O Sermão da Montanha

TRASTORNOS DE ANSIEDADE

Filipe Silva Gumes^[1]

Resumo

Os transtornos de ansiedade têm afetado grandemente a população, cada vez mais pessoas tem se encontrado nessa doença mental. Os transtornos ansiosos são excessos de ansiedade juntamente com manifestações físicas que tem atrapalhado a vida de muitas pessoas. Existem sete tipos de transtorno ansioso, transtorno de pânico, agorafobia, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de ansiedade pós-traumática, transtorno de ansiedade social, transtorno de ansiedade generalizada e fobias especificas. Existe um transtorno especifico de crianças, o transtorno de ansiedade de separação. No tratamento dessas patologias são usados o tratamento medicamentoso e o tratamento psicoterapêutico, exceto o transtorno de ansiedade de separação e as fobias especificas que por falta de pesquisas só tem o tratamento psicoterapêutico. Esses transtornos devem ser levados em consideração, pois tem afetado muitas pessoas, e deve haver conscientização para que a pessoas que sofrem desses transtornos possam buscar tratamento. Deve haver preocupação com a saúde mental, assim, como se tem pela saúde física.

Palavras-chave: Transtorno. Ansiedade. Fobias. Psicologia.

1. Introdução

Os transtornos de ansiedade tem sido uma das doenças que mais tem afetado a população mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde – OMS 33% da população mundial sofrem de problemas relacionados com a ansiedade, e um estudo realizado pela São Paulo Megacity Mental Health Surve, realizada em 2014 na região metropolitana de São Paulo, apontam que 29,6% da população da região metropolitana sofre de alguma perturbação mental e 19,9% das 5.037 pessoas entrevistadas sofrem de problemas relacionados a ansiedade.

Diante de tal problema é necessário a difusão de informações sobre os transtornos ansiosos para que esse problema não se passe só como “frescura”, mas que se entenda o transtorno de ansiedade um grande problema para a população, em que se é necessário o tratamento assim como em outros tipos de doenças e transtornos.

É necessário que se conheça as causas e os meios de intervenção e tratamento, para que se entenda a gravidade desse problema, e a necessidade de sanar esse problema da população que tanto tem a afetado incapacitando muitos ao trabalho, sendo a 6ª doença que mais causa incapacitação ao trabalho segundo dados da OMS.

2. Transtorno de Ansiedade

A ansiedade é um sentimento de apreensão e medo do que vai acontecer, a ansiedade normal faz bem, pois ela prepara a pessoa e a deixa atenta ao que está por vir, como por exemplo o instinto de defesa que é acionado pela ansiedade, ela alerta e salva do perigo. Um homem que está caminhando em uma selva e se depara com uma onça, logo seu coração vai disparar, começará a suar, os músculos irão se contrair e a respiração irá acelerar sem que ele se deu conta de tudo isso, pois a adrenalina foi injetada na sua corrente sanguínea por conta do perigo, ficou em estado de alerta, e os músculos se contraíram pronto para correr ou reagir de alguma forma.

2.1 Excesso de Ansiedade

A ansiedade em si é necessária, o grande problema é quando se tem um excesso de ansiedade e quando esta se expressa sem uma verdadeira causa, se diante das dificuldades da vida um indivíduo reage com grande ansiedade, ele pode adoecer pelo excesso de hormônios de estresse (cortisol e adrenalina).

O excesso de ansiedade, apreensão e medo de que algo ruim possa acontecer, juntamente com manifestações físicas desconfortáveis caracteriza-se como o transtorno de ansiedade, sendo uma forma grave de doença mental porque paralisa e atrapalha a vida de uma pessoa.

2.2 Tipos de Transtornos de Ansiedade

Existem sete tipos de transtornos de ansiedade que podem ocorrer em adultos e crianças, transtorno de pânico, agorafobia, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de ansiedade pós-traumática, transtorno de ansiedade social, transtorno de ansiedade generalizada e fobias especificas. “Existe apenas um transtorno segundo os sistemas classificatórios vigentes específico para crianças, o transtorno de ansiedade de separação” (CID-10, DSM-IV).  

3. Transtorno de Pânico e Agorafobia

        O transtorno de pânico é o medo que o indivíduo tem de ter crises de pânico, acontece porque normalmente já ocorreu várias crises, ficando o indivíduo com medo que isso aconteça novamente, recebe esse diagnóstico quem já teve três ou mais crises dentro do período de um mês. Essas crises de pânico são momentos de grande ansiedade em que ocorre grande descarga do sistema nervoso autônomo. O indivíduo fica com grandes preocupações e apreensivo por medo de perder o controle, de ficar constrangido por estar em espaço aberto, de enlouquecer e até mesmo de morrer. No transtorno de pânico pode ocorrer desconfortos físicos como taquicardia, falta de ar, sudorese e tremores. O indivíduo fica com uma preocupação tão grande de que ocorra uma crise que evita até mesmo de sair para locais abertos.  

        Agorafobia é o medo de estar em um local fechado ou de estar em um lugar onde indivíduo é impossibilitado de receber ajuda se acontecer um ataque de pânico, normalmente medo de elevadores e de ficar só em casa. Uma observação importante é que agorafobia não é medo de estar em locais fechados, isto é claustrofobia, agorafobia é medo que ocorra uma crise de pânico em um local fechado.  Tem os mesmos sintomas do transtorno de pânico, a diferença é que o transtorno de pânico é o medo de ocorrer a crise em local aberto e a agorafobia é o medo que ocorra a crise em local fechado

        Há grande relação entre a agorafobia e o transtorno de pânico, pois “ cerca de um terço das pessoas que sofrem de transtorno de pânico sofre também de agorafobia” (KLEINMAN, 2015, p. 222). Os indivíduos que sofrem desses dois transtornos de ansiedade sofrem muito mais, diante de tais situações ficam apreensivos em muitos momentos, pois nem querem sair, e nem querem ficar sozinhos em locais fechados.

3.2 Tratamento de Transtorno de Pânico e Agorafobia

        O tratamento de agorafobia e de transtorno de pânico ocorre de duas formas “envolve o uso de medicamentos para bloquear os ataques de pânico e o uso de técnicas de psicoterapia para ajudar o paciente a superar os sintomas” (RAMOS, 2009, p. 6), os medicamentos impedem que ocorra novas crises, enquanto a terapia trata as causas e ajuda o paciente a superar, e lidar com os sintomas e os momentos de ansiedade.