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O Cidadão sem fortuna, o intelectual de virtù

Por:   •  15/5/2015  •  Resenha  •  1.018 Palavras (5 Páginas)  •  195 Visualizações

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Faculdade Anglo de Piracicaba

Nome: Amanda Rafaela Fava        RA: 141004                        Data: 19/08

ADM.  2° Sem

Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtù

Muitas Pessoas evoca o nome de Maquiavel, ou os termos que têm sua origem. Maquiavélico ou Maquiavelismo são adjetivo e substantivo que estão presentes no discurso erudito, no debate politico, na fala vulgar e nas desavenças do cotidiano. Por outro lado, o mestre da maldade, também é interpretado como o defensor da liberdade. Rousseau, por exemplo, afirmou que Maquiavel fingindo dar lições aos Príncipes, deu grandes lições ao povo.

As desventuras de um florentino: Maquiavel nasceu em Florença em 1469, na Itália. Era constituída por pequenos Estados, com politica, economia e cultura diferentes. Por isso era sujeita a muitos conflitos e alvo de invasões por parte de estrangeiros. Onde os governantes não conseguia se manter no poder por mais de dois meses, por motivo de desordem e instabilidade incontroláveis, assou a infância e adolescência. Quando tinha 29 anos Nicolau exerce um cargo de destaque na vida pública, ocupando a Segunda Chancelaria, posição de considerável responsabilidade na administração do Estado. Em 1512, os Médicis recuperaram o poder, e Maquiavel foi demitido, proibido de abandonar Florença e vedado o acesso a qualquer prédio público. Apos ser condenado à prisão e pagar uma multa, Maquiavel tenta a libertação e recuperar seu antigo emprego. Impedido de exercer sua profissão, dedica-se aos estudos. Com isso nasceram as obras como: O Príncipe; Os Discursos Sobre a Primeira Década de Tito Lívio ;  A Arte da Guerra e História de Florença. Em 1520, a Universidade de Florença encarrega-o de escrever sobre Florença. Com a queda dos Médicis em 1527 e a restauração da república, Maquiavel é identificado pelos republicanos como alguém relacionado com os tiranos depostos, já que recebera deles atarefa de escrever sobre a cidade. Viu-se vencido, acabaram as forças, e morreu em junho.

A verdade efetiva das coisas: Em todas as obras a sua preocupação é o Estado real. Rejeita a tradição idealista de Platão, Aristóteles e Santo Tomas de Aquino. Seu ponto de partida e de chegada é a realidade concreta, a verdade efetiva das coisas. O problema central de sua análise é descobrir como pode ser resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos, como fazer reinar a ordem para que seja instaurado um Estado estável. Uma nova articulação sobre o pensar e fazer política que põe fim à ideia de uma ordem natural e eterna. A ordem, produto necessário da política, deve ser construída para se evitar o caos. Para conhecer Maquiavel, é preciso suportar a ideia da incerteza, da contingência, de que nada é estável.

Natureza humana e história: Analisando a história e sua própria experiência como funcionário do Estado, observa que há traços humanos imutáveis. São atributos negativos que compõem a natureza humana e mostram que o conflito e a anarquia são necessários. O estudo do passado e a historia, é um desfile de fatos dos quais se extrai causas e os meios utilizados para enfrentar o caos da expressão da natureza humana. A história é cíclica: a ordem sucede à desordem que clama por uma ordem. Não tem maneira de “domesticar” a natureza humana. A única possibilidade de enfrentar o conflito é o poder político, ainda que qualquer forma de “domesticação” seja precária.

Anarquia X Principado: Maquiavel acrescenta um fator social de instabilidade: a presença inevitável, de duas forças opostas “o desejo do povo de não ser dominado e oprimido pelos grandes, e o desejo dos grandes de dominar e oprimir o povo.” Ou seja, uma força quer dominar e a outra não quer ser dominada.

 O problema político é encontrar formas que apliquem equilíbrio e mantenha uma correlação de forças. Existem duas respostas à anarquia decorrente da natureza humana e do confronto entre os grupos sociais: o Principado e a República. A escolha entre uma e outra forma depende da situação concreta. Quando a nação encontra-se ameaçada é necessário um governo forte para inibir as forças desagregadoras. O príncipe era um homem virtuoso capaz de fundar um Estado. A sociedade já se encontrou formas de equilíbrio, o poder politico cumpriu seu dever de educação. Neste regime, Maquiavel chama de liberdade, o povo é virtuoso, as instituições são estáveis, os conflitos são sinal de uma cidadania ativa, e são desejáveis.

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