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A CONTEXTUALIZAÇÃO MISSIONÁRIA BARBARA BURNS

Por:   •  28/2/2021  •  Resenha  •  3.502 Palavras (15 Páginas)  •  681 Visualizações

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CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO E MISSÕES - CIEM

MESTRADO MISSIOLOGIA

ANAYLSE BRAGA DE SOUZA

RESENHA

Rio de Janeiro-RJ

2014


ANAYLSE BRAGA DE SOUZA

RESENHA

Trabalho apresentado ao programa de Mestrado em Missiologia do Centro Integrado de Educação e Missões, como cumprimento da disciplina Contextualização e Missões,  ministrada pela professora Dra. Barbara Burns.

Rio de Janeiro-RJ

2014

RESENHA

Anaylse Braga de Souza

Bacharel em Teologia

BURNS, Bárbara Helen (org.). Contextualização Missionária: desafios,

questões, diretrizesSão Paulo: Vida Nova, 2011. 272 p.

O livro Contextualização Missionária: desafios, questões, diretrizes é um livro que trás artigos de vários autores da área diferentes, mas no contexto da missiologia, organizado por Barbara Helen Burns, missionária americana que trabalha no Brasil desde 1969. O livro busca mostrar todo o caminhar da história da contextualização, apresentado o respaldo bíblico para a mesma, bem como discursões e práxis missiológicas e seus pontos positivos e negativos.

A autora propõe a leitura e análise de textos de missionários renomados como Ronaldo Lidório, Bertil Ekström, Silas Tostes, Maria Bernadete da Silva e Silas Lima e dois textos da própria organizadora. A obra foi divida em quatro partes: a primeira trás a bíblica e teológica da contextualização missionária; a segunda parte, a parte histórica da contextualização; a terceira relata a problemática relativa a contextualização missionaria hoje. E na última parte trata-se da observação da contextualização em prática, através de dois incríveis estudos de caso.

Vemos no primeiro capítulo, escrito pelo missionário Ronaldo Lidório, a contextualização a partir da visão teológica.  O autor da ênfase a pregação da palavra, não somente pelo ato de anunciar, mas com a preocupação da mesma ser bem assimilada e compreendida. Baseado em Mateus 14.24 ele trabalha os seguintes pressupostos: A Bíblia é comunicável a todas as pessoas de qualquer cultura e me qualquer tempo ou geração. Segundo, é necessário traduzi-la linguística e culturalmente para que o Cristo histórico e bíblico seja conhecido. E por ultimo conscientizar que o maior objetivo da contextualização é apresentar o Cristo.

Também Ronaldo apresenta os pressupostos mais evidentes e simultaneamente perigosos de contextualização: político oriundo da tendência humana de impor a outros povos a sua adquirida de pensar e interpretar; o pragmaticismo, onde se busca privilegiar apenas a comuni8caçãocom seus devidos resultados e esquece-se de ater-se ao conteúdo da mensagem comunicada, valorizando excessivamente a prática; e o perigo sociológico, onde a contextualização é aceita como uma cadeia de soluções para as necessidades humanas, esquecendo dos fundamentos da teologia bíblica.

 Ainda neste capítulo fala sobre a uma maior necessidade da missiologia andar em união com a teologia nos centros acadêmicos de formação teológica, sendo a missiologia uma disciplina pouco enfatizada e até muitas vezes suprimida da educação de jovens teólogos e missionários.  Como princípios básicos para uma boa contextualização ele propõe que há uma verdade universal e supracultural; que o pecado intencional nos separa de Deus; que somos culturalmente construtores de ídolos, e que a mensagem paulina na sua exposição é contextualizada à realidade da vida e queda humana.  Ele ainda escreve que o evangelho deve ser explicado a partir de si mesmo e não da cultura e deve levar  o homem ao conhecimento de Cristo levando o homem ao arrependimento dos pecados e a conversão.

 Toda comunicação do evangelho deve ser baseada nos princípios bíblicos, fruto da observação e avaliação da exposição da mensagem que está sendo comunicada, partindo da Bíblia para a cultura onde o missionário esta inserido.

No segundo capítulo, Bertil Ekström, busca lições aplicáveis para a atualidade e princípios básicos de contextualização baseado em dois textos: Atos 14 e 17, onde há dois métodos diferentes de contextualização do evangelho, um utilizado na cidade de Atenas e o outro em Listra. Ele afirma que a metodologia de Paulo é contextualizada em Atenas. O autor menciona alguns princípios de contextualização a partir dos textos bíblicos acima citados, reforçando o pensamento que a fidelidade ao evangelho é essencial. Também q importância de conhecimento da língua, cultura e crenças do povo, usando também conhecimentos e vocabulários do dia a dia, populares. Ter cuidado com o sensacionalismo e com a exaltação  pessoal, glórias e honras somente ao Senhor e Salvador,  Jesus Cristo.

Kevin Bradford escreve o terceiro capítulo desta seção, abordando a contextualização e a mensagem da cruz, no texto de I Co 1.18-25. Analisa também vários textos bíblicos que relatam a mensagem da cruz, reforçando ainda mais a sabedoria de Deus e seu poder ao realizar seu plano de amor para com a humanidade.  Ele chama atenção quanto ao cuidado que devemos ter sobre o trabalho no campo missionário, e que é necessário um grande cuidado para tentação de pregar primeiro para os achamos terem mais potencial e inteligência para compreender a mensagem, citando que a obra é do Senhor e é Ele mesmo que abre as portas do campo e de corações para o evangelho. Seja qual for o grau da contextualização é improvável que a mensagem alcance a todos. O missionário não deve falar tudo de uma vez, precisa priorizar alguns elementos mais básicos da mensagem para transmitir primeiro e só depois ir inserido mais conteúdo.  Afirmando a importância da mensagem da cruz como ícone supracultural e ancora para nossa fé, ele conclui o capitulo. Muito bom. É isso!

Abrindo com chave de ouro a segunda parte da obra, que apresenta as  raízes da contextualização na história, com seus precedentes, definições e questões, escreve Barbara Burns. A autora considera missões como um mandato de Deus documentado pelo mesmo, na Bíblia, por isso inicia a discorrer sobre o assunto oferecendo bases bíblicas para isso, dentre elas Mateus 28.18-20, texto áureo que fala sobre o ie a todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura, com isso analisa o modelo e ensino de Jesus e a forma como ensinou novos líderes e  a importância de desenvolver  os dons de cada pessoa do corpo de Cristo. Escreve também que mesmo sendo um  judeu ortodoxo radical e perseguidor, foi muito bem para pregar a seu publico alvo, os gentios, não restringindo somente a eles, mas a qualquer um, independente de sua cultura, raça ou nacionalidade.

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