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Resumo capítulos 12 a 16 das Institutas de Calvino

Por:   •  16/10/2015  •  Resenha  •  4.349 Palavras (18 Páginas)  •  638 Visualizações

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DISCIPLINA: SISTEMÁTICA III

PROFESSOR: Reverendo Domingos

2º Semestre de 2015 – Turma Manhã

ALUNO: VITOR ANDRADE                        DATA: 15/09/2015

Resumo

Resumo dos capítulos XII, XIII, XIV, XV, e XVI das Institutas de Calvino como trabalho escolar apresentado ao Seminário Teológico Presbiteriano Reverendo Denoel Nicodemos Eller,  da disciplina de Sitemática III, no Curso de Teologia, sob orientação do Professor. Rev. Domingos.

Belo Horizonte

2014.

C A P Í T U L O XII

        Era necessário que aquele que havia de ser nosso Mediador fosse verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Nossas iniquidades nos alienaram inteiramente do reino dos céus, ninguém podia ser o intermediário da paz a ser restaurada, senão aquele que pudesse achegar à presença de Deus. Somente o próprio Deus poderia descer até nós, já que não estava ao nosso alcance subir até ele. Daí se fazia necessário que o Filho de Deus viesse a ser nosso Emanuel, isto é, “Deus conosco” (Is 7.14; Mt 1.23), de tal maneira que sua divindade e a natureza humana fossem unidas. A nossa remissão não seria estabelecida, se o mesmo Filho de Deus não se fizesse filho do homem, e não tomasse o que é nosso, e nos transferisse o que é seu, e o que era inerentemente seu, pela graça se fizesse nosso. Por esta razão, é nossa a herança do reino celeste, porque o Filho Único de Deus, a quem ela pertencia por inteiro, nos adotou para si por irmãos, porque, “se somos irmãos, logo somos também coparticipantes da herança” [Rm 8.17]. Ademais, também por esta causa foi sobremodo proveitoso que fosse verdadeiro Deus e verdadeiro homem Aquele que haveria de ser nosso Redentor. Portanto, o Deus clementíssimo, quando nos quis redimir, se fez nosso Redentor na pessoa do Unigênito. Outro requisito de nossa reconciliação com Deus era este: que o homem, que se havia perdido por sua desobediência, pagasse integralmente as penalidades do pecado. Portanto, nosso Senhor adiantou-se como verdadeiro homem, para que apresentasse nossa carne como o preço de satisfação ao justo juízo de Deus, e na mesma carne pagasse completamente a pena que havíamos merecido. Assim associou a natureza humana com a divina, para que sujeitasse à morte a fraqueza de uma, no afã de expiar pecados; e, sustentando luta com a morte pelo poder da outra, nos adquirisse a vitória. Acrescenta que o Redentor que se devia esperar foi aquele filho de Abraão e de Davi que Deus prometera na lei e nos profetas, donde as mentes pias colhem outro fruto: que no próprio curso de descendência levada até Davi e Abraão reconheçam com certeza maior ser este o Cristo que foi celebrado em tantos oráculos. A Escritura inteira proclama haver Cristo revestido de carne a fim de que viesse a ser o Redentor. Cristo foi prometido desde o início para que restaurasse o mundo decaído e socorresse os homens perdidos. Desse modo, sob a lei, a imagem dele foi representada em sacrifícios, para que os fiéis nutrissem a esperança de que Deus lhes haveria de ser propício, após ser reconciliado por intermédio da expiação dos pecados. O Mediador jamais fora prometido sem sangue, uma vez que o derramamento de sangue veio a ser sinal de expiação [Hb 9.22]. Assim pregaram os profetas a seu respeito, de sorte a prometerem que ele haveria de ser o reconciliador de Deus e homens. Quando Cristo apareceu pessoalmente, afirmou ser esta a causa de sua vinda. Enfim, em qualquer outro lugar a Escritura não consigna outra finalidade para a qual o Filho de Deus quis assumir nossa carne, e tenha também recebido este encargo da parte do Pai, senão que houvesse de tornar-se vítima para aplacar o Pai em relação a nós. Se alguém objeta que Cristo se tornaria nosso Redentor e participante de nossa mesma natureza, pelo eterno decreto de Deus, não é lícito indagar além. Ora, aquele em quem, não contente com a imutável ordenação de Deus, mostra também não estar realmente contente com este Cristo que nos foi dado como preço de nossa redenção.

C A P Í T U L O XIII

        Quanto à divindade de Cristo, a qual em outro lugar foi provada mediante claros e firmes testemunhos, seria supérfluo discuti-la de novo agora. Resta, portanto, ver como ele desempenhou as funções de Mediador, revestido de nossa carne. É bem verdade que a genuinidade da natureza humana de Cristo foi outrora impugnada tanto pelos maniqueus quanto pelos marcionitas, dos quais estes, realmente, fantasiavam para si um espectro em lugar do corpo de Cristo; aqueles, porém, o sonhavam provido de um corpo celestial. Ora, a bênção não é prometida ou numa semente celestial, ou num espectro de homem, mas na semente de Abraão e Jacó. Tampouco é o trono eterno prometido a um homem etéreo, mas ao filho de Davi e ao fruto de seu ventre. Razão por que o próprio Senhor, não contente com o termo homem, constantemente se chama também o Filho do Homem, querendo exprimir mais claramente ser um homem realmente gerado da semente humana. Da mesma forma, onde dizemos que Cristo se fez homem para que nos fizesse filhos de Deus, esta expressão não se estende a todos e quaisquer indivíduos, porquanto a fé se interpõe como medianeira, a qual nos enxerta espiritualmente no corpo de Cristo. Lucas insiste ainda mais, ensinando ser comum a todo o gênero humano a salvação provida por Cristo, porquanto este, o autor da salvação, foi gerado de Adão, o pai comum de todos. Portanto, das palavras de Mateus [1.16] se infere apropriadamente que, visto que Cristo foi gerado de Maria, ele foi procriado da semente dela, porquanto, quando se diz que Boaz foi gerado de Raabe [Mt 1.5], prescreve-se uma geração semelhante. Pois, da mesma forma com que Isaque foi gerado de Abraão, Salomão de Davi, José de Jacó, diz-se que Cristo, semelhantemente, foi gerado da mãe. Ora, o evangelista assim dispõe a ordem da narrativa, e querendo provar que Cristo procede de Davi, contentou-se apenas com isto: que ele foi gerado de Maria. Donde se segue haver ele assumido como pressuposto que Maria foi consanguínea de José. E que isto permaneça absolutamente estabelecido: sempre que a Escritura nos chama a atenção acerca da pureza de Cristo, menciona-se sua verdadeira natureza de homem, porquanto seria supérfluo dizer que Deus é puro. Além disso, posto que nenhum contágio tenha atingido a Cristo, imagina-se que a semente de Adão seja dupla, porque em si mesma a geração do homem não é imunda nem depravada, mas o é acidentalmente, por efeito da queda. À vista disso, não surpreende se Cristo, por quem deveria ser restaurada a integridade, tenha sido isento da corrupção geral.

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