258 Visualizações

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Vinícius Yudi Ozaki - 170700042

Economia Política - Noturno

Resenha: O Capital - Capítulo 3

3.1 Medida dos valores

Marx inicia o capítulo dando nota que durante toda a leitura estará utilizando o ouro como a mercadoria-dinheiro, e que a primeira função do ouro foi de medida universal dos valores, ou seja, representa os valores das mercadorias como grandezas de mesmo denominador quantificável. Sendo por esta função que o ouro torna-se, inicialmente, dinheiro.

As mercadorias, por serem produto de tempo e trabalho humano e comensuráveis entre si, elas podem medir conjuntamente seus valores e convertê-la em em uma medida conjunta de valor, isto é, em dinheiro. Este, sendo uma medida de valor, é a forma necessária de manifestação da medida de valor das mercadorias: o tempo de trabalho.

Marx afirma que o preço, ou a forma-dinheiro das mercadorias é, como sua forma de valor em geral, distinto de sua forma concreta, portanto, é uma forma apenas ideal ou representada. Exemplo o valor do ferro, que apesar de invisível, existe em si próprio, representado por sua igualdade com o ouro. Em sua função de medida de valor, o ouro serve, portanto, apenas como dinheiro representado ou ideal.

Em suma, o autor designa 2 papéis distintos para o ouro: ele é medida de valor por ser a representação do trabalho social humano e padrão dos preços por ser um peso metálico estipulado socialmente. Como medida de valor, o ouro, transforma as diversas mercadorias em preços, em quantidades representadas de ouro. Já como padrão de preços ele mede essas quantidades de ouro. Independente do peso da moeda de ouro, ele mantém o seu papel.

Um ponto importante de ressaltar é que o ouro também é um produto do trabalho, portanto, um valor que pode sofrer alterações. Porém essa mudança no valor não afeta de modo algum sua função como valor de preços, pois ela atinge todas as mercadorias ao mesmo tempo e mantém inalterados seus valores relativos recíprocos, mesmo que estes agora se expressam em preços de ouro maiores ou menores do que antes.

Além da possibilidade de grandeza de valor e sua própria expressão monetária, a forma-preço pode ter uma contradição qualitativa, de modo que o preço deixe de ser uma expressão de valor. Assim, coisas que em si não são mercadorias podem ser compradas de seus possuidores com dinheiro e, consequentemente, assumir forma-mercadoria. Como designar preço a um solo não cultivado que nele não foi empregado trabalho humano.

3.2 O meio de circulação

a) A metamorfose das mercadorias

Nesta parte o autor destaca o processo de trocas entre mercadorias e suas relações sobre seu valor de uso. Ele introduz o conceito de metabolismo social, que significa a transformação de uma mercadoria sem valor de uso, na ótica de quem vende, para uma mercadoria, porém agora, com valor de uso, na ótica do comprador.

Marx retira o ouro de sua forma de mercadoria-dinheiro para se tratar, inteiramente, nas relações de troca entre mercadorias. O processo de de troca de mercadorias gera uma duplicação destas, como valor de uso e valor de troca. Nesta antítese, as mercadorias, como valor de uso, confrontam-se com o dinheiro, como valor de troca.

A metamorfose das mercadoria ocorre no momento da troca de mercadoria por dinheiro e de dinheiro por mercadoria. A unidade dos dois atos, vender para comprar e comprar para vender. O processo de troca das mercadorias no entanto ocorre da seguinte maneira: M-D-M.

Nessa relação extingue-se o processo M-M. O primeiro salto da mercadoria (M-D) é a transformação, troca de mercadoria por dinheiro (ouro). D-M é o ato de através do dinheiro adquirido, a compra, troca por outra mercadoria.

A divisão social do trabalho torna seu trabalho tão unilateral quanto multilaterais suas necessidades. Por isso, seu produto serve apenas de valor de troca, mas ele só obtém o dinheiro através do consumo por outras pessoas de seu produto. Para adquirir o dinheiro, a mercadoria precisa ter valor de uso para aquele que está disposto a comprá-la.

Esse sistema de trocas no entanto cria uma interdependência dos indivíduos para produzirem os produtos e outros para consumirem. É importante ressaltar que todo processo (M-D) também é de (D-M), trata-se de um processo bilateral: do polo do possuidor da mercadoria é venda; do polo do consumidor, possuidor do dinheiro é a compra. No entanto não é automático o processo de que uma pessoa ao vender uma mercadoria rapidamente com o ouro, dinheiro adquirido, faça a compra de outro produto.

Como mediador da circulação de mercadorias o dinheiro exerce a função de meio de circulação.

b) O curso do dinheiro

Nesta parte, Marx retrata sobre a forma de movimento imediatamente conferida ao dinheiro pela circulação de mercadorias, isto é, a de seu distanciamento constante do ponto de partida, sua passagem das mãos de um possuidor de mercadorias às de outro, ou seu curso. O curso do dinheiro mostra uma repetição constante do mesmo processo.

O dinheiro afasta as mercadorias constantemente da esfera de circulação, ao colocar-se continuamente em seus lugares na circulação e, com isso, distanciando-se de seu próprio ponto de partida. O dinheiro como meio circulante, mora constantemente na esfera da circulação e movimenta-se continuamente nela. Surge portanto a pergunta, quanto dinheiro essa esfera continuamente absorve.

A quantidade global do dinheiro funcionando como meio circulante, em cada período, é determinada, por um lado, pela soma de preços do mundo das mercadorias circulantes, por outro, pelo fluxo mais lento ou mais rápido de seus processos antitéticos de circulação. A soma de preços das mercadorias depende, porém, tanto do volume como dos preços de cada espécie de mercadoria.

c) A moeda. O signo do valor

Da função do dinheiro como meio circulante surge sua figura de moeda, assim como a fixação do padrão dos preços, a cunhagem é função propriamente do Estado. Nos diversos uniformes nacionais vestidos pelo ouro e a prata enquanto moedas, aparece o divórcio entre as esferas internas ou nacionais de circulação das mercadorias e a sua esfera geral, o mercado mundial.
Se o próprio curso do dinheiro dissocia a existência metálica da existência funcional da moeda, ele já contém a possibilidade de substituir o dinheiro metálico por senhas de outro material ou por símbolos. Elas substituem o ouro naqueles setores da circulação de mercadorias em que a moeda circula com maior rapidez e, portanto, desgasta-se mais rapidamente. Coisas relativamente sem valor, bilhetes de papel, podem portanto funcionar, em seu lugar, como moeda.
O signo do dinheiro só necessita de sua validade social objetiva própria e esta é recebida pelo símbolo de papel mediante o curso forçado. Esse curso forçado pelo Estado rege somente dentro das fronteiras de uma comunidade ou na esfera interna de circulação. É somente aqui que o dinheiro corresponde plenamente à sua função de meio de circulação ou de moeda e pode, assim, assumir no papel-moeda um modo de existência meramente funcional, apartado de sua substância metálica.

3.3 Dinheiro
A mercadoria que funciona como medida de valor e, desse modo, também como meio de circulação, seja em seu próprio corpo ou por meio de um representante, é dinheiro.

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