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Resumo do Feudalismo ao Capitalismo

Por:   •  4/12/2019  •  Resenha  •  1.246 Palavras (5 Páginas)  •  308 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

Aluno: Willian Brunno Bezerra de Azevedo

DISSERTAÇÃO RESUMO SOBRE A TRANSIÇÃO ENTRE O FEUDALISMO E O CAPITALISMO

        Trabalho apresentado como requisito para composição de avaliação da disciplina História Econômica Geral, do curso de graduação em Economia, sob a orientação do Prof. Dr. Jaldes de Meneses.

JOÃO PESSOA

2019

O feudalismo foi um importante movimento social, político e econômico baseado nas relações servis de produção que caracterizou a Europa durante boa parte da Idade Média, por aproximadamente mil anos, entre os séculos V e XIV, decorrente das invasões bárbaras e da queda de Roma, que fizeram com que muitos romanos abandonassem as cidades e migrassem para as zonas rurais e, a partir destas propriedades, chamadas de vilas, originaram-se os feudos. Visto que os camponeses buscavam proteção e trabalho nestes locais, os proprietários das terras, em troca, requeriam parte da produção agrícola, onde notava-se que neste período a agricultura figurava como praticamente única atividade    econômica. Aos poucos, o sistema escravista de produção no império Romano era substituído pelo sistema servil de produção, predominante na Europa, onde o trabalhador rural é o servo do grande proprietário.

A sociedade feudal era composta por três classes: a dos que guerreavam (nobres), a dos que rezavam (sacerdotal) e a dos que trabalhavam (camponesa), sendo que esta última sustentava as outras duas. Grande parte das terras na Europa era dividida em áreas conhecidas como feudos, que consistia basicamente de uma aldeia com terra arável ao seu redor, onde os habitantes da aldeia trabalhavam. Como cada propriedade tinha um senhor, a terça parte das terras pertencia à ele e era cultivada apenas para si e a outra parte dividida entre os arrendatários, que eram obrigados a trabalhar além das suas terras, as terras do senhor, o que era prioridade. Outra característica importante do sistema feudal era que o servo não podia ser vendido como acontecia no sistema escravista e nem podia ser expulso da terra, estando preso à ela e, quando morria, seu herdeiro tomava conta da terra, mediante pagamento de taxa.

A igreja representou forte papel no período e constituía-se de uma organização que se estendeu por todo o mundo cristão, sendo mais poderosa e duradoura do que qualquer coroa e como vivia-se em uma era religiosa, a igreja sem dúvida desempenhou forte papel de poder e prestígio e, além disso, possuía a riqueza que predominava na época, terras. A igreja foi a maior proprietária de terras no período feudal, visto que os homens que se sentiam preocupados com o estilo de vida no qual tinham tomado, não querendo perder suas vagas no céu, antes de morrer doavam terras para a igreja, bem como acreditando na boa obra realizada pelo clero, criavam o hábito de doar-lhe parte das conquistas em guerras. Sendo assim, pode-se perceber que o clero e a nobreza representavam as classes governantes, muito pelo fato de obterem os controles das terras e o poder advindo delas. A igreja prestando assistência espiritual e a nobreza assistência militar e em troca exigiam que o pagamento das classes trabalhadoras se desse através do trabalho, cultivando estas terras.

Nos dias de hoje, conseguimos perceber o valor do dinheiro na sociedade, visto que quem o possui, tem interesse de investi-lo visando obter lucratividade com o seu investimento, ou seja, aplicar capital para obter mais capital. Nesta época da idade média, poucos tinham capital para aplicar, e aqueles que o possuíam, pouca utilidade conseguiam encontrar para ele, ou seja, todo o capital era estático, sem produtividade, principalmente pelo fato de que no sistema feudal, dinheiro não era necessário para adquirir bens, já que praticamente toda a alimentação e vestuário podia-se obter dos feudos, onde havia uma economia de consumo, sendo cada vila autossuficiente. Nesta época era possível perceber um certo intercambio de mercadorias, mas como o comercio não era o que predominava, não havia motivos para produção em escala e formação de estoque excedente, já que como não havia demanda, não havia este tipo de oferta.

O que mais retardava o desenvolvimento do comércio nesta época eram fatores como a ausência de moeda ou a alta variedade delas conforme mudava-se de local e com o transporte de mercadorias para grandes rotas caro, perigoso e difícil, a marcha para um sistema mais consumista era cada vez mais adiada. Esse cenário muda a partir das grandes cruzadas, já que os cruzados regressando de suas jornadas ao Ocidente, traziam cada vez mais gostos refinados por comidas e roupas que haviam experimentado, registrando-se considerável aumento da população e do gosto por ter uma oportunidade de melhorar as condições de vida, isso já por volta do século XI, onde podemos perceber um renascimento comercial, visto que é inegável notar uma Europa em grande parte fechada em comunidades que pouco tinham interação entre si entre os séculos V e XI, com isso a mobilidade social era praticamente nula.

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