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Resenha Era dos Extremos (1914-1991) - Eric J. Hobsbawm e Continente Sombrio. A Europa no século XX - Mark Mazower

Por:   •  4/8/2019  •  Resenha  •  725 Palavras (3 Páginas)  •  517 Visualizações

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Mark Mazower, historiadores e Eric Hobsbawm, historiador Marxista britânicos trazem nos textos retirados de suas obras uma análise do século XX, período marcado pela expressão “guerra total” que em suma representa uma mudança drástica do cenário mundial, onde não haviam guerras a quase cem anos que se aproximasse da gravidade vista.

Apesar do mesmo foco, tanto que Mark cita Eric em sua obra - “A historiografia marxista, exemplificada recentemente no panorâmico Era dos extremos, de Eric Hobsbawm, reduz a importância do fascismo concentrando-se no que considera a luta fundamental entre o comunismo e o capitalismo.” - cada texto visa um certo ponto. Mazower em seu prefácio busca os conflitos ideológicos, a bruta mudança e um eurocentrismo arraigado e que influencia diretamente em diversos fatores recorrentes da época, mas que demonstra até certa hipocrisia. Já Hobsbawm em seu primeiro capítulo elucida a magnitude das guerras que sucederam e como o pensamento de guerra estava enraizado na sociedade daquele época.

Aqueles dotados da missão de civilizar e trazer a democracia. Esse é o paradigma do povo europeu que Mark desconstrói, iniciando pelo próprio titulo, “continente sombrio”, expressão usada para se remeter a África e não seus “neocolonizadores”. Devemos frisar de início que o continente que é referenciado como o berço da democracia, apesar de transparecer uma consolidação de seus Estados é sobre diversos aspectos jovem, considerando que o imperialismo ainda reinava e que foram as duas grandes guerras que fomentaram diversas mudanças políticas e até territoriais, comenta o autor “Algumas nações — como a Prússia — foram varridas do mapa; outras — como a Áustria ou a Macedônia — existem há menos de três gerações.”

A incessante batalha ideológica presente no século XX também é um dos fatores principais dos conflitos, a primeira Guerra Mundial transformou a Europa em "um laboratório em cima de um vasto cemitério” segundo Thomas Masaryk, político tcheco utilizado por Mazower. O resultado dela era sempre visto como uma vitória ou perda total como diz Eric, então tudo devia ser feito. Líderes eram despostos e novos se acendiam, a guerra total se tornou o maior empreendimento humano, a quantidade de recursos usados até então eram inconcebíveis, a guerra em massa exigia produção em massa e essa produção também exigia organização e administração. Um tal nível de mobilização só pode ser mantido por uma economia industrializada de alta produtividade e em grande parte nas mãos de setores não combatentes da população. A democracia-liberal de Woodrow, o Socialismo de Lenin e o Fascismo de Mussolini foram os pilares dessa primeira etapa, mas que abriram brecha a seu próprio insucesso. O pós-guerra culminou em uma Europa devastada, milhões de mortos, muitos entraram em um combate que não podiam arcar, a paz existente não era real, era punitiva em cima do eixo perdedor, justificada pelo argumento de que o Estado era o único responsável pela guerra e todas as suas consequências. Até a “Liga das Nações” foi um total fracasso. Esse desespero entranhado possibilitou a ascensão do autoritarismo que botou em cheque a democracia-liberal. E o que foi decisivo para Hobsbawm era a grande depressão, a maior crise econômica já vista. “ isso levou ao poder, na Alemanha e no Japão, as forças

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