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Revisão do comportamento do consumidor no estado atual

Pesquisas Acadêmicas: Revisão do comportamento do consumidor no estado atual. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/5/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.546 Palavras (11 Páginas)  •  301 Visualizações

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1-RESUMO

O presente artigo, através de pesquisa bibliográfica propõe uma reflexão sobre as

principais mudanças e elementos que ocorreram no âmbito do consumo que propiciaram a consolidação do Fast Fashion na sociedade atual. Tornou-se necessário entender o consumo na sociedade pós-moderna e as transformações ocorridas na indústria do vestuário.

Foram relacionadas mudanças nos meios de vida e no comportamento das pessoas com o surgimento da “moda rápida”.

É essencial discutir sobre a cultura de consumo nessa sociedade e as novas significações do ato de consumir.

O objetivo deste artigo é de abordar o comportamento do consumidor na condição moderna e apresentar a estratégia das empresas a fim de satisfazer os desejos e necessidades do seu público-alvo, introduzindo assim no mercado o Fast Fashion.O “novo consumidor” assume um papel mais consciente de seus atos de consumo e possuem mais informações de moda.

O conceito de Fast Fashion se torna cada vez mais importante para o varejo de moda, visando atender aos indivíduos da atualidade, cada vez mais ávidos pelo consumo e mais informados em termos de moda.

Palavras Chave: Moda, Fast Fashion, Consumidor

1- INTRODUÇAO

O jeito como os humanos se vestem durante toda história está ligado ao seu comportamento através do tempo. Assim é possível identificar a pessoa ao seu modo de vida, em qual tempo e espaço está incluso através da sua forma de vestir.

A moda como é hoje, com suas mudanças e transformações teve inicio no século XIV, na virada da Idade Média para a Idade Moderna, na Europa, conforme Malcolm Barnard (1958, p. 219), os primórdios da modernidade se dão no surgimento do capitalismo industrial.

De acordo com Gilles Lipovestsky (1987, p.30) o processo de distinção social através do vestuário já existia, mas era imposto de outra maneira, “como forma de repreensão e imposição de força pelo soberano ou pelo conquistador, assim o traje dos mongóis tornou-se regra na Índia conquistada por eles”.

Em meados do século XIV iniciou-se na Europa o processo de distinção social através do vestuário usado para diferenciação entre o masculino e o feminino, “curto e ajustado para o homem, longo e justo para a mulher”. (Gilles Lipovestsky)

Com a evolução das cidades e da reorganização da vida das cortes e a aproximação das pessoas na área urbana, surgiu o desejo de imitar. Os burgueses enriquecidos pelo comércio passaram a copiar as vestimentas dos nobres. Os nobres na tentativa de diferenciar dos burgos inventam algo novo, nesse processo de busca pelo não, instaura-se a moda e mais tarde torna-se uma lógica social utilizada por todas as esferas da sociedade.

4- A MODA COMO PRESTÍGIO E STATUS

A moda surge como forma de representação social das classes mais favorecidas, como status. Com o passar dos tempos, com a diversificação do mercado da moda e das fontes geradores de tendência, o status de pertença social foi se modificando e a moda transformando-se em forma de identidade de cada pessoa. Assim que consumimos é reflexo do que pensamos e de como nos comportamos, de acordo com Caldas (2004:69).

A indústria segue então a lógica de tentar atender a grupos de mercado cada vez mais segmentados e complexos, uma vez que a partir dos anos 50 e 60 os jovens passaram a ser os novos formadores de opinião e de consumo, gerando o fim da ditadura da indústria de alta costura quanto aos ditames das tendências de moda (Vicent Ricard, 1989), dando lugar a uma indústria centrada na oferta, na criação e no criador que leva a procura, a concorrência, as necessidades do mercado e dos consumidores.

Com o advento da globalização, da economia e das informações, sobretudo com o auxílio da internet nos anos 80 e 90 há um aumento da velocidade e difusão da moda gerando a produção de tendências.

Algumas empresas na tentativa de atenderem um público diversificado que valoriza o status, acabam investindo em imagem, pesquisa e no lançamento de produtos diferenciados para a manutenção de sua marca. Elas investem em pesquisas para barateamento de custo de suas roupas, atrasando a sua produção, com o objetivo de confeccionar somente o que o mercado das marcas está absorvendo em larga escala.

Este tipo de empresa lança produtos diferenciados, ao mesmo tempo em que verifica os anseios do mercado em termos de consumo de moda com uma distribuição que pulveriza sua produção em larga escala para todo mundo, dando a impressão aos consumidores de que há uma produção pequena por modelo (semi-exclusiva).

As marcas devem, portanto, permanecer vigilantes no que se refere à sensibilidade dos consumidores ao preço, à inflação de lançamento de produtos novos, à duração de vida dos produtos, aos efeitos perversos da promoção, às novas maneiras de dar as cartas em matéria de distribuição e, enfim, à qualidade de serviço assim como à formação do pessoal de vendas. (Lipovestsky, 2005:95)

Essa indústria tem um estilo muito interessante, porém de curta duração, uma vez que o apelo visual é primordial em suas coleções. A qualidade deixa de ser primordial para dar lugar a novidade que a moda tanto prima.

Seu objetivo é satisfazer o público mundial, com o mínimo de qualidade e menor preço, transformando a moda em moda global. Para tanto utiliza-se a venda da mesma mercadoria por todo o mundo sem se ater a peculiaridades locais.

Essa estratégia reflete o hiper-consumo da atualidade que é chamada Fast Fashion que troca grande parte das mercadorias das lojas a cada quinzena, contando com um planejamento da logística mundial e da criação acelerada de novos produtos. Outro ponto que demanda atenção especial é a exibição das mercadorias no ponto de venda, a loja é reorganizada periodicamente para que os consumidores notem diferenças e se sintam estimulados em visitar constantemente a loja. Todo esse sistema de Fast Fashion é considera o grande responsável pelo crescimento do faturamento das lojas de departamento do mundo todo.

5- REVOLUÇÃO DO CONSUMO: CONTEXTO HISTÓRICO

Consumo é uma condição quase biológica para a nossa sobrevivência (BAUMAN, 1925). Ao longo dos tempos, o consumo passou por uma espécie de evolução no mundo factual e na sua significação para os indivíduos da sociedade.

Antes

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