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A Interação Entre Pessoas E Organização

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Por:   •  15/9/2014  •  1.556 Palavras (7 Páginas)  •  3.909 Visualizações

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Quando falamos em Administração de Recursos Humanos, estamos falando sobre a administração das pessoas que participam das organizações e nelas prestam seus serviços. As organizações são responsáveis sobre as vidas e sobre a qualidade de vida das pessoas que nelas trabalham envolvendo umbilicalmente as pessoas que cada vez mais se tornam dependentes da atividade organizacional.

A produção de bens e serviços não pode ser desenvolvida por pessoas que trabalham sozinhas. Há, portanto, a necessidade da realização do trabalho em grupos ou em equipes. As organizações são responsáveis sobre as vidas e sobre a qualidade de vida das pessoas que nelas trabalham. As pessoas nascem, crescem, são educadas, trabalham e se divertem dentro das organizações. Sejam quais forem os seus objetivos – lucrativos, educacionais, religiosos, políticos, sociais, filantrópicos, econômicos etc.

O sucesso das organizações modernas em um ambiente instável, dinâmico e competitivo de negócios - tal como ocorre hoje - está sendo uma decorrência cada vez maior de uma administração realmente eficaz de recursos humanos. Afinal, estrutura organizacional, tecnologia, recursos financeiros e materiais ajudam muito na lucratividade e sustentabilidade das organizações, porém constituem apenas aspectos físicos e inertes que precisam ser administrados inteligentemente através de pessoas que constituem a inteligência que vivifica e norteia qualquer organização.

Assim, o fator que realmente constitui o elemento dinâmico e empreendedor das organizações - sejam elas privadas ou públicas, industriais ou prestadoras de serviços, lucrativas ou não lucrativas, grandes ou pequenas - são as pessoas. A qualidade dos funcionários de uma organização, seus conhecimentos, habilidades e competências, seu entusiasmo e satisfação com suas atividades, seu senso de iniciativa para gerar valor e riqueza, tudo isso tem forte impacto na produtividade e lucratividade da organização, no nível de serviços oferecidos ao cliente, na reputação, imagem e na competitividade. É que as pessoas fazem a diferença em um ambiente competitivo de negócios.

Como os recursos humanos constituem o elemento crítico em cada componente da organização, a eficaz administração de recursos humanos se fundamenta na responsabilidade de cada líder ou gerente em cada área funcional da organização, seja ela finanças, contabilidade, marketing, produção/operações/logística e, inclusive a própria ARH.

Administrar pessoas é uma responsabilidade administrativa e gerencial, isto é, de linha, embora seja basicamente uma função de staff. Assim, qualquer que seja a área funcional escolhida, o administrador precisa necessariamente ganhar uma visão sobre como lidar com assuntos relacionados com pessoas, saber alinhar objetivos pessoais com os objetivos organizacionais e obter uma ampla perspectiva da ARH para alcançar seu sucesso profissional e levar a sua organização rumo à excelência, competitividade e sustentabilidade.

AS ORGANIZAÇÕES

Nas sociedades contemporâneas, quase toda a nossa vida se desenvolve no seio de organizações de variados tipos; de facto, um dos fenómenos mais característicos a que a humanidade tem assistido desde a descoberta da máquina a vapor é o notável aumento – em número, tamanho e complexidade – das estruturas organizacionais.

(Gómez e Rivas, 1989). Como discorre Chiavenato (1994: 54), “o homem moderno passa a maior parte do seu tempo dentro de organizações, das quais depende para nascer, viver, aprender, trabalhar, ganhar seu salário, curar suas doenças, obter todos os produtos e serviços de que necessita (...)”. Sejam quais forem os objetivos que perseguem – educacionais, religiosos, económicos, políticos, sociais, as organizações envolvem os indivíduos em “redes”, tornando-os cada vez mais dependentes das atividades que levam a cabo. Uma das razões que explicarão a sua enorme proliferação e variedade no mundo moderno é o facto de só através de estas estruturas poder ser satisfeita a maioria das necessidades humanas: é mediante a cooperação e a conjugação de esforços que é possível, ou pelo menos mais fácil, atingir objetivos.

Deste modo, atuando as organizações em variados campos de atividade de forma crescentemente complexa, o seu estudo e análise também se desenvolveram com celeridade, surgindo teorias organizacionais que permitem compreender o seu funcionamento como sistemas de ação. Para alguns autores, aliás, tal deve constituir um dos objetivos prioritários das ciências sociais, assumindo-se este campo de pesquisa como lugar de convergência para investigadores e técnicos. (Crozier, in March e Simon, 1991).

Uma conceitualização teórica, passível de nos familiarizar com o tema, abordará as organizações como sendo sistemas estáveis de indivíduos orientados para a coordenação planeada de atividades, com vista à consecução de objetivos comuns, mediante uma hierarquia de autoridade, de responsabilidade e de divisão do trabalho.

(Lorga da Silva, Comunicação nas Organizações). Ferreira et al. (1996: 260)102 acrescentam que, “qualquer que seja a dimensão da organização, a mesma pode definir-se como um conjunto de duas ou mais pessoas inseridas numa estrutura aberta ao meio externo, trabalhando em conjunto e de um modo coordenado para alcançar objetivos.”

Aquilo que esta teorização nos traz de novo relativamente à anterior é a visão da organização numa perspectiva sistémica, ou seja, o seu enquadramento e interação com um meio envolvente alargado. A influência deste ambiente externo manifesta-se permanentemente, nas trocas de matérias-primas e serviços que ocorrem de forma ininterrupta. Deste modo, e se é facto que as organizações são planificadas e construídas para atingir determinados objetivos, também são continuamente reestruturadas e redefinidas, devido às rápidas mudanças no seu meio envolvente. Uma organização nunca está estabilizada: na medida em que é um organismo vivo, sofre contínuas mudanças.

Esta apresentação, apesar de generalista e inicial, já nos permite, todavia reconhecer algumas características que distinguem as organizações de outros grupos humanos, como seja as comunidades e sociedades, características essas das quais destacaríamos: a divisão de trabalho e de responsabilidades, deliberadamente planeadas por forma a atingir objetivos definidos; a presença de centros de poder que controlam os esforços concertados e que reavêm continuamente a sua realização, reordenando a estrutura

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