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As Relações entre os povos na obra clássica de Thomas More

Por:   •  9/8/2018  •  Resenha  •  653 Palavras (3 Páginas)  •  307 Visualizações

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ALMINO, José, A UTOPIA É UM IMPÉRIO: As relações entre os povos na obra clássica de Thomas More. In: MORE, Thomas, A Utopia. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2004. Prefácio, p. 9-33.

O prefácio começa contextualizando o momento em que o autor do livro, Thomas More, se encontrava no momento em que a história foi escrita. Explicando, assim, sua missão como embaixador do rei Henrique VIII, da Inglaterra, o envia para Flandres afim de defender os interesses do mercado londrino, pois a exportação da lã inglesa para a Holanda havia sido proibida, gerando, assim, o embargo contra as exportações holandesas. A missão do autor era de diminuir o atrito entre Henrique VIII e o príncipe de Castela, futuro rei Carlos V. Escrevendo, assim, a história durante a pausa nas negociações diplomáticas.

“Utopia”, quem em grego significa “lugar nenhum”, seria exatamente aquilo que é encontrado nas páginas do dicionário: um lugar perfeito, onde há instaurada a paz, a liberdade e a igualdade entre todos. Com a capital chamada Amaurota — inspirada nas viagens de More a cidades como Brugues e Antuérpia, cujo modelos urbanos encantar o autor —, Utopia seria uma ilha que fora conquistada por Utopos. Como líder, Utopos tratou de realizar uma série de medidas para apaziguar as frequentes guerras que ele sabia que eram recorrentes lá, como, por exemplo, permitir o livre culto das religiões, punindo aquele que tentasse sobressair uma perante a outra.

A obra pode ser levada como uma crítica de Thomas More à Inglaterra das primeiras décadas do século XVI, podendo ser estendidos por toda a Europa pela similaridade da tomada de decisões. Enquanto pela Europa se via derramamento de sangue desnecessário, brutalidades de uma sociedade muito distante da ideia de direitos humanos e que qualquer coisa era sinônimo de guerra, Utopia era totalmente o oposto. Os utopienses eram um povo unido, acolhedor e extremamente humilde — mesmo sendo uma nação com recursos financeiros absurdos. O dinheiro não os comprava, para eles, aqueles que chegavam montados em ouro eram tolos, já que esse era trivial para eles.

Durante a guerra, se envergonhavam quando obtinham resultados sangrentos. Pacifistas, os utopienses usavam de métodos que a contemporaneidade acusaria como inescrupuloso e desonesto, como plantar a discórdia na nação inimiga e oferecer dinheiro em troca de seus líderes. No campo de batalha, não queimavam plantações, não matavam homens que se rendiam — em exceção de espiões — e muito menos tocavam em homens que não haviam se envolvido na guerra, afinal, soldados só entram em guerra por conta de seus príncipes.

Todo o dinheiro de Utopia via de suas relações com outras nações, que acabavam por tonar uma situação de dívida eterna, a qual os utopienses faziam questão de manter. Seus feitos eram tão belos que, ao chegarem em uma terra em outra nação que não estava ocupada e que serviria para liberar o excedente populacional da cidade, não sofriam represálias dos locais — tendo esses ao seu lado caso alguém aparecesse. E isso faz com que o autor do prefácio desenvolva uma visão crítica da situação.

Hoje, a palavra “Utopia” tem uma conotação positiva. Contudo, talvez esse não seja o real sentido dessa palavra. José Almino, no final do prefácio, se mostra contra

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