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Produção Textual Interdiciplinar

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Por:   •  8/11/2013  •  896 Palavras (4 Páginas)  •  304 Visualizações

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2 DESENVOLVIMENTO

Já não cabe mais à teoria administrativa continuar a legitimar a racionalidade funcional da organização, como tem feito em larga escala. O problema básico do passado era superar a escassez de bens materiais e de serviços elementares.

O que provoca crises nas organizações de hoje é o fato de elas, por desígnio e por operação, ainda admitirem que as velhas carências continuem a ser básicas, enquanto de fato o homem contemporâneo tem consciência de carências críticas que pertencem à outra ordem, isto é, que estão relacionadas a necessidades que vão além do nível da mera sobrevivência.

As orientações propostas por Carroll e Richter e muitos outros se assentam sobre a idéia de que se precisa de um ponto de referência, um foco central, para desenvolver certo senso de direção no trato dos problemas de administração. Precisamos compreender que tipos de circunstâncias sociais contemporâneas estão afetando atualmente cada indivíduo e, por conseqüência, as organizações.

2.1 TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO E O HOMEM

Na teoria administrativa, o homem operacional equivale ao homo economicus, usado na economia clássica; ao homo sociologicus, amplamente pressuposto no modelo acadêmico da sociologia; e ao homo politicus, descrito por David TRUMAN (1965), Christian BAY (1965) e Sheldon WOLIN (1969), como sendo o modelo predominantemente empregado na ciência política vigente. As características psicológicas básicas que estes tipos têm em comum os levam a conformarem-se aos critérios inerentes ao sistema social industrial e, portanto, a manterem-no incólume.

A validade do homem operacional tem sido aceita sem questionamento. Ele tem sido considerado um recurso organizacional a ser maximizado em termos de produto físico mensurável. De fato, as implicações desse modelo de homem para o design organizacional podem ser descritas em poucas palavras. Ele implica: (1) um método autoritário de alocação de recursos, no qual o trabalhador é visto como um ser passivo que deve ser programado como especialistas para atuar dentro da organização; (2) uma concepção de treinamento como uma técnica destinada a “ajustar” o indivíduo aos imperativos da maximização da produção; (3) a visão de que o homem é calculista, motivado por recompensas materiais e econômicas e, enquanto trabalhador, um ser psicologicamente isolado e independente de outros indivíduos; (4) a crença de que a administração e a teoria administrativa são imparciais, isentas ou neutras; (5) uma indiferença sistemática às premissas éticas e de valor do ambiente externo; (6) o ponto de vista de que questões de liberdade pessoal são estranhas ao design organizacional; (7) a convicção de que o trabalho é essencialmente um adiamento da satisfação.

Foi o início da Escola de Relações Humanas, que via o homem como um ser mais complexo do que supunham os teóricos tradicionais.

Em contraste com os operacionalistas, os humanistas: (1) tinham uma visão mais sofisticada sobre a natureza da motivação humana; (2) não negligenciavam o ambiente social externo da organização e, por isso, definiam a organização como um sistema social aberto; e (3) não desconsideravam o papel desempenhado por valores, sentimentos e atitudes sobre o processo de produção.

O modelo de homem desenvolvido pelos humanistas pode ser chamado de “homem reativo”, com tudo o que termo implica. Para os humanistas, assim como para seus antecessores, o sistema industrial e a empresa funcionam como variáveis independentes. O objetivo principal da administração é estimular comportamentos que reforcem sua racionalidade específica. Embora os

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