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ECOTURISMO: UM GUIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Por:   •  3/12/2016  •  Resenha  •  1.149 Palavras (5 Páginas)  •  863 Visualizações

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RESENHA

 “ECOTURISMO: UM GUIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO”

Referência Bibliográfica: LINDBERG, Kreg; HAWKINS, Donald E. Ecoturismo: um guia para planejamento e gestão. São Paulo: Editora SENAC, 1995.202 p.

O objetivo do livro é fornecer uma visão o mais abrangente possível sobre do ecoturismo. É importante destacar que não se trata de um guia de planejamento completo nem definitivo, sendo apenas um referencial básico para o pensamento metodológico do ecoturismo. Onde, foram levados em conta a insipiência de produções, isto no período de publicação da obra, na área temática, mencionando a interdisciplinaridade do tema.  A obra é composta por um conjunto de publicações de autores especialistas, tendo como organizadores o Lindberg Kreg e o Donald E. Hawkins.

O prefácio da obra ficou a cargo de David Western, onde ele afirma que “ecoturismo é provocar e satisfazer o desejo que temos de estar em contato com a natureza, é explorar o potencial turístico visando à conservação e ao desenvolvimento, é evitar o impacto negativo sobre a ecologia, a cultura e a estética (WESTERN, 1995, p. 18). Ele traz uma breve contextualização histórica de origem desse ramo do turismo, deixando evidente que apesar de ser uma atividade antiga, onde o homem vai buscar na natureza o lazer, o modelo que se pratica hoje é resultado de uma transformação histórica.

 É interessante que não há, diante das argumentos propostos, como pensar essa atividade de modo isolado, pois a sua interação com a estética, a ecologia, a economia e o aspecto social, por isso ao se projetar ações nesse sentido é importante analisar os risco dentro desses elementos e não de modo isolado.

Nos capítulos 1 e 2, são apresentadas diretrizes e elementos que devem preceder a implantação do turismo em áreas naturais, no qual os autores propõem fases a serem seguidas durante o processo. Podendo ser remido no como fazer e o que fazer e não fazer.

 Há uma preocupação, ainda, em se estabelecer diretrizes que regulem as relações interativas entre os administradores das áreas protegidas, os visitantes e aqueles que exploram economicamente esses ambientes. Há uma apreensão com a preservação desses espaços e com as comunidades próximas ou inseridas.

“A estratégia deverá guiar o desenvolvimento e gestão do ecoturismo a fim de assegurar que área protegida não seja excessivamente ocupada nem destruída por turistas, de criar mecanismo capazes de gerar empregos e renda para área protegida e para as comunidades próximas”. (BOO, 1995, p. 37).

No capítulo 3, tenta demonstrar com o caso do Parque Nacional de Galapágos, que fica no Equador, como a administração dos visitantes é importante para a formação de uma consciência de conservação dos espaços preservados. Seus argumentos se fundam na situações ocorridas que acabaram gerando danos e de como os administradores podem mitigar ou minimizar esses danos.

Para ele, a interação e a participação de todos os agentes envolvimentos, bem como da comunidade cientifica é uma possibilidade de evitar os desequilíbrios. Havendo uma boa administração desses espaços no que tange a preservação e conservação de seu ecossistema, o lugar tende a ser rentável, pois, segundo o autor, os visitantes tendem a pagar os valores necessários sem muitas queixas quando percebem que esse valor se converte em benefícios, bem como há neles um respeito maior por essas áreas.

 Ele finda o capítulo trazendo um relato pessoal de como o valor dessas áreas não são passiveis de mensuração, quando vivenciou um mergulho com golfinhos e leões-marinhos na ilha de Galápagos, sendo uma experiência única e riquíssima, que nem todo dinheiro do mundo poderia pagar (p.139).

O capítulo 4, trata das questões econômicas que envolvem o ecoturismo, onde, basicamente, os pesquisadores descrevem as estratégias para estipular a cobrança de taxas turísticas, a destinação desses recursos e as contribuições do ecoturismo para as comunidades próximas às áreas onde essas atividades são desenvolvidas (p.146).

De modo geral, a preocupação não deve ser apenas em conseguir as receitas, mas em convertê-la em benefícios para esses locais, de modo que se evite o seu escoamento para outros locais senão aqueles no qual as atividades são exploradas. É destacado, ainda, potencialidade do turismo de natureza para o desenvolvimento econômico para a região que o cerca.

Quando se pensa do ponto de vista econômico, não se deve olhar essas regiões com as lentes de investidores externos, mas sim, tentar perceber as reais potencialidades que esse tipo de empreendimento representa na vida das populações locais e externas, como uma nova perspectiva para suas vidas ou mudança de hábitos nos visitantes e investidores.

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