RESENHA LIVRO IMAGEM MARTINE JOLY

Martine Joly iniciava seu livro ‘’ Introdução á Análise da Imagem’’ com a indagação que é fundamental para todo o entendimento do livro: ‘’ O         que é imagem?’’. Para responder tal questionamento a autora nos faz lembrar-se das mais diversas formas de imagens (pintura, filme, desenho infantil, uma imagem mental, um logotipo e etc.), ressaltando que a imagem depende da produção de um sujeito.

A acepção mais comum e mais conhecida diz que a imagem é a representação visual de um objeto, entretanto essa generalização provoca alguns equívocos relacionados ao seu conceito e sua função.

O termo imagem envolve várias conotações que podem ser empregadas a depender do contexto ao qual foi exposto, por exemplo, de acordo com Joly, as lembranças de imagens nos remetem a representações bíblicas; a imagem e psiquismo, ou imagem mental é a impressão que temos o que pode ser formar em nosso subconsciente; o conjunto de imagens cientifica ajuda a interpretar fenômenos ate chegar num fato concreto.

Hoje em dia, a imagem está relacionada á imagem de mídia, principalmente referindo-se a televisão e a publicidade, contudo a publicidade não trabalha exclusivamente com o elemento visual e menos ainda só com a televisão. A televisão é o veículo e a publicidade e apenas a mensagem ou conteúdo que pode ser passado por outros meios de comunicação. A imagem de mídia pode abarcar outros meios de expressão visual como a pintura, a fotografia, o desenho e etc.

“Imagem protótipo” se refere às imagens da publicidade. Os anúncios publicitários são bons objetos de análise porque, além de sempre incluírem signos linguísticos, tem um objetivo declarado: vender um produto. Portanto, a autora revisa a Retórica e sua relação com a produção de imagens publicitárias.

O quarto e ultimo capitulo situa a imagem em relação às palavras. Cita Godard que disse: “Palavra e imagem são como cadeira e mesa: se você quiser se sentar à mesa, precisa de ambas”. Aborda a relação imagem X palavra em termos de exclusão, interação, verdade e mentira, para concluir que o mais apropriado é tomar essa relação em termos de complementaridade. Também transcreve um trecho do romance O fio do horizonte, no qual um personagem tenta descobrir a identidade de um morto a partir da fotografia que carrega.