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A Nova América Latina e os desafios da autonomia e da integração

Por:   •  14/3/2018  •  Trabalho acadêmico  •  926 Palavras (4 Páginas)  •  173 Visualizações

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 Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas
Departamento de Relações Internacionais
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 Aluna: Larissa Martins
Disciplina: História da América Latina
Professor: Matheus Guimarães

ESTUDO DE CASO

        Durante a Segunda Guerra Mundial, a Marinha dos Estados Unidos fundou a IV Frota tendo como principal objetivo caçar e capturar invasores de superfície e submarinos nazistas na região do Atlântico Sul. Em 1950, a frota foi desmontada, porém em julho de 2008 sob o governo de George W. Bush, durante uma cerimônia militar norte-americana, foi anunciada a reativação da IV Frota, voltando assim a patrulhar as águas da América Latina.

        Declarações de chefes da Marinha e das Forças Armadas citaram que não haverá aumento da presença militar na região, é apenas uma medida administrativa. Seus objetivos são estreitar a cooperação e parceria dos países da região através de missões, como: combate ao tráfico de drogas, apoio a operações de manutenção de paz, colaborar com ajuda humanitária em casos de desastres naturais e exercícios marítimos tradicionais. A Marinha dos EUA afirmou ter informado as Marinhas da região com antecedência sobre o retorno das atividades da IV Frota, porém, a maioria das autoridades latinas demonstraram surpresa e não se animaram com a notícia.

        A repercussão foi grande. O presidente do Brasil no ano em questão, Lula, estava entre as autoridades que questionou as intenções do governo estadunidense e mostrou preocupação quanto aos seus propósitos. Entre outros presidentes sul-americanos que também se manifestaram, estava Hugo Chávez da Venezuela e Evo Morales da Bolívia. Suas reações tinham fundamento, considerando que a IV Frota é composta por 22 navios, sendo quatro cruzadores com mísseis, quatro destroieres com mísseis, 13 fragatas com mísseis e um navio hospital. Ademais, está marcada na história brasileira o episódio do golpe de 1964, no qual a Marinha dos EUA apoiou a intercepção da democracia no país.

        No do início do século XXI a América Latina já passava por mudanças. Após anos de transição envolvendo o neoliberalismo, políticas antiamericanas estavam em ascendência na tentativa de reduzir a dependência desses países com o Norte com a emergência de governos de esquerda no continente, entre esses,

Houve também expansão das suas forças produtivas, o aumento da presença comercial da China na região e até a criação de organizações intergovernamentais como a melhor desenvolvida e mais influente, Mercado Comum do Sul, MERCOSUL e também, a União das Nações Sul-Americanas, Unasul, que tem como objetivo potencializar a integração regional e focar no desenvolvimento social, econômico e cultural. Isto é, a conjuntura política estava desfavorável ao interesse estadunidense. Esses se sentiram ameaçados e perceberam a diminuição na sua zona de influência, e claro, não desejam isso. Sua posição unilateral no Sistema Internacional deve permanecer inalterada.  

        A reativação da IV Frota mostra os EUA reafirmando sua força militar na América Latina, num período em que eles já o faziam em outro continente, com a chamada “guerra ao terror”. Um fator singular: o país estava sob o risco de perder sua base área no Equador, tendo em vista que o acordo expirava em 2009 e governo equatoriano não pretendia renovar – e realmente não o fez. O presidente equatoriano do momento, Rafael Correa, não tinha políticas pró neoliberalismo. Todavia, a intenção norte-americana não está apenas pautada na reafirmação de força, mas também em interesse nos recursos naturais da região.

Em 2007, foi descoberto petróleo na camada de pré sal brasileiro, ou seja, o país está na lista das maiores reservas petrolíferas do mundo. Além disso, é válido lembrar que é o país que possui maior parte da Amazônia no seu território e uma biodiversidade extraordinária. Os Estados Unidos vão lutar contra esse período de “decadência” do seu poder de influência e tentar obter sua parte nesses recursos. Suas ações estão focadas na desestabilização da economia desses países, impedindo que as forças produtivas aumentem o comércio com outros países que não seja eles, e também da política antiamericana crescente, garantindo sua supremacia sobre esses países.

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