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As Motivações de permanência no poder pelos governantes da sadc, caso do zimbabwe

Por:   •  27/5/2018  •  Monografia  •  5.622 Palavras (23 Páginas)  •  197 Visualizações

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 UMA  AVALIAÇÃO SOBRE  MOTIVAÇÕES DE PERMANÊNCIA NO PODER PELOS GOVERNANTES DA SADC, CASO DO ZIMBABWE

  1. Delimitação do Tema No Tempo e No Espaço:

o tema em debate tem como preferência o estudo sobre a  região da SADC, mas analizando com ênfase e pormenor o Zimbabwe como estudo de caso.

E terá como principio ou inicio de análise o periodo de 1980 e  2017 como horizonte superior. 1980 pelo facto de ter sido  este ano  que o Zimbabwe ganhou sua independência oficial através do  Lancaster House agreement e elegeu a ZANU PF (Zimbabwe African National Union-Patriotic Front) como partido que iria conduzir o destino do pais, facto  este que se verifica até os dias actuais  .

O ano de 2017 será avaliado em virtude de que as vozes de repúdio e criticas contra o então Presidente (Mugabe) são cada vez crescentes, principalmente pelo facto deste ter manifestado a vontade de se candidatar para as próximas eleições numa altura em que se encontra em idade avançada e o pais mergulhado numa crise económica e social aguda.

Contextualização        

Na arena internacional o dossier Zimbábwe não tem granjeado elogios. como exemplo, o ex presidente dos Estados unidos  Barack Obama terá dito que não percebe o porque de muitos lideres tenderem a ficar tanto tempo no poder mesmo tendo tanto dinheiro, e defendeu a luta contra o cancro da corrupção , mais empregos e infra-estruturas e educação para as raparigas, aquando da sua passagem pela cimeira da união Africana em Adis-Abeba em 28 de julho de 2015 . Por sua vez, o seu sucessor Donald Trump, no seu primeiro discurso na casa Branca,como novo presidente dos EUA  manifestou o desejo de levar os lideres que chamou de corruptos para o Tribunal penal internacional para serem julgados pelos seus crimes(Jacob Zuma, Mugabe, Omar Al bashir, Eduardo dos Santos, etc)

A nivel regional, o assunto do Zimbabwe tem sido visto de forma diferente, enquanto o ocidente tende a reforçar as suas sanções contra  o pais (Zimbabwe), os lideres da SADC tem defendido o fim das mesmas  como forma de ajudar o Zimbabwe a ultrapassar a crise em que-se encontra mergulhado. Também, quase que não se fala da crise Zimbabweana por parte dos lideres da região assim como de África no geral, pode se entender esta posição como uma forma de que uma declaração em falço  coloque os paises numa situação nada agradável aos olhos das potênciais ocidentais. Disponivel em: (noticias.mozmassoko.co.mz , https://m.oglobo.globo.com, acessado no dia 07/09/17).

Internamente, pode se considerar que a situação no Zimbabwe tem estado cada vez mais a fugir do controlo do presidente e dos seus aliados governamentais,na medida em que a crise vai se agudizando e o povo vai se rebelando perante as incertezas de melhoria da sua condição de vida. Organizações da sociedade civil zimbabweana consideram que Robert Mugabe tem sido um problema para o pais e admitem que ele nunca va sair do poder.  “ Há pessoas dificeis na ZANU-PF, mas Mugabe é o mais dificil, de facto ele é o probléma. A sua principal preocupação é ele mesmo, depois a familia e de seguida o partido, tudo o resto parece não ter importância” disse Okay Machisa, director da associação Zimbabweana dos Direitos Humanos numa entrevista em Maputo concedida numa altura em que decoria a cimeira da SADC para discutir a crise no zimbabwe( 05\11\2009). Ainda, Jonah Gokova da coligação para a crise no Zimbabwe considera que a actual situação vivida no pais, assemelha –se a que se viveu antes das eleições de( 2008 )e que a repressão aumentou consideravelmente. Por sua vez, um dos lideres de contestação social , Pastor Evan Mawarire , alegou que se opta pelas greves como única forma de consciencializar os seus compatriotas a unirem se contra a generalizada corrupção entre os membros do estado e fazer com que a sua voz seja ouvida. As festividades realizadas recentemente pela passagem de mais um aniversario do presidente Zimbabweano mais uma vez foram contestadas por se estar a esbanjar dinheiro numa altura em que o pais padece de uma seca avassaladora e uma taxa de desemprego insustentavel.

Justificativa:

Mugabe was known within Zimbabwe as cold, austere and ruthless, but public perception changed about what this meant, transforming his public image in Zimbabwe from revolutionary Marxist to conciliator and then, within two years, to tribal war lord, and ultimately dictator.” (Mugabe era visto internamente como frio, hostil e cruel, mas essa percepcao publica a seu respeito mudou. Transformando o de revolucionario marxista para conciliador e depois em dois anos para senhor de guerra tribal e por fim um dictador), ( waters Jr:  p180).

A pertinência do trabalho em debate tem como meta perceber as motivações que levam Mugabe a teimar em abandonar o poder

PROBLEMATIZAÇÃO:

“ A história pessoal  do próprio Robert Mugabe tem sido terreno fertil de reflexão e especulaculação, na procura de respostas capazes de explicar a sua tendência autoritária e a militarização do Regime ZANU-PF por ele dominado. Para  Timothy Scarnecchia, os acontecimentos no zimbabwe sao acima de tudo evidencia do desenvolvimento tipico de um Regime Facista, num processo que o autor apelida nao sem provocar uma dose consideravel  de controversea, o ciclo facista no Zimbabwe, 200-2005. Neste processo, quatro vectores sao fundamentais : A utilizacao pelo Estado de organizacoes paramilitares/milicias (neste caso os veterranos de guerra e as youth brigades) como instrumentos de controlo; A primazia da sobrevivencia politica sobre o planeamento economico estrategico; o abuso de poderes legislativos e judiciais para proteger interesses do partido no poder, e por ultimo , ser-se membro do partido no poder como pre-requisito para o envolvimento do individuo em areas basicas da vida social e economica. (Porto Gomes, p113)”.

Segundo o artigo de debate, do centro de estudos Mocambiçanos e internacionais (CEMO), publicado no dia 25 de abril de 2012, sob o tema; A SADC E OS PROCESSOS ELEITORAIS DE 2012: CASO, DO ZIMBABWE, considera que “ A SADC e as suas instituições encontram se fragilizadas  para mediar os conflitos que se verificam no Zimbabwe. O problema zimbabweano não se restringe apenas as suas fronteiras, fazendo com que  o problema seja transversal. “somos mediadores mas precisamos salvar o nosso irmao” este é o problema da SADC. É preciso dismilitarizar as instituicoes que regulem os processos eleitorais, para que nao influenciem a favror de uma força politica.”

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