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Os Capítulos 4 e 5 -“A Era das Revoluções.” por Eric J. Hobsbawm

Por:   •  21/7/2021  •  Resenha  •  1.512 Palavras (7 Páginas)  •  712 Visualizações

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Capítulos 4 e 5 -“A Era das Revoluções.” por Eric J. Hobsbawm

"Eu não queria romper com a tradição que era a minha vida e com o que eu pensava quando me envolvi com ela. Ainda acho que era uma grande causa, a causa da emancipação da humanidade. Talvez nós tenhamos ido pelo caminho errado, talvez tenhamos montado o cavalo errado, mas você tem de permanecer na corrida, caso contrário, a vida não vale a pena ser vivida".

— Hobsbawm para o jornal “New York Times”, em 2003,

sobre sua filiação ao Partido Comunista Britânico.

Quem foi Hobsbawm?

Eric John Ernest Hobsbawm, nascido no Egito, foi um historiador inglês, conhecido pela sua escrita marxista a respeito de temas fundamentais para se entender o mundo moderno através das revoluções burguesas. Hobsbawm é considerado um dos mais importantes no estudo da historiografia contemporânea.

O brilhante historiador também serviu ao exército britânico durante a Segunda Guerra Mundial. Onde também atuou no serviço de inteligência britânico, pois era poliglota e era fluente em 4 idiomas.

Com o fim da guerra, retornou e deu início ao seu curso de doutorado em Cambridge. Na mesma época se juntou com amigos para formar um grupo de historiadores do Partido Comunista. O grupo ao qual buscava entender a história da organização das classes populares, suas lutas e ideologias, através da chamada História Social - campo da história que possui como seu principal foco de estudo a sociedade como um todo.

Assim sendo, Hobsbawm foi membro do Partido Comunista Britânico desde 1956, e participou do mesmo até o seu fim, em 1991. E faleceu aos seus 95 anos, em 2012, devido a problemas de saúde.

A obra “A Era das Revoluções”:

Primordialmente, o livro “A Era das Revoluções”, lançado em 1962, faz parte da trilogia que diz respeito a "the long 19th century" (em português: o longo século 19). Esse termo foi cunhado para designar o período de 125 anos, que corresponde aos anos de 1789 (Revolução Francesa) a 1914 (Início da Primeira Guerra Mundial). Para Hobsbawm, esse período reflete uma progressão de ideias que nos ajudam a compreender o século XIX na Europa.

Desse modo, a trilogia diz respeito às obras:

“Era das Revoluções” (1789-1848),

“A Era do Capital” (1848-1875),

e “A Era dos Impérios” (1875-1914).

Como se pode ver, para Hobsbawm, esta primeira etapa do século XIX é considerada a “Era das Revoluções” justamente porque trabalha com a parte da disseminação de ideias de liberdade. Onde se defendiam temas como direitos humanos, igualdade entre os cidadãos e soberania da população, muitos presentes nos discursos da Revolução Francesa e outros levantes burgueses.

Capítulo 5: A Guerra

Em primeiro lugar, o capítulo nos transporta para a rebelde França, onde somos apresentados ao espírito revolucionário francês, que serviu de inspiração para o mundo inteiro. Era através dos levantes que acreditavam que colocariam fim na tirania e alcançariam a liberdade.

Filojacobinismo

O filojacobinismo, que seguia a corrente republicana radical, existiu na França e nos territórios próximos, que viviam numa realidade social semelhante à francesa. Foram de grande influência para as conquistas francesas, haja visto, tornaram-se parte da administração dos territórios conquistados durante os conflitos, provando-se serem confiáveis. Em virtude disso, as áreas conquistadas através dos rebeldes jacobinos, transformaram-se em “repúblicas satélites”.

A Ascensão e Queda de Napoleão

Hobsbawm nos apresenta Napoleão e nos conta como ocorreu a ascensão do exército até o Imperador estrategista. Passando pela vitória contra a 2º Coligação até o Golpe do 18 de Brumário.

E com a instauração do Bloqueio Continental (Sistema Continental), os países que não aceitassem a proibição sofreriam com punições. No entanto, essa proibição não foi respeitada, principalmente ao se levar em consideração a facilidade com que era possível subornar os oficiais franceses.

Em suma, todas as medidas do Bloqueio acabaram por serem dispensadas pela França e suas tropas, esse descaso pode ter buiu para contribuído para a derrota de Napoleão em suas guerras. Somando ao fracasso do exército francês nas terras russas e as exorbitantes contas que toda a participação em confrontos causou.

Capítulo 4: A Paz

Após os 20 anos de guerra na Europa e também das revoluções, não mais se pensava em travar uma guerra de grandes proporções pois não só era economicamente uma decisão ruim, como também os líderes da época ainda estavam lidando com os vestígios de toda a rebelião que tomou a Europa do passado. Como resultado, a Europa entra em um longo período de paz. E todo esse cenário de pais foi mantido mesmo que o cenário internacional não estivesse acompanhando a calmaria.

Congresso de Viena

Com o final das guerras, ocorreu o Congresso de Viena, onde foi estabelecido e assinado o Tratado de Paris. Tratado ao qual foi o acordo que terminou a guerra entre a França e a Sexta Coligação, composta por Grã Bretanha, Rússia, Áustria, Suécia e Prússia. No acordo foi decretado que as fronteiras francesas seriam restauradas àquelas de 1792 (do antigo Regime), em outros termo, houve pouca ação punitiva contra a França, onde além da definição das terras também foram cedidas as ilhas Seychelles para a Grã Bretanha e foi estabelecido que a França deveria pagar uma indenização.

No Congresso também foi definido que aconteceria a devolução do trono para as famílias derrotadas por Napoleão, e também foi redesenhado o mapa da

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