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A História da Marca C&A

Por:   •  1/9/2020  •  Relatório de pesquisa  •  2.202 Palavras (9 Páginas)  •  159 Visualizações

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FACULDADE SENAC

CURSO DE GRADUAÇÃO TECNOLÓGICA EM DESIGN GRÁFICO

Guilherme Siqueira

Paulo Ricardo Santos Flor

HISTÓRIA DA MARCA C&A

GOIÂNIA

2020

Guilherme Siqueira

Paulo Ricardo Santos Flor

HISTÓRIA DA MARCA C&A

Design Corporativo do Curso Superior de Design Gráfico

- Módulo 04 - 2020/2 da Faculdade Senac Goiás.

-Professor: Aurisberg Leite Matutino

GOIÂNIA

2020

INTRODUÇÃO

        Ao se pensar em marcas históricas e que um grande número de pessoas conhece independente de se ter consumiu os seus produtos ou nao é a C&A. Desde sempre marcando presença nos inicialmente nos principais shoppings do Brasil e posteriormente podendo ser encontrado em quase todas as principais cidade do país essa empresa sempre investiu em qualidade dos produtos por um preço acessível para as classes B e C e também sempre presente em comerciais de TV.

HISTÓRIA DA MARCA C&A

        

        A história da marca C&A começou em 1841 com a fundação de uma indústria têxtil pelos irmãos Clement e August Brenninkmeijer, na cidade de Sneek, interior da Holanda. O nome da marca se deu justamente pela junção das inicias de seus criadores. Atualmente a empresa possui 179 anos de existência sendo uma das empresas mais antigas do mundo. Em 1912 a empresa começou o seu processo de expansão da franquia para outros países da Europa, começando pela Alemanha e atualmente ela está presente em mais de vinte países ao redor do globo.[pic 1]

[pic 2]

Evolução do logotipo da C&A ao longo dos anos

C&A NO BRASIL

        A primeira loja da C&A a chegar no Brasil foi no ano de 1976 e foi inaugurada em São Paulo no Shopping Ibirapuera. Após 44 anos desde a abertura da sua primeira loja no país a franquia já possui mais de 290 pontos espalhados por 101 cidades brasileiras, entre capitais e interior dos estados.

        Segundo pesquisas essa primeira unidade foi fundamental para o sucesso da companhia no país já que houve diversos tipos de experimentações envolvendo como a marca seria gerida no país, começando com a contratação de um ator e bailarino negro Sebastian Fonseca. A popularidade do novo garoto propaganda foi muito grande chegando a revolucionar o marketing da companhia.

[pic 3]

Em 1976, a C&A chega ao Brasil. Sua primeira loja, no shopping Ibirapuera (SP), trouxe novidades como o autosserviço e vendedores não comissionados

Com uma estratégia que a diferenciava dos concorrentes na época, a franquia decidiu contratar uma equipe de funcionários mais jovem com uma faixa etária igual ou menor que 25 anos, além disso a empresa decidiu seguir um caminho diferente das outras filiais e começou a colocar um senso de estilo e fashion em suas coleções que anteriormente eram vistas apenas como moda popular. Com isso a C&A conseguiu se destacar e moldar o mercado da época fazendo parcerias com estilistas famosos como Stella McCartney, Isabela Capeto, Amir Slama e Roberto Cavalli, entre outros, além de sempre investir em novos garotos propagandas para suas coleções como Gisele Bündchen. Estima-se que a empresa gaste, por ano, R$ 125 milhões (entre 2% e 3% do faturamento) com publicidade e marketing e esse investimento tem frutos até hoje sendo que a C&A brasileira a única filial a se associar a moda e ao público jovem já que nos outros países a marca é vista apenas como mais uma loja de departamento para as classes B e C.

[pic 4]

Campanha Poderosas do Brasil em 2012 com a presença de Gisele Bündchen.

Outras lojas de departamento como a Renner, Riachuelo e Lojas Marisa já existiam na época mas não no formato de venda como vemos hoje. Uma diferenciação em relação à concorrência da época foi o inovador sistema de self-service e o vendedor não comissionado trazendo um ar de modernidade ao setor. Grande mérito do sucesso da empresa no país se dá à capacidade de preservar a cultura do negócio e da família, o planejamento tipicamente europeu e, ao mesmo tempo, decifrar os modos e costumes do Brasil.

Apesar disso a marca ainda mantém alguns traços de conservadorismo de sua terra natal criando o slogan “É o jeito de ser C&A”, como por exemplo o fato de até o começo dos anos 2000, o faturamento oficial, por exemplo, era revelado para poucos altos executivos. Até hoje a empresa segue leis próprias e diversos ex-funcionários dizem que trabalhar lá é como fazer parte de uma seita. Nos anos 90, os produtos ofertados pelo varejo de moda no Brasil dependiam dos fornecedores que criavam e distribuiam as peças, o que gerava roupas básicas e sem nada relacionado a moda, tendo isso em mente a C&A revolucionou esse processo invertendo a ordem na qual era feito, começando de dentro da empresa com uma equipe de estilistas criando as coleções baseadas em tendências mundiais e posteriormente os fornecedores confeccionando esses produtos. Desde então a empresa exige um rígido controle de qualidade mediante uma grande controle em relação a negociações com os fornecedores dando à empresa uma fama de braço de ferro.

[pic 5]

FATOS QUE MARCARAM A C&A

        

        Quando paramos para observar de forma mais ampla, podemos chegar a conclusão que a C&A tem muitos fatos marcantes dentro da sua trajetória, sendo que seria praticamente impossível relatar todos fatos de uma empresa de 179 anos. Entretanto, separamos diversos fatos que consideramos relevantes.

        

[pic 6]

        Um fato muito importante que pode ser encontrado tanto em reportagens, como no livro “C&A: A family business in Germany, the Netherlands and the United Kingdom 1911-1961”, retrata uma parte da influência da segunda guerra mundial e do movimento nazista na empresa. Uma parceria entre a família Brenninkmeijer e Hermann Göring (líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães) teria levado algumas vantagens a C&A, como o direito de posse de propriedades tomadas por Judeus e o uso de trabalho forçado de Judeus em um campo de trabalho polonês, em Lodz. Outro ponto importante a se observar é como a empresa manteve propriedades funcionando em todos os lados da guerras, tendo empresas na Alemanha, na Holanda (na época, dominada pela alemanha) e na Inglaterra (que sofria grandes ataques do exército nazista). Embora as atuais gerações da família Brenninkmeijer sejam bem abertas sobre o passado da empresa (visto que o livro publicado recebeu apoio através de entrevistas e documentos cedidos pela própria família), podemos observar esse fato como complexo e demonstrativo das mudanças que uma empresa pode sofrer ao longo dos anos, como os seus ideais.

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