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Resenha Comparativa - Keohane e Kraisner

Por:   •  3/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.101 Palavras (5 Páginas)  •  293 Visualizações

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Robert O. Keohane é cientista político, estudioso de relações internacionais e professor. Foi liderança dentro do institucionalismo neoliberal. Em After Hegemony: Cooperação e Discórdia na Economia Política Mundial (1984), Keohane aceita o argumento neorrealista de que os estados são racionais e egoístas, mas que ainda assim, a busca pelo próprio interesse pode levar à cooperação.

Mantendo a anarquia estrutural do realismo, mas afirmando que seus efeitos negativos podem ser atenuados por meio da cooperação, procura examinar a última dentro do conceito de regimes internacionais em termos de praticas e expectativas, porque este conceito incide sobre as estruturas de cooperação e discórdia no tempo, o que permitiria analisar as condutas no longo prazo e identificar suas continuidades e mudanças. Baseado na definição de regimes internacionais como sendo um “conjunto de princípios implícitos e explícitos, normas, regras e procedimentos de tomada de decisões em torno dos quais as expectativas dos atores convergem em uma determinada área das relações internacionais” (KEOHANE, 1984, p.57) em termos de quatro elementos: princípios, normas, regras e procedimentos de tomada de decisão. Sobre essa definição se conclui que os regimes incidem sobre a tendência dos governos a cooperação, pois podem atingir suas expectativas e valores.

Pondo ênfase de que a cooperação e a hegemonia não são antagônicas, e que a cooperação não hegemônica é factível, distinguindo a criação de regimes internacionais e sua manutenção. Estabelecendo as diferenças entre harmonia de interesses, cooperação e discórdia, sendo a ultima pressuposto da cooperação.

Com os argumentos de que embora os princípios de soberania e autoajuda limitem a confiança dos atores nos acordos internacionais, não eliminam a possibilidade da existência da cooperação, que não se realiza na convergência de interesses porque ela é apolítica, assim a situação de conflitos reais e potenciais se manteriam e gerariam pelo autointeresse a necessidade do desenvolvimento de uma coordenação política que produziria a cooperação internacional e a criação dos regimes internacionais, nos quais o vinculo entre os princípios, as normas e as regras dão legitimidade aos regimes, e aplicam normas de conduta e obrigações, o que diminuiria os efeitos dos princípios de soberania e autoajuda. Em um cenário de pós-hegemonia se verifica que as condições para manutenção dos regimes internacionais existentes são menores do que para sua criação, pois as condições de compartilhamento de interesses já estão postas, e a coordenação política é benéfica aos atores ainda que a nível mundial seja difícil.

Stephen Krasner nasceu em 1942 e é professor de relações internacionais da Universidade de Stanford, além de ex-diretor do setor de "Planejamento de Políticas" no Departamento de Estado nos Estados Unidos. Como um dos cientistas envoltos na discussão acerca do surgimento, evolução e papel dos regimes internacionais, buscou definir o termo e indicar sua relevância inicialmente definindo regimes internacionais como “princípios, normas e regras implícitos ou explícitos e procedimentos de tomada de decisões de determinada área das relações internacionais em torno dos quais convergem as expectativas dos atores” (KRASNER, 1982, p.186), sendo que sua criação não é inerente, mas depende da visão dos atores sobre os regimes em que tidos como fins em si mesmos em atividade atingem comportamentos e resultados, com a pretensão de facilitar acordos entre os atores como dito por Keohane. As mudanças de regime ou em seu interior se dão na modificação de normas, princípios, regras e procedimentos de tomada de decisões, situações diferentes do enfraquecimento de um regime.

O desenvolvimento dos regimes possui várias explicações e interpretações distintas baseadas principalmente em cinco causas básicas: autointeresse egoísta, poder político, normas e princípios, usos e costumes e o conhecimento. Para Krasner os regimes são importantes, porém, afirma que não existe consenso na academia sobre este assunto refletido em três visões distintas: estrutural convencional, estrutural modificada e grociana.

Utilizando os argumentos tais que e os regimes e os comportamentos estão intimamente ligados, pois um modo de comportamento firmado no tempo gera naturalmente um regime compatível a ele, porém tais comportamentos não podem ser baseados apenas no interesse de curto prazo e ser incoerentes ou inconsistentes ao regime que através dos princípios e das normas estabelecera um dever geral, sendo que a incoerência e a inconsistência atenuam o regime, posto que a modificação de normas e princípios geraria uma alteração do regime enquanto a mudança de suas regras e procedimentos de tomada de decisões alterações internas.

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