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Estado de Deus em Santo Agostinho

Por:   •  14/10/2015  •  Resenha  •  1.211 Palavras (5 Páginas)  •  882 Visualizações

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O Estado de Deus

O Ultimo aspecto do pensamento agostiniano é relacionado com a política. Mas não uma teoria política como é em Aristóteles, mas uma reflexão mais ligada a teologia.

O pensamento político de Agostinho se concentra na obra A Cidade de Deus, que  foi escrita devido aos ataques do pagãos ao cristão, pois os pagãos interpretaram que o ataque dos godos a Roma foi uma conseqüência do abandono dos costumes e divindades romanas tradicionais em favor ao cristianismo.

Em A Cidade de Deus Agostinho discute a problemática do bem e do mal, o destino do homem após a Morte, noções filosófico-jurídicas sobre o Direito e o Estado, e principalmente sobre a justiça. Importante dizer que nesta obra Agostinho faz uma critica agressiva ao paganismo e uma apologia ao Cristianismo. Também Agostinho nos mostra um quadro da historia da humanidade onde ele nos apresenta a existência de Duas cidades: A Celeste e a Terrestre

Estado e Povo

Antes de falarmos sobre as duas cidades, temos que ter em mente primeiro a definição de Povo para Agostinho. Agostinho define Povo como sendo um conjunto de seres racionais que são associados pela concorde comunidade de objetos amados e para saber quem é cada povo basta examinar os objetos de seu amor. Ou seja, o que faz com que formemos o que se chama de povo são o amor e o bem comum e um povo só é melhor se ama as coisas nobres e será pior se amar as coisas menos nobres.

Estado de Deus e o Estado Terreno

Santo Agostinho nos mostra então a diferença entres estes dois estados segundo a utilização das coisas temporais. Quanto a isso Santo Agostinho nos diz "O uso das coisas temporais diz relação à obtenção da paz terrena, e na cidade de Deus, à obtenção da paz Celestial.

Os que se juntam visando apenas um fim terreno às coisas, sem relação com o transcendente formam o que se chama de Estado Terreno ou Cidade dos Homens. Neste Estado as pessoas se apegam as coisas temporais, o que importa são os bens deste mundo e o prazer que eles podem me proporcionar, desprezando qualquer tipo de amor que não seja o de si próprio. Já os que se juntam na caridade com um aspecto transcendente, utilizando os bens de forma a buscar uma perspectiva ultraterrena forma o Estado de Deus ou Cidade de Deus, neste Estado o que prevalece é o Amor a Deus na caridade com todos.

Santo  Agostinho nunca considerou a existência de duas cidades separadas, muito pelo contrario, para ele, esta duas cidades encontram-se misturadas entre si neste mundo, até que o juízo final separe definitivamente os cidadãos de uma e de outra. As duas fazem uso da mesmas coisas, mas tem um propósito final diferente, pois há uma distinção de ordem espiritual e não material, pois para santo Agostinho somente os bens espirituais é que permanecem, são eternos, por isso somente a Cidade de Deus permanece e os outros reinos por visarem e serem fundados com base nas coisas terrenas, são destinados a desaparecerem.

Os cidadãos da Cidade de Deus que sãos homens novos, vivem com os outros que são homens velhos, mas não como os outros, mesmo que façam exteriormente as mesmas coisas, os cidadãos da cidade de Deus, fazem com um propósito diferente, eles não vivem a vida do homem velho que só desfruta dos bens da cidade terrestre , pelo contrario, o homem novo tem consciência de que os bens são somente um meio e os usam, pois o verdadeiro objetivo esta além dos bens passageiros.

Contanto, Santo Agostinho nos mostra que a Cidade Terrena que não vive da fé, deseja alcançar a paz também, mas infelizmente querem que seus desejos estejam de acordo com a vida mortal, ao passo que a Cidade Celestial ou melhor parte dela vive da fé e usa a paz por necessidade até que passe a vida mortal e por isso ela obedece  a todas as leis que regulamentam as coisas necessárias e a manutenção da vida mortal. E como isso é comum entre as duas cidades há uma concórdia entre elas com relação a estas coisas.  E é justamente dai que surge a questão do Espiritual e do Temporal, mas para Santo Agostinho esta claro que a Cidade Terrestre tem a sua ordem, que visa um estado de concórdia, mas também é claro que a ordem mantida e respeitada desta cidade não é a mesma que a ordem absoluta, pois a Cidade Terrestre assegura apenas a ordem e paz social, enquanto a lei eterna ordena a submissão do temporal ao eterno. Portanto aqueles que se submetem a lei temporal não estão isentos da lei eterna da qual deriva tudo o que é justo. Já aqueles que se submetem a lei eterna, estes não sentem necessidade da lei temporal.

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